Próximo domingo (30) acontecerá a mais prestigiosa prova de travessia de SUP e paddleboard do mundo: a Molokai to Oahu. Aproveitando a oportunidade, conversamos com Patrick Winkler, que irá representar o Brasil competindo paddleboard, sobre sua missão nas ilhas havaianas. Confira.
SC: Como é o ambiente pré prova no Havaí?
PW: A grande maioria dos habitantes, principalmente de Honolulu, conhece a prova M2O. Como sao quase 400 escritos, tem muito “gente forte”” de outros países remando SUP e paddleboard em Oahu e Maui e a prova começa a ser comentada em diversos ambientes locais (incluindo bares e restaurantes).
SC: Você já participou de diversas provas de paddleboard, incluindo o mundial do ISA Games, mas poucas provas de downwind. Como foi sua preparação até aqui?
PW: Realmente o downwind é algo raro na região sudeste do Brasil. Minha única real experiência foi o W2 Downwind em Fortaleza no ano passado. Acho pouco, por isso eu e Alessandro Matero (coach) achamos melhor antecipar minha chegada em Oahu para treinar em condições típicas.
SC: Este período pré prova, foi importante para seu aprimoramento?
PW: Muito. No que se refere a preparo físico, está ok. Mas o que remei de downwind nos últimos 10 dias foi indiscutivelmente importante. Tive uma “coach local’ a norte americana Jane Mckee , que também será a pessoa que me acompanhará no barco.
SC: Então você está bem assessorado?
PW: Sim, quem me apresentou a Jane foi o remador de canoa Pedro Weichert. Jane já atravessou o canal por diversas vezes, e chegou a ser pódio geral na Oc1 anos atrás (uma veterana). Mas do que entendimento do canal Kauai, ela passa muita segurança.
SC: Sua nobre missão é ser o primeiro brasileiro (residente no país) a atravessar as ilhas de Molokai 2 Oahu individualmente. Você se sente pioneiro?
PW: Não me sinto pioneiro, mas tal missão cativa as pessoas ao meu redor. São diversas pessoas envolvidas no projeto e o exemplo da Jane Mckee é o mais nítido de todos.
SC: Sua categoria é paddleboard solo unlimited, fale um pouco sobre ela.
PW: O paddlebord tem mais tradição porém menos adeptos do que o SUP em todo lugar do mundo. A largada do paddleboard (tanto solo quanto em revezamento) será as 7:30. A prova de SUP será as 8:00, respeitando a tradição.
Utilizarei uma prancha Bark com 17’4 pés, com leme e com 18 de meio.
SC: Além de você, o casal Fabiano Faria e Luiz Perin irão remar paddeboard em revezamento. Você acredita que a modalidade está crescendo no Brasil?
PW: Curiosamente é a primeira vez que o Brasil terá mais atletas no paddleboard do que no SUP em um edição da M20. Acredito que possa servir de estimulo para novos adeptos no Brasil. Em média respondo cerca de 20 a 30 pessoas por mês, que realizam perguntas sobre a pratica do paddleboard.
SC: Você tem apoio esportivo para a prática do paddleboard?
PW: Conseguir patrocínio é algo difícil, mas consegui parceiros importantes. O que eles esperam de mim, não é exclusivamente a perfomance, mas sim um influenciador importante dos produtos que utilizo. Ganhar ou perder não é o mais importante para um atleta de 39 anos, e sim o alcance e credibilidade que apresenta. Tenho 6 parceiros fundamentais: a Itaca Esporte (empresa que atua na gestão de projetos esportivos e culturais), Tomtom (GPS), Suntech(protetor solar), Mormaii (artigos esportivos), Probiotica (suplemento) e Companhia Athletica
SC: Quais suas expectativas para a prova?
PW: Minhas características estão voltadas para prova técnicas e também provas com distancia de 20k em condições flat. Minha missão aqui é completar os 57,6 k de distancia e evoluir consideravelmente no downwind.
SC: Sua missão é nobre, ser o primeiro brasileiro (residente no pais) a realizar a travessia M2O remando solo. Desejamos Boa sorte e boa prova
PW: Aloha
Vale ressaltar que Patrick também trabalha no ramo editorial e é editor chefe da Swim Channel, portanto gosta muito de escrever. Acompanhe seu diário de bordo no instagram @patrickinwater