Motorzinho e Pauê cruzam a linha de chegada durante o Pan Rio 2002. Agora, Pauê também faz bonito na Califórnia. Foto: Arquivo pessoal Pauê. |
Um dos eventos de maior prestígio no cenário paradesportivo, o festival é realizado pela Challenged Athletes Foundation, entidade que atende milhares de atletas em todo o mundo, doando equipamento e verbas para manutenção no esporte, com o objetivo de divulgar o esporte adaptado e arrecadar verbas.
Campeão mundial na categoria amputados bilateral (abaixo dos joelhos), conquistado no México, Pauê participou da natação (1.900 metros), saindo em 12º lugar da água no
geral, inclusive os profissionais, e em segundo entre os deficientes físicos.
“A temperatura da água estava muito fria, em torno dos 14 graus. Para se ter uma idéia de como estava gelada, nadamos ao lado de focas, peixes de todas as espécies e, dizem as más línguas, até de tubarões. Acredito que foi até um dos motivos que me fez nadar um pouco mais rápido”, brinca.
Ele conta que nadou bem, mas se tivesse treinado durante uma semana naquele clima seu desempenho seria bem melhor.
“Senti um pouco de tontura. Mesmo assim, completei o percurso em 29 minutos e 32 segundos, chegando em segundo lugar entre deficientes. Fiquei atrás do Rudy Garcia, atleta idolatrado pelos americanos, medalhista de ouro em Atenas”, informa Pauê, que viajou com patrocínio do Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte), onde cursa o terceiro ano de Fisioterapia.
Ele também contou com o apoio do Instituto Paradigma e Rudy Project. “Acho que foi uma ótima experiência e ano que vem volto mais preparado. Pude ver a realidade que o paradesporto se encontra nos Estados Unidos. Realmente temos muito o que evoluir na condição de estrutura e tecnologia”, acrescenta o atleta, que recebu convite para disputar as Paraolimpíadas de Inverno.
“Eles querem me treinar para competir em alguma das modalidades. Querem que eu faça esqui”, revela.