De olho no WCT

Pedrinho acelera o ritmo

Pedro Henrique, Billabong Eco Festival 2008, praia do Forte (BA)

Pedro Henrique, oitavo colocado no ranking do WQS, está motivado para retornar à elite mundial. Foto: Daniel Smorigo.

Com a oitava colocação no ranking do WQS, o carioca Pedro Henrique poderia se considerar classificado para a elite mundial do surfe, o WCT, mas sabe que a estrada até a sonhada vaga é longa e está apenas começando.

O campeão mundial pro junior de 2000, que em 2006 integrou o WCT, está focado, determinado e no caminho certo para reconquistar sua vaga, mas não é só na água que ele tem se destacado.


O surfista ainda encontra tempo para trabalhar nas ações de seu filme The Rock, para escrever seu diário de bordo para a galera do surfe em sua coluna Impressão Digital, no site Waves, e para receber os fãs em sessões de autógrafos.


Não é à toa que ele é sempre um dos mais assediados nos campeonatos e está sempre com uma caneta dando autógrafos na praia. Um ótimo exemplo de profissionalismo, paixão pelo esporte e talento.

Pedrinho também busca a classificação ao SuperSurf. Foto: Pedro Campos.


O carioca falou sobre seus objetivos, sobre este badalado ano de 2008 que conta também com o lançamento de seu filme The Rock, sobre a experiência que adquiriu em sua passagem pelo WCT em 2006 e sobre as competições que virão pela frente.


Quais os seus principais objetivos este ano? 


Minha meta pra 2008 é o WCT, por isso estou trabalhando forte este ano, mas quero também garantir minha vaga no SuperSurf.


Como está sua rotina de treinos?


Acordo cedo todos os dias, treino surf de quatro a seis horas por dia e faço musculação, além de alongamentos e uma suplementação alimentar.
 
Você já competiu WCT e está no WQS. Concorda com o que alguns dizem sobre o nível de dificuldade do circuito nacional que chega a ser mais difícil que o WQS?


Concordo. O SuperSurf é um circuito muito forte, um dos mais fortes do mundo.


Como você tem trabalhado para reconquistar sua vaga no WCT?


Entrar no WCT não é fácil, talvez até mais difícil do que se manter no próprio WCT. Estou no caminho certo e é uma questão de constância nas etapas. Também é preciso muita determinação.


Você se sente mais cobrado por ter pertencido à elite ou acha que isso é um facilitador?


Já ter corrido o WCT me trouxe muita experiência, me preparou muito e acho que, mesmo ainda sendo novo, me deu uma bagagem boa pra voltar em 2009 e só me dedicar e manter o foco.


Você tem alcançado resultados expressivos no Brasil Tour. Acha que encontrou o caminho para a vaga no SuperSurf?


A classificação ao SuperSurf não é fácil, temos muitas etapas e muitos surfistas bons que não estão no SuperSurf e querem uma vaga também. Tenho me concentrado e treinado muito pra alcançar meus objetivos este ano e acho que estou tendo o resultado desse trabalho, mas ainda tenho que me dedicar muito mais, pois ainda estou longe do meu objetivo.


Alguma motivação em especial para estes bons resultados?


Estou muito feliz com minha vida, minha esposa e minha filha, isso já é motivação pra mim. Também estou feliz com meu surf e buscando evoluir a cada dia. Querer ser cada dia melhor é um grande e o maior incentivo também.


Você é um competidor muito querido e está realizando projetos fora dos campeonatos. Você acha que o reconhecimento e o incentivo da galera tem sido maior?
 
Eu acredito que todo atleta de certa forma é formador de opinião, e quando eu era moleque, eu sempre admirei outros atletas e seguia muitas coisas que eu via. O que eu tento fazer é passar coisas legais pra galera que me acompanha, coisas que acho correto, como cuidar da saúde, não se drogar, ser amigo, entre outras coisas que são importantes pra vivermos melhor.


Qual seu maior sonho no surfe?


Graças a Deus conquistei muitas coisas no surf, sou muito grato a Jesus pelas bençãos que conquistei, mas luto dia a dia pra voltar ao WCT e ser campeão mundial.


O que você acha fundamental para que este sonho se realize?


Patrocínio é fundamental para um atleta. Eu tive sorte de conhecer meu shaper, o Joca Secco, que me ajuda como um pai, muito além das pranchas mágicas. Também tenho um trabalho muito legal com a Billabong e a Star Point, eles acreditam muito no meu surf e nas minhas chances de ser top no WCT.  Acho fundamental que o atleta tenha uma estrutura completa que o deixe livre para se preocupar apenas com as competições e graças a Deus também posso contar com este diferencial que ainda não é comum no Brasil. Trabalho com a Ability e eles fazem de tudo para que eu não tenha que me preocupar com as coisas do dia-a-dia, como marcar passagem, hospedagem, inscrições em campeonatos, entre outras coisas. Enfim, este conjunto é o primeiro passo para o profissionalismo e o sucesso.

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