Local Motion Pro

Pedrinho arrepia no Tombo

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Pedro Henrique é destaque na abertura do Local Motion Guarujá Surf Pro. Foto: Silvia Winik.

A “perna brasileira” de fim-de-ano da ASP South America foi inaugurada na terça-feira de chuva, frio e vento gelado, mas com boas ondas de 1 a 1,5 metros para o início do Local Motion Guarujá Surf Pro.

 

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A etapa com nível máximo 6 estrelas, que oferece premiação de US$ 145 mil e a vitória vale 2.500 pontos, marca a estreia da praia do Tombo no calendário do Circuito Mundial WQS com 144 surfistas de 17 países.

 

Oitenta deles competiram nas vinte baterias realizadas no primeiro dia. Logo no segundo confronto, o carioca Pedro Henrique confirmou sua classificação surfando uma das melhores ondas da terça-feira no Guarujá.

 

Danilo Costa também arrebenta na praia do Tombo. Foto: Silvia Winik.

“Foi uma bateria muito difícil, porque eu não estava conseguindo pegar onda com potencial. Ta difícil até para voltar para o outside, bem cansativo, ainda não consegui descansar legal da viagem do Sul para cá, então estou cansado mesmo. Mas, graças a Deus a onda veio no finalzinho e estou muito feliz”, vibrou Pedro Henrique, que recebeu nota 8,17 dos juízes na onda que fechou a segunda bateria do dia.

Pedrinho gostou da escolha da praia do Tombo para sediar o Local Motion Guarujá Surf Pro esse ano, pois em 2008 ele rolou na praia das Pitangueiras, resgatando o Guarujá ao calendário do WQS depois de 12 anos da última passagem do Circuito Mundial pelo famoso balneário paulista.

 

“Achei legal escolherem a praia do Tombo. Já competi várias vezes aqui quando era amador e é um lugar que eu gosto. Geralmente faço bons resultados aqui, me adapto bem na onda, só que campeonato é difícil, cada bateria o mar está de um jeito e o negócio é manter a concentração a cada bateria”. Ele seguiu para completar a bateria de estréia do cabeça-de-chave número 1 na abertura da segunda fase, Jadson André, potiguar que mora no Guarujá.

O norte-americano Brent Reilly passou em primeiro lugar somando 14,07 pontos, contra 14,00 pontos de Pedrinho. Essas marcas só foram superadas por outro natalense que há muitos anos mora no Guarujá.

 

Na 13.a bateria, Danilo Costa atingiu 14,27 pontos nas duas ondas computadas e a mellhor valeu nota 7,77, que ficou abaixo apenas do 8,17 de Pedro Henrique. O paulista Hizunomê Bettero passou em segundo nessa e vai enfrentar três estrangeiros na segunda fase do Local Motion Guarujá Surf Pro, Romain Cloitre da França, o japonês Masatoshi Ohno e o americano Darrell Goodrum, um dos poucos gringos a se classificar.

“Uma estreia em casa, surfo aqui todo dia, consegui me dar bem, pegar boas ondas para vencer a bateria e competir em casa é muito bom. Moro a duas quadras daqui, posso ir lá rapidinho, descansar, comer a comida que eu como todo dia, bem diferente de quando você compete fora”, comentou Danilo Costa. “Para mim é um privilégio estar disputando um campeonato aqui no Guarujá. Vamos ver se eu me aproveito disso para conquistar um bom resultado aqui como o que fiz agora lá no SuperSurf em Santa Catarina”.

Quem também avançou para a segunda fase do Local Motion Guarujá Surf Pro foi o niteroiense Bruno Santos, que no ano passado conquistou o título da etapa mais temida do ASP World Tour nos tubos de Teahupoo, Tahiti.

 

“Foi uma bateria de notas baixas, mas já consegui surfar logo duas ondas médias com notas 5 e pouco no comecinho e a galera não conseguiu me passar, então prá mim foi uma bateria boa. Bom que passei porque a previsão de ondas para os próximos dias é muito boa, então eu queria mesmo é passar. Hoje está difícil, o vento atrapalhando um pouco, mas o mar pelo menos está constante, está entrando onda direto, então ta show. Se todo campeonato tivesse assim com estas condições, já seria bom”, disse Bruno.

Já a derrota mais surpreendente da terça-feira foi a do carioca Simão Romão, que em 2008 foi vice-campeão do Local Motion Guarujá Surf Pro na final contra o americano Shaun Ward nas Pitangueiras.

 

Ele liderou a bateria até o minuto final, quando o cearense Dunga Neto e o surfista local do Guarujá, Ricardo Silva, conseguiram as notas para seguirem em frente. Outro também eliminado na estréia foi Peterson Rosa, paranaense que é recordista com oito vitórias em etapas do WQS no Brasil, mas terminou em terceiro lugar na disputa vencida pelo paulista Magno Pacheco, com o australiano Jay Davies passando em segundo.

“Foi um bom começo, mas as condições estão um pouco difíceis lá fora. Acho que tive sorte de achar algumas ondas para passar em segundo. Não venci a bateria, mas estou amarradão em ter avançado”, falou Jay Davies, que nunca tinha competido no Brasil.

 

“É a minha primeira vez aqui no Brasil e estou curtindo bastante. Esta praia parece ser bem divertida e espero que tenhamos boas ondas durante a semana. Já me falaram muito bem daqui do Brasil e quero ver se consigo bons resultados tanto aqui como na próxima etapa que vai ser lá no Rio de Janeiro, semana que vem”, deseja o jovem australiano de 22 anos de idade.