O carioca Pedro Henrique deu um verdadeiro show nesta sexta-feira, no Brasil Surf Pro que rola na praia de Geribá, Búzios (RJ).
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Em boas ondas de meio metro e séries maiores, Pedrinho soltou o pé nas direitas para registrar as maiores pontuações do dia.
Na terceira fase, ele arrancou notas 5.83 e 9.50 na expressiva vitória sobre o catarinense Willian Cardoso.
Na última bateria das oitavas, Pedrinho começou forte com 7.00 e achou uma direita salvadora nos minutos finais para descolar 8.17 e derrotar o paulista Ricardo Ferreira, autor de 6.57 e 6.50.
Outro que arrancou um high-score dos juízes foi o paulista Saulo Júnior. Ele estava em difícil situação no confronto contra o carioca Gustavo Fernandes, autor de 7.67 e 6.93, mas conseguiu a virada com 9.40 pontos numa direita detonada de backside.
“Eu achei que a bateria estava bem complicada. Naquele momento, pensei ‘Poxa, o Gustavo (Fernandes) me botou em xeque-mate, pra onde corro agora?’. Tive de esperar uma onda boa, deixei passar várias ondinhas porque precisava de uma nota excelente”, diz Saulinho.
“Sabia que, se eu virasse na onda errada, ele iria me travar ali no fundo e segurar a prioridade. Graças a Deus consegui pegar a onda certa e joguei a batata quente pra cima dele. Ainda bem que ele não conseguiu virar no final, pois estava surfando muito”, conclui o atleta de Ubatuba.
De volta ao outside depois de 45 dias afastado devido a uma lesão no joelho, Hizunomê Bettero surpreendeu mais um adversário na prova.
Depois do baiano Bino Lopes, foi a vez de o gaúcho Daison Pereira não entrar em sintonia com as ondas e ver o adversário garantir a vitória com muita competência.
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Mesmo sem poder forçar muito os ataques, Hizu fez um bom trabalho de backside e somou 5.33 e 4.67, contra apenas 2.77 e 3.00 do gaúcho.
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“Ainda não estou conseguindo forçar muito as manobras, estou me soltando aos poucos. Fui surfando umas ondinhas que abriram, fazendo notas razoáveis e, por incrível que pareça, o mar foi piorando na minha bateria com a entrada do vento”, comenta Hizu.
“Fui trocando as notas e ele (Daison) ficou esperando uma onda boa, mas ela não veio. Tive sorte, graças a Deus passei mais uma bateria e estou evoluindo depois de tanto tempo sem surfar”, revela o paulista.
Com a derrotas de Rudá Carvalho e Heitor Pereira, Hizunomê é o único surfista que pode tirar a liderança do potiguar Alan Jhones.
“Espero chegar o mais longe possível. Não tenho muitos planos pra este campeonato, pois ainda não me sinto 100% recuperado. Porém, estou avançando, sendo abençoado e espero que continue assim”, completa o atleta.
Nas quartas, ele enfrenta o amigo cearense Pablo Paulino, que disputa a prova como convidado e já barrou o líder do Alan Jhones na terceira fase e o baiano Franklin Serpa nas oitavas.
“Sabia que seria uma bateria difícil, já que Franklin vem fazendo uma grande temporada e surfa muito. Tenho acompanhado seu trabalho desde o ano passado, quando ele se classificou ao Pro Junior na Austrália”, elogia Pablo, autor de 6.67 e 6.60, contra 6.90 e 5.37 do baiano.
“Estou amarradão por ter vencido mais uma. Estou com a família e espero que tudo dê certo daqui pra frente. Na próxima batreia vou enfrentar Hizunomê, sei que ele está com o joelho machucado e vou tentar explorar bem as manobras, já que ele não está podendo forçar. Então, vou tentar me aproveitar dessa dificuldade dele”, conta o cearense.
Também com atuações expressivas nas oitavas, o baiano Bruno Galini totalizou 15.00 pontos para superar o potiguar John Max, enquanto o catarinense Tomas Hermes obteve 14.33 na vitória sobre o paulista David do Carmo.
Confira galeria de fotos em nossas próximas reportagens.
Quartas-de-final
1 Bruno Galini (BA) x Saulo Júnior (SP)
2 Hizunomê Bettero (SP) x Pablo Paulino (CE)
3 Jean da Silva (SC) x Tomas Hermes (SC)
4 Gilmar Silva (SP) x Pedro Henrique (RJ)