Pedro Norberto garante a vitória na terceira etapa. Foto: Caio Guedes / Fecasurf . |
A forte chuva que caiu no domingo afastou o público em São Francisco do Sul, mas quem foi teve a oportunidade de prestigiar um dos maiores ídolos do surfe brasileiro brilhando novamente numa competição.
Quase um ano depois da última bateria que disputou antes de se dedicar à realização da etapa sul-americana do WCT em Santa Catarina, Flávio Padaratz entrou na primeira fase confessando só querer matar saudades.
Estreou com duas vitórias no sábado, e no domingo de muita chuva já estava na Prainha e ganhou mais três baterias até chegar na final nas difíceis condições do mar balançado
Pedro Norberto levanta o troféu de campeão. Foto: Caio Guedes / Fecasurf . |
Na última bateria, Pedro Norberto não desperdiçou a melhor onda que apareceu na decisão e com uma nota 8 garantiu o título do Oakley apresenta Sul Nativo Surf Pro, entrando na briga do título estadual que será definido entre os dias 2 a 4 de dezembro em Florianópolis.
O invicto Guilherme Ferreira ficou em terceiro lugar, Gustavo Santos foi o vice-campeão e Teco Padaratz terminou em quarto na sua primeira final perdida na Prainha desde os tempos de amador.
?Acho que matei saudades até demais, vou ter que pegar mais um ano de break aí para recuperar. Foram sete baterias e levei minha condição física ao máximo porque não venho treinando quase nada, nem tinha me preparado. Mas, foi legal ver essa nova geração catarinense muito forte, disputar com eles de igual por igual, chegar na final, foi muito bom, só que foi só para matar saudades mesmo!?, garantiu Teco Padaratz.
?Eu queria ter vencido o campeonato! Esse é o primeiro que eu não ganho aqui. Só uma vez eu perdi, mas as finais foram na Praia Grande e não aqui na Prainha?, relembra Teco.
Ele confessou ter competido pela insistência do presidente da Fecasurf e amigo Xandi Fontes, mas volta a se dedicar integralmente ao Nova Schin Festival WCT Brasil 2005, que sempre reserva um wildcard para o campeão catarinense profissional.
Além disso, o ranking estadual indica um surfista para a elite nacional do SuperSurf e os outros finalistas entraram na briga pelos dois prêmios. Com os 1,5 mil pontos recebidos pela vitória, Pedro Norberto, também de Balneário Camboriú, 24, pulou da 22a para a quarta posição na classificação das três etapas.
O joinvillense Jean da Silva, 20 anos, continua em primeiro lugar e Andreas Eduardo, 27, de Piçarras, em segundo. ?Fiquei sem patrocínio um tempo, sai do SuperSurf, mas agora estou aí podendo voltar com o título catarinense. Vou dar o gás para no ano que vem entrar com tudo de novo?, prometeu Pedrinho, que faturou o prêmio máximo de R$ 3 mil oferecidos ao campeão.
O vice-campeão Gustavo Santos só aparece em 23o lugar no ranking, no entanto só completa os três resultados computados na grande final da temporada em Florianópolis, pois não competiu no primeiro Sul Nativo em Balneário Camboriú.
Com isso, ele também é candidato ao título catarinense que no ano passado foi vencido por Diego Rosa. ?Essa é minha primeira final no Catarinense Profissional, mas o mar estava muito difícil e o Pedrinho pegou aquela onda que fez a diferença. Estou satisfeito com o resultado e vou batalhar lá na Joaquina pela vaga no SuperSurf e também no WCT?, prometeu Gustavo.
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Depois de uim período afastado das competições, Teco Padaratz chega à final na Prainha. Foto: Caio Guedes / Fecasurf . |
?Passei todas as baterias em primeiro, entrei com muita confiança na final para ganhar o campeonato, mas dessa vez foi do Pedrinho e ele merece também. Está todo mundo aí na batalha por um patrocínio, inclusive eu, e espero ganhar o próximo?, disse Guilherme, que só perdeu essa bateria nas ondas irregulares da Prainha.
?O vento Sul é uma condição que eu gosto de treinar pra caramba, mesmo estando difícil o mar, é
Cearense Claudemir Lima finaliza prova em quinto lugar. Foto: Caio Guedes / Fecasurf. |
Já os líderes do ranking não conseguiram a mesma adaptação e perderam logo em suas estréias no domingo chuvoso em São Francisco do Sul, porém continuam na frente da corrida pelo título da temporada.
Mesmo competindo em casa na praia que mais treina, Jean da Silva não achou as ondas e por quatro décimos foi barrado pelo vice-campeão Gustavo Santos na abertura das oitavas-de-final, surpreendentemente vencida pelo amador Caetano Vargas.
?A bateria foi complicada, o mar está muito balançado, não me posicionei bem no começo e eles pegaram boas ondas, paciência?, lamentou Jean, que ainda não sabe se poderá competir na decisão do catarinense pois a etapa coincide com a da etapa final do WQS no Hawaii.
Mas, a cidade de Joinville do ainda número 1 do ranking catarinense foi bem representada pela grande revelação do evento, Peterson Thomas. Ele ainda compete na categoria Mirim e foi até as semifinais, deixando dois campeões estaduais profissionais pelo caminho, Guga Arruda e o atual Diego Rosa.
?É o primeiro ano que estou correndo uma etapa profissional, consegui passar várias baterias pegando boas ondas, estou muito feliz e aqui na minha praia então?, vibrou.
O Oakley apresenta Sul Nativo Surf Pro foi mais uma realização da Fecasuurf (Federação Catarinense de Surf) com patrocínio das lojas Sul Nativo, Oakley, Freesurf e Bully?s, com esta terceira etapa também contando com apoio da Prefeitura Municipal de São Francisco do Sul, Central Station, Byron, Pró-Ilha e Fiberglass Foam.
A competição é homologada pela Associação Brasileira de Surf Profissional (ABRASP), com organização conjunta da FECASURF com a Associação Francisquense de Surf (AFS) e divulgação oficial dos boletins ?De Olho no Mar? pela Rede Atlântida FM.
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Resultados
1 Pedro Norberto (SC) – R$ 3.000 / 1.500 pontos
2 Gustavo Santos (SC) – R$ 1.500 / 1.290 pts.
3 Guilherme Ferreira (SC) – R$ 900 / 1.095 pts.
4 Teco Padaratz (SC) – R$ 800 / 1.005 pontos
5 Claudemir Lima (CE) – R$ 600 / 915 pontos
5 Peterson Thomas (SC) – R$ 600 / 915 pontos
7 Raphael Becker (SC) – R$ 400 / 833 pontos
7 Sérgio André (SC) – R$ 400 / 833 pontos
Ranking catarinense depois de três etapas
1 Jean da Silva (Joinville) – 3.780 pontos
2 Andreas Eduardo (Piçarras) – 3.140
3 William Cardoso (Bal. Camboriú) – 3.060
4 Pedro Norberto (Bal. Camboriú) – 3.020
5 Guilherme Ferreira (Florianópolis) – 3.005
6 Beto Mariano (Florianópolis) – 2.970
7 Ricardo Ortiz (Florianópolis) – 2.820
8 Fábio Carvalho (Imbituba) – 2.750
9 Marco Polo (Florianópolis) – 2.740
10 Guga Arruda (Florianópolis) – 2.720
11 Thiago Bianchini (Florianópolis) – 2.640
12 Sérgio André (Barra Velha) – 2.533
13 Raphael Becker (Florianópolis) – 2.433
14 Márcio Farney (CE-Florianópolis) – 2.430
15 Álvaro Bacana (MA-Florianópolis) – 2.395
15 Fabrício Machado (Florianópolis) – 2.395