100% bodyboarders

Pela união da galera

Uri Valadão

Uri Valadão colhe os frutos da sua disciplina como atleta. Foto: Luiz Cláudio Duda / The Blog.

Valadão levou mais uma. Não é de se admirar. O ?Baiano Voador? já está no páreo há um bom tempo, porém agora muito mais experiente e maduro.

 

Será o ano de Uri Valadão? Eu tenho o prazer de acompanhar esse baiano viciado em computador desde seu primeiro dia na ilha, já que ele e Guilherme Tâmega sempre ficavam hospedados na minha casa aqui no Hawaii.

 

Pude acompanhar sua dedicação ao esporte e às vezes até demais às competições.

 

Uri é uma máquina de competir, assim como seu ídolo, mestre, professor e amigo Guilherme Tâmega, que passou tudo mastigado e o moleque aprendeu, potencializou e agora joga duro contra seu próprio mestre.

Jéssica Becker é uma forte representante do time brazuca feminino no cenário do esporte. Foto: Luiz Cláudio Duda / The Blog.

 

Além de excelente pessoa, Uri é um cara de personalidade. Ele agüentou a pressão da galera do Brasil.

 

Muitos que o chamavam de merrequeiro e marcas que criaram filmes e ídolos para seu próprio interesse financeiro, apareciam em campeonatos de bodyboard como o de Rio das Ostras, que de fato não apresenta ondas boas, mas o dinheiro é bom e atleta profissional tem que estar atrás de premiações. Onda boa se pega no free surf, viagens, etc.

 

Hoje, muitas dessas figuras que não fizeram nada pelo esporte, nem surfam mais. Já abandonaram o esporte e deles só ficaram esses exemplos ruins, enquanto Uri está aí levando a bandeira, sem nunca ter participado desse tipo de panela.

 

Ele está fazendo e construindo sua carreira de forma sólida, com resultados e sessões de free surf em mares que muitos desses antigos pseudo-ídolos big rides nem cairiam.

 

Entendo que em alguns casos, a própria desorganização do esporte faz com que empresas antes 100% bodyboard percam gradativamente essa porcentagem, até virarem 100% surf.

 

Temos uma entidade que mais uma vez pergunto: onde estão as eleições? Respeito muito o trabalho do Chico, ele é um cara do bem, mas por quê não jogamos limpo? Por quê não tem uma eleição? Sei que foi formada uma chapa há um tempo atrás e com uma jogada de estatuto tiraram a chapa da briga! Afinal, vocês não são funcionários deles, eles é que são seus funcionários.

 

Infelizmente não temos e não tenho outro lugar para falar abertamente sobre isso, o fórum está aí galera! Vamos cobrar, nos unir, pedir por uma troca de guarda ou a continuação dessa de forma mais clara e justa.

 

Teremos uma etapa do Mundial na Bahia e o que está no calendário? Convoco uma reunião para decidir chapas! Mas quem sou eu para convocar reunião?

 

Sou assim como você que lê este artigo, um cara que é bodyboarder e vai pegar suas ondas, compra pranchas, revistas, roupas e tem o direito de ver algum desse dinheiro voltar para a mão de quem merece, que são os atletas.

 

Eles que puxam o limite do esporte, nos fazendo comprar aquela prancha com canaletas tal e fundo tal, para fazer aquela manobra melhor, evoluir e se divertir.

 

E você? Embarca nessa? Vamos fazer um “diretas já” no nosso esporte. Revolução com evolução. Acho que está rolando finalmente uma valorização dos atletas nacionais.

 

É muito fácil dizer que tal país tem estilo ou qualquer outra coisa, mas quero ver os títulos. Na hora que aperta o cinto, quem segura a bronca? Não temos onda, equipamentos, mídia, dinheiro e organização para mostrar as ondas sinistras que nossos atletas pegam aqui. Muitos criticam para tirar onda, de embalo, sem nunca ter vinto ou visto o que rola aqui no Hawaii em plena temporada.

 

Mas agora com o YouTube dá para ver um pouco, bem pouco por enquanto, mas já vai melhorar. Me formei em um curso de edição e em breve com meu equipamento postarei vídeos com o que rola de melhor no bodyboard, além das fotos que já faço há um bom tempo e junto com o Waves e meu blog passo as informações e entretenimento para a galera.

 

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Luiz Villar oferece perigo aos seus adversários em qualquer condição. Foto: Luiz Cláudio Duda / The Blog.

Fico pensando no que falta escrever e falta muito! Mais precisamente sete etapas, que rolam em ondas de beach breck, point break, reef break, ondas pesadas e ondas gordas.

 

Este ano, na minha humilde opinião, tenho que ver como os bodyboarders brazucas virão para a ilha e defenderão a nossa bandeira.

 

Digo humilde porque escrevo em meu nome e a minha opinião, deixo isso bem claro. Tenho este espaço e uso com responsabilidade, pois que sei que sou um dos muitos praticantes e simpatizantes deste que é o esporte que mais deu títulos na história do nosso país até hoje.

 

Vai ser uma briga de cachorro grande. Uri tem muitas chances de ser

campeão neste ano, mas Paulo depois da vitória em Pipe, sentiu o

Erisberto Abrantes busca apoio para correr todas etapas do circuito mundial. Foto: Luiz Cláudio Duda / The Blog.

gostinho e não vai deixar barato.

 

Luiz e Maguinho são um perigo mortal em qualquer condição. Uma pena ver caras como Erisberto, Lucas Nogueira e Hermano sem condições de correr todas as etapas. Podíamos fácil ter pelo menos uns 10 entre os top 16.

 

Guilherme Tâmega é um caso a parte. O cara deu um break, se preparou, voltou em Pipe e surfou como um doido, como sempre sem pensar nas conseqüências. O que aparecia ele destruía. Na Austrália não vieram as ondas e no Brasil perdeu na estréia.

 

Acho esta etapa do Brasil a mais difícil em termos técnicos. O mar estava pequeno e a galera tira leite de pedra. Fiquei de cara com a atuação da galera.

 

Quanto às meninas fico muito feliz de ver duas futuras campeãs do mundo em potencial botando as mangas de fora e as cartas na mesa.

 

Jéssica e Isabela, que não veio este ano, mas no próximo se não vier mando buscar, são nossas prováveis futuras campeãs do mundo. Surfam muito e têm mais do que atitude, têm vontade de ser campeãs.

 

A próxima etapa rola em Arica, no Chile, uma onda de alto nível, na qual esperamos por um show de bodyboard.

 

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