Caio Teixeira

Pendurado no Peró

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O longboarder Caio Teixeira aproveitou as boas condições da semana passada na praia do Peró, em Cabo Frio.

 

Com 7km de extensão de areias grossas, a ondulação de sudeste e o vento sudoeste encaixaram com precisão no Peró, local que não quebra com muita frequência.

Segundo Caio, é a melhor onda de Cabo Frio e quando os elementos estão ajustados atrai surfistas de outras cidades da região dos Lagos, como Raoni Monteiro, Leo Neves e Leandro Bastos.

“Nesse dia usei uma prancha clássica, shape do Carlos Mudinho, monoquilha e com pouco rocker, ideal para andar no bico. As condições estavam californianas, com esquerdas e direitinhas abrindo generosamente”, falou Caio, que é, juntamente com Mudinho, a grande referência do longboard clássico na região dos Lagos.

Ele é filho do Telmo Moraes, proprietário do Museu do Surf. Por conta disso passou sua infância limpando e restaurando pranchas monoquilhas dos anos 70 e longboards clássicos das décadas de 50 e 60. É um dos poucos surfistas da nova geração que teve ao seu alcance relíquias como as pranchas São Conrado, Hobie, Gerrry Lopez, entre outras.

“Apesar de ter competido bastante no circuito profissional de longboard, me desliguei das competições por acreditar que meu surf não é vertical, de pancadas no lip da onda, como as competições profissionais pedem. Gosto mesmo é da linha horizontal, de curtir a onda e sentir o “flow”, independente de a prancha ser um longboard, uma fish ou uma singlefin. O contato com as pranchas antigas desde muito novo me fizeram ter uma percepção mais sutil do surf, trocando a força pela fluidez”, acrescentou Caio.

Além do museu, o carioca sobrevive como técnico e instrutor de surf. Sem muitas ambições no esporte, ele garante que se contenta em apenas surfar o máximo que puder e passar sua filosofia para os alunos.