Perfeição G-lada

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Diretor do Waves.Terra, Claujones ignora a água gelada e curte a perfeição de G-land. Foto: Darcy.

Definitivamente, o mundo não é mais o mesmo! 


Passei os últimos quatro dias na Baía de Grajagan. Fui com May e Claujones para uma curta temporada de três dias, logo depois que voltei de Mentawai.

 

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Fomos de carro até a vila de Grajagan para, mais uma vez, cruzar a baía no barco inflável e chegar ao surf camp do Bobby.
 
Logo de cara, na hora de botar o barco no mar, vi que a água tinha uma coloração diferente das outras ocasiões em que estive na baía.
 
Botei o pé na água e minhas suspeitas se confirmaram. Estava muito gelada. Aquela cor de caldo de cana que, de vez em quando, atinge a costa brasileira parece que veio dar uma volta aqui na Indo.
 
Cruzamos a baía numa navegação suave até a metade, mas depois o vento forte dificultou um pouco nossa vida. Chegando ao outro lado, as ondas bombavam sem parar: séries de 4 a 6 pés com rainhas de até 8 na face.
 
Demos um rango no Bobbys e fomos direto para o surf. Todos os surfistas na água batiam o queixo e quem não tinha roupa de borracha passava sufoco.
 
Isso dificultou bastante a permanência da galera na água e fez com que o crowd ficasse alternado. Depois de uma hora e meia de surf a galera ficava com mãos e pés enrijecidos.
 
A maré esteve bem baixa durante todos esses dias e tivemos poucos momentos de Speedies. O ouro estava mesmo em Money Trees. Ano retrasado, levei Nanana e Cris Madeira para surfar em Twenty-twenties, um pico localizado depois da bancada de G-land, e fiquei impressionado com a perfeição das ondas.
 
Desta vez levei a May para um surf e também acabei caindo. Foi muito bom fazer um surf de alta qualidade sem a tensão de surfar G-land. A onda é muito boa! Além do que, nada melhor do que cair num pico solitário na beira da selva com a gatinha. Surfamos até fazer a cabeça e depois voltamos para mais uma sessão em G-land.
 
É sempre bom retornar a G-land. Encontrei alguns amigos integrantes da barca que estive em Mentawai, cruzei também Ale Nollis, que mora na Austrália, além de rever a galera do camp – todos muito amáveis e brincalhões.
 
Conversei com a galera sobre a temperatura e todos relacionaram o fato ao fenômeno da La Niña (fenômeno oceânico-atmosférico com características opostas ao El Niño, como o esfriamento anormal de águas superficiais).
 
Água quente ou fria, os tubos estavam lá, e nós também !