Perna brasileira define campeões

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Kelly Slater pode festejar seu sétimo título mundial na etapa brasileira do circuito mundial, que acontece em Santa Catarina. Foto: ASP World Tour / Tostee.
A partir da próxima semana até o dia 9 de novembro, quando termina o prazo da “perna brasileira” do circuito mundial, o Brasil se transforma na capital internacional do surfe.

 

A maratona de eventos começa com o SuperSurf definindo os campeões brasileiros da temporada na praia de Itamambuca, de quarta-feira a domingo em Ubatuba.

 

Em seguida, o Reef Classic 2005 inaugura a “perna brasileira” com uma etapa do WQS com nível 4 estrelas na praia de Maresias, entre 19 e 23 de outubro em São Sebastião.
 
Do litoral norte de São Paulo, a caravana do surfe ruma para Santa Catarina, onde nos dias 25 a 30 será realizado o decisivo 6 estrelas Onbongo Pro Surfing na praia Mole.

 

A praia de Maresias pode ser o palco da classificação de novos brazucas no WCT 2006. Foto: Daniel Smorigo.

E do dia 31 a 9 de novembro o Nova Schin Festival WCT Brasil 2005 apresenta o maior duelo dos últimos tempos, com Kelly Slater e Andy Irons brigando pelo título mundial da temporada no evento móvel pelas principais praias do estado, com base principal na praia da Joaquina.
 
A grande novidade é justamente o Reef Classic 2005, que no ano passado foi realizado em fevereiro em Torres (RS), transferido para abrir a “perna brasileira” de fim-de-ano.

 

Além disso, o evento recoloca o estado de São Paulo no calendário mundial, que não recebia uma competição de nível internacional desde o ano 2000, quando o Hang Loose Pro Contest foi disputado na mesma praia de Maresias, São Sebastião.
 
O Reef Classic 2005 vai distribuir US$ 75 mil em prêmios e 1.500 pontos no ranking do World Qualifying Series, que indica os quinze surfistas para completar a elite mundial do ASP World Championship Tour no ano que vem. Cerca de 160 surfistas de oito países já confirmaram inscrição e o maior contingente estrangeiro vem da Austrália, que terá vinte representantes. Mas, todas as atenções estão voltadas para a participação dos surfistas brasileiros que buscam garantir suas entradas no WCT nas duas últimas provas antes das finais do WQS no Hawaii.
 
Um deles é o paranaense Jihad Kohdr, campeão do Reef Classic de Torres no ano passado na praia dos Molhes, que ocupa o 25o lugar no ranking das 30 etapas já disputadas.

 

Além dele, o gaúcho Rodrigo Dornelles em 18o, o carioca Marcelo Trekinho em 22o, o potiguar Danilo Costa em 26o, o cearense Dunga Neto em 32o, o paulista Odirlei Coutinho em 33o e o baiano Armando Daltro em 34o, são os que estão mais próximos da zona de classificação para o WCT 2006. Todos correm atrás de um bom resultado na Praia de Maresias para terem chances de confirmar suas vagas no Onbongo Pro Surfing da praia Mole, em Florianópolis (SC).
 
Os únicos que chegam no Brasil na lista dos 15 são o líder disparado Adriano de Souza (SP), os cariocas Yuri Sodré (quinto lugar) e Pedro Henrique (sétimo), além do pernambucano Paulo Moura (sexto), que está garantindo sua permanência entre os 27 que são mantidos no ranking principal do WCT e dispensam a vaga do WQS para o próximo colocado.

 

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Adriano Mineirinho pode fazer história e conquistar o inédito título do WQS antecipadamente na etapa de Floripa. Foto: Dimulle / Aspeurope.com.

O guarujaense Adriano Mineirinho pode até sacramentar no Onbongo Pro Surfing a conquista antecipada do título que nos dois últimos anos foi conquistado pelo catarinense Neco Padaratz, pois tem quase 3.000 pontos de vantagem sobre o vice-líder, Shaun Cansdell, da Austrália.
 
Também em Florianópolis, Yuri e Pedrinho têm grandes chances de serem anunciados como novos integrantes do time brasileiro que vai disputar o WCT no ano que vem, que no momento tem apenas Adriano de Souza confirmado pelo WQS e Paulo Moura, Peterson Rosa e Victor Ribas, se classificando pelo ranking da divisão principal.

 

O Onbongo Pro Surfing oferece US$ 125 mil em prêmios, tem nível 6 estrelas e o campeão ganha 2.500 pontos.
 

O mito Tom Curren é uma das atrações da perna brasileira do circuito mundial. Foto: Dimulle / Aspeurope.com.
Esta é a última oportunidade para quebrar o tabu de nenhum brasileiro ainda ter vencido esse campeonato nas três edições disputadas na praia Mole, pois já foi confirmado que no ano que vem ele será transferido para a praia de Itamambuca, Ubatuba (SP).

 

Em 2004, o carioca Raoni Monteiro chegou bem perto da vitória, mas o australiano Richard Lovett acabou faturando o título nos minutos finais. Por ser decisivo na formação da lista dos 15 surfistas que serão indicados para o WCT 2006, o limite de 192 competidores já foi preenchido antecipadamente e 17 países serão representados no Onbongo Pro Surfing 2005.
 
Novamente, o maior pelotão estrangeiro é da Austrália, que terá 37 participantes, incluindo algumas estrelas do WCT, como Jake Paterson, Tom Whitaker, Darren O’Rafferty, Luke Stedman, Troy Brooks, Bede Durbidge, Toby Martin, Kirk Flintoff e o próprio defensor do título do Onbongo Pro Surfing, Richard Lovett.

 

Já a grande expectativa é pela presença do norte-americano Tom Curren. O ex-tricampeão mundial vai competir como convidado dos organizadores na praia Mole e também no Nova Schin Festival WCT Brasil 2005, inclusive será a atração internacional da parte musical do evento, apresentando um show no dia 31 de outubro no Lagoa Iate Clube (LIC).
 
Este será o primeiro dia do prazo do evento que terá como maior destaque o grande duelo entre Kelly Slater e Andy Irons pelo título mundial da temporada. O atual campeão tem que ficar na frente do norte-americano para poder levar a decisão para o Hawaii, pois qualquer outro resultado garantirá o heptacampeonato mundial antecipado de Slater em Santa Catarina.

 

O Nova Schin Festival WCT Brasil 2005 promete muitas emoções mais uma vez, com o campeonato novamente tendo sua base principal instalada na Joaquina, mas será disputado na praia que estiver apresentando as melhores condições de ondas durante o período de 31 de outubro a 9 de novembro no litoral catarinense.
 
Com os US$ 270 mil que serão divididos pelos 48 participantes do Nova Schin Festival WCT Brasil 2005, a “perna brasileira” totaliza um total de US$ 470 mil em prêmios, ou seja, mais de R$ 1 milhão distribuídos para os surfistas profissionais em um pouco mais de três semanas de competições.