Maresia Paulista Pro

Petersinho perto do título

Peterson Crisanto, Terceira etapa do Maresia Paulista de Surf Profissional 2016, Itamambuca, Ubatuba (SP).

Ficou para o domingo a definição dos títulos do Maresia Paulista de Surf Profissional 2016. Com sol, boas ondas de até 1,5 metro, a 3ª etapa do mais tradicional Circuito do País começou neste sábado (8), com chances de já decidir o novo campeão geral. Vencedor das duas primeiras etapas, o paranaense Peterson Crisanto fez a sua parte e, por pouco, não ergueu o troféu já no início da tarde.

 

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Para faturar o campeonato, ele precisa apenas avançar três baterias, chegando às quartas-de-final. Mesmo com uma lesão no tornozelo esquerdo, sofrida durante os treinos na véspera, surfou e venceu duas baterias e terá o seu terceiro e mais importante compromisso na manhã do domingo. Mas logo no round 2, o líder competiu na mesma bateria do também paranaense Jihad Kohdr, agora o único que pode “roubar” o primeiro lugar no ranking. 

 

Peterson passou em primeiro e seu rival foi ameaçado nos minutos finais pelo pernambucano Douglas Silva, que pegou duas ondas boas e ficou muito perto de ser o segundo classificado na bateria. Se Jihad perdesse, Peterson já seria declarado campeão. Mas a definição foi adiada. “Estou bastante ansioso e essa próxima bateria será a mais importante de todas do Circuito e vou bem concentrado e mesmo lesionado, vou dar meu máximo para ter esse título tão cobiçado no surf brasileiro”, afirmou.

 

Quem viu suas duas apresentações, talvez nem imaginou que ele surfou com muita dor e no sacrifício. Na sexta-feira, durante o treino, ao voltar de um aéreo, sofreu uma torção no tornozelo esquerdo. Na hora, tentou voltar a surfar, mas não conseguia apoiar o pé. “Fiquei assustado, mas fiz gelo e tratamento com uma fisioterapeuta aqui em Ubatuba e a dor amenizou 50%. Ainda dói, mas é tanta adrenalina que nem ligo muito para isso. Espero que não atrapalhe muito na próxima bateria”, destacou Urso, seu apelido de infância. 

 

Ele também comentou da bateria que poderia já ter definido o título. “Entrei pensando em passar. O Jihad é um excelente surfista e fiquei feliz que também passou. Torço por ele. Mas é óbvio que venho treinando muito para conquistar esse caneco e não vou decepcionar a minha torcida e minha família”, ressaltou. “Esse título vai representar muita coisa. Depois de quase dois anos, sem um resultado expressivo, marca a minha volta e ano que vem vou com tudo para o QS”, complementou emocionado.

 

Com a disputa do título geral restrita a dois atletas do Paraná, a etapa terá uma disputa paralela para conhecer o campeão paulista, situação que só tinha ocorrido outras três vezes em 32 edições realizadas. Nesse caso, Geovane Ferreira, o Tchuca, segue na frente para tenta comemorar em casa. Neste sábado, ele competiu e passou numa bateria acirrada contra três surfistas também de Ubatuba e uma disputa particular contra Gustavo Henrique.

 

Tamae Bettero ficou em primeiro o tempo todo, com uma nota 8,75, Tchuca garantiu um 7,75 ficou para segundo e depois caiu para terceiro. Precisava de 5,25 e tirou 6,25 para avançar.

“Foi bem difícil. Surfei só com a galera daqui e todo mundo sabe a estratégia um do outro, por morar perto, surfar todo dia junto, mas procurei fazer o meu trabalho, graças a Deus foi tudo certo”, contou. “Tirei um peso que estava em cima de mim. Estava na pressão, confesso, mas agora que passei a bateria, estou mais aliviado, me sinto muito melhor”, acrescentou Geovane.

 

Antes das baterias de Peterson e de Tchuca, os espectadores na praia e pela transmissão ao vivo pela internet acompanharam um show de surf com o campeão do Circuito de 2015, Thiago Camarão, e o novo campeão mundial júnior, Weslley Dantas, competindo no quintal de casa. O surfista de São Sebastião garantiu a melhor nota do dia, um 9,25, enquanto que o irmão mais novo de Wiggolly Dantas, campeão paulista em 2014 e hoje integrante do CT, garantiu a maior somatória, 17,65 pontos de 20 possíveis. 

 

O experiente Léo Neves, de Saquarema, não ficou atrás, com 17,40 pontos. Na mesma bateria, Hizunomê Bettero também se destacou, com 15,95. Outro destaque foi o paraibano José Francisco, somando 16,25. Vale destacar que Hizunomê, Renato Galvão, Odirlei Coutinho, todos de Ubatuba, e Ricardo Ferreira, de Praia Grande, competem tentando o tri paulista e avançaram para o round 3. 

 

O evento segue neste domingo, a partir das 8 horas, com a finalíssima, por volta das 14h30. Todas as baterias podem ser acompanhadas em tempo real, com imagens, som da locução, notas e possibilidade de interação com mensagens de texto, com link aqui no Waves.

 

Os surfistas disputam uma premiação de R$ 30 mil, com R$ 8 mil ao vencedor. Antes da decisão do vencedor, os atletas disputam a Overboard Expression Session, valendo R$ 1 mil para a manobra mais radical. O público também será premiado, com duas pranchas New Advance, uma entre a torcida na praia e outra para os internautas, que se inscreverem no site da Maresia.

 

O Maresia Paulista de Surf Profissional 2016 tem os patrocínios da rede de lojas Overboard, Casio G-Shock, K Energy Drink e pranchas New Advance. Apoio da BeeNoculus. A realização é da Federação Paulista de Surf, com apoios do Governo do Estado de São Paulo/Secretaria da Juventude Esporte e Lazer, prefeituras de Guarujá, São Sebastião e Ubatuba, associações de Surf de Guarujá e de São Sebastião e Ubatuba de Surf, com divulgação de Waves.

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