Garotas aprenderam a reutilizar garrafas pet. Foto: Divulgação. |
Além das campanhas ambientais e sociais existentes durante o campeonato, o circuito propôs capacitar 20 mulheres de uma comunidade carente.
A comunidade escolhida foi a do Tanque. Durante um mês, as mulheres aprenderam a trabalhar com garrafas pet, bambu, fibra de coco, jornal e retalhos de tecidos, além de aprenderem a usar ervas existentes nos arredores para produzir pomadas medicinais e reaproveitar alimentos, como talos e folhas – antes jogados no lixo.
O projeto atendeu a 20 garotas da comunidade do Tanque. Foto: Divulgação. |
A capacitação foi realizada graças a uma parceria da ONG GDAU (Grupo Brasileiro de Defesa Ambiental Urbana) e do núcleo de educação ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que fizeram todo planejamento do projeto e cederam vários profissionais.
Foram 60 horas de oficinas, onde engenheiros florestais, biólogos e gerentes da Comlurb palestravam antes do início de cada palestra, com objetivo de conscientizá-las sobre a importância da preservação dos recursos naturais e da utilização dos 3 “erres”: Reduzir, Reutilizar, Reciclar.
No final de cada semana, elas visitavam um projeto bem sucedido, como a cooperativa de catadores da Comlurb, a cooperativa de costureiras Abaiomi, entre outros.
Jovens aprendem a trabalhar com bambu e fibra de coco. Foto: Divulgação. |
No último sábado, o secretário municipal do meio ambiente, Aírton Xerez, a Petrobras e a Ong GDAU entregaram os certificados de participação.
A comunidade aproveitou para apresentar os trabalhos confeccionados e ocorreu um grande reflorestamento na área, A Secretaria Municipal de Saúde fez uma campanha de prevenção de gravidez na adolescência.
Entre as jovens que participaram das oficinas está Graziela, de 19 anos, portadora de Síndrome de Down. Ela entrou nas oficinas a pedido da mãe, preocupada com o futuro da filha na comunidade do Tanque, lugar de extrema pobreza onde as opções de lazer são pouquíssimas, principalmente para deficientes.
Até então, a jovem não conseguia desenvolver nenhuma atividade educativa que a integrasse à comunidade. Com o trabalho nas oficinas, Graziela superou o medo inicial da aceitação e do preconceito e, ao lado de outras 19 jovens, produziu objetos de artesanato, como cestas, sofás e flores decorativas, utilizando os materiais recicláveis.