Ventos natalinos

Pipas dominam Oahu

Sylvio Mancusi, Oahu, Hawaii

Sylvio Mancusi ataca de kite. Foto: Bia Silveira.

Vamos abrir essa matéria com uma forte energia positiva e com um salve: “Feliz natal e um próspero ano novo para todos nós, com muita onda boa e saúde”.

 

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Agora sim, podemos falar de nossa paixão em comum pelos esportes de prancha no mar. O arquipelágo do Hawaii é o paraíso para este propósito e depois de dez dias por aqui, os apaixonados pelo surf e kitesurf não têm do que reclamar.

 

Depois de alguns dias de surf em Off the Wall, Backdoor, Pipeline e algumas bancadas alternativas, o ”trade winds”, nosso conhecido vento Nordeste, entrou rasgando no North Shore e proporcionou boas sessões de surf rebocado pela pipa, enquanto o outside ficou bem

Konrad Bright decola em Oahu, Hawaii. Foto: Bia Silveira.

mexido para os surfistas.

 

As bancadas de coral são um aperitivo na entrada e saída do mar, durante as sessões de kitewave em Oahu. Os principais picos para a modalidade contam com este detalhe e tornam as sessões um pouco mais adrenalizantes, ainda mais com ventos não constantes.

 

No dia de natal celebramos o nascimento de Jesus kitesurfando entre amigos, com um vento um pouco mais terral e rajado. A velocidade variou entre 25 e 55 km/h, o que tornou o velejo bem técnico e não deu espaço para iniciantes no outside.

 

Antes da minha primeira sessão, observei alguns windsurfistas e kitesurfistas experientes se darem mal na bancada, que estava praticamente exposta pela maré seca no final da onda. Resolvi até usar uma cordinha (leash), o que em 99% do tempo não é recomendado pela prancha poder voltar com tudo na sua cabeça, puxada pela cordinha em um efeito estilingue.

 

Porém, o que eu menos queria naqueles instantes na bancada rasa era ficar somente anexado à minha pipa sobre a bancada, sem chance de arrancar com minha prancha assim que a onda enchesse a bancada de água.

 

Decisão feita. Parti para a diversão com meus freqüentes parceiros de velejo Dan Moore (big rider e também kitesurfista, campeão do XXL em 2005), Konrad Bright, Scott B Francis, Nick Lamb e alguns windsurfistas.

 

Durante cerca de três horas a sessão bombou forte e nos divertimos bastante no primeiro dia de kitewave da temporada. No final de tarde, o vento começou a ficar cada vez mais terral. Eu e Scott acabamos em cima da bancada com kites e pranchas sobre os corais expostos. Ossos do ofício.

 

A previsão é de boas ondas novamente para o surf, enquanto as pipas voltam para a garagem.

 

Feliz ano novo a todos, repleto de esportes radicais no mar.

 

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