Em São Paulo, juntei-me aos surfistas Alemão de Maresias, Stephan Figueiredo, Mário Afonso e Renata Neves.
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Partiremos rumo ao Tahiti, mas antes vamos desbravar as perigosas bancadas de pedra da Ilha de Páscoa, sítio arqueológico no meio do oceano Pacífico, famosa pelos seus Moais, estátuas que eram construídas em homenagem aos reis da antiguidade.
Estamos Te’pito o Tehenua, umbigo do mundo em Rapa Nui. No surf, a Ilha de Páscoa é um lugar que ainda está engatinhando. Existe
poucos surfistas na ilha.
Fomos recepcionados pelo local Willo, que logo arrumou uma guarita para a galera. Chegamos sob muita chuva e o que mais ouvimos falar nestes dias foi de um swell histórico que rolou há pouco mais de duas semanas.
Segundo os locais, quebraram ondas com mais de 15 metros no lado Sul da ilha – só para instigar os big riders de plantão.
Fizemos um reconhecimento do lugar. As ondas estão um pouco pequenas, mas Fun e Alemão já deram suas caídas em Hanga Roa, praia aqui do Pueblo.
Surfaram em Hanga Nui – onde estão os 15 Moais -, uma esquerda rápida com um “double-up” no drop e uma parede curta para uma manobra, depois é pedra.
Apesar de as ondas estarem pequenas, sempre entra uma maiorzinha. Em meio às histórias de tubarões, a dubla dinâmica dá uma queda na onda mais temida da ilha, Papa Tangaroa, mais conhecida como Vinapu, onda que suporta swell de mais de 30 pés, longa, direitão de outside, que já foi surfada grande pelo Alemão.
“Apesar da dificuldade para entrar e sair, e ser a mais perigosa, é a onda mais perfeita que suporta qualquer tamanho. Só surfei uma vez de tow-in, em condições extremas
com o verdadeiro potencial da onda, e este ano pretendo surfá-la no braço”, comenta Alemão.
Para Stephan, que vem pela primeira vez a Rapa Nui, “a impressão do lugar é assustadora à primeira vista, mas aos poucos você vai se acostumando. O grau de dificuldade é altíssimo, faixa-preta mesmo nas marolas”, conclui o carioca.
Nos próximos dias tem uma previsão de swell grande para entrar. Os surfistas estão preparados para encarar as ondas com muito respeito ao lugar.
Neste pico, a energia é muito forte e as ondas são violentas, mas podem ser domadas.
O internauta vai acompanhar tudo o que está rolando nesta viagem selvagem à Ilha de Páscoa. Semanalmente, contaremos as novidades daqui.
Iorana!