Desde outubro de 99, a Companhia de Polícia de Proteção Ambiental de Santa Catarina vem desenvolvendo junto aos colégios da região, um projeto de educação ambiental na restinga do Parque do Rio Vermelho – que encerra a praia de Moçambique -, em Florianópolis. Para que esta iniciativa se torne efetiva, a Polícia Ambiental está selecionando alunos de escolas de Florianópolis.
Participam do projeto alunos da 6a série do primeiro grau até o terceiro ano do segundo grau das escolas básicas Henrique Veras e Gonçalves Pinheiro, bem como os colégios Henrique Veras e da Lagoa.
Segundo o sargento Altair Ireno dos Santos, coordenador do projeto, os interessados irão participar de um seminário de capacitação em janeiro e participarão como monitores de outras turmas no ano seguinte. A participação dessas escolas tem ainda por objetivo criar um Clube de Ciência, estimulando nos alunos o interesse pelo meio ambiente. Segundo a bióloga e professora de Ciências Paula Carina Lazarin, com o Clube de Ciência pretende-se alcançar a participação em projetos fora da escola, principalmente na área de meio ambiente. “A idéia é estimular a participação dos alunos fora do horário escolar”, diz Paula em artigo publicado por Celso Martins.
Segundo o sargento Altair, é importante que as pessoas, principalmente os jovens, saibam o que é uma restinga e qual a sua importância. “Essa vegetação que se desenvolve nas proximidades da costa, age como um filtro e provoca o aparecimento de água doce, usada no abastecimento humano. Se a vegetação de restinga for suprimida, esse trabalho de filtragem cessa”, afirma o sargento. “Além disso, cerca de 60% das plantas presentes na restinga possuem princípios ativos medicinais e funcionam como um banco genético para diversas espécies de plantas e, conseqüentemente, de animais”, ressalta o sargento.
A restinga é o primeiro estágio de transformação de um local até ele se tornar mata atlântica.
Para que se possa ter uma idéia dessa transformação, basta caminhar na praia do Moçambique, da praia para o centro da ilha, e visualizar essa transformação da vegetação: ela começa mais rarefeita, se desenvolvendo em solo de pouca fertilidade, e ganha força através do uso de materiais orgânicos depositados por outros vegetais que morreram no local, bem como restos de animais mortos – o banco genético citado acima. É um ciclo de vida e morte de animais e vegetais, o qual cria e reutiliza as substâncias necessárias para a evolução da restinga até tornar-se parte da mata atlântica. No caso da região do Rio Vermelho, cerca de 70% dos arbustos que normalmente deveriam existir, já não estão mais lá: 70% !!! Este tipo de iniciativa deveria contar com o auxílio de todas as empresas interessadas em proporcionar uma vida com mais qualidade. Este projeto está de acordo com a Lei Ambiental no 9.605/98.
É um projeto da Polícia Militar de Santa Catarina, da Companhia de Polícia de Proteção Ambiental e conta com o apoio do Costão do Santinho Resort. Para entrar em contato com a Polícia de Proteção Ambiental, ligue para: – 1o Pel.: Parque Florestal do Rio Vermelho – Florianópolis. Fone (0xx48) 269-7111, falar com sargento Altair Ireno dos Santos, coordenador do projeto no Rio Vermelho.
– 2o Pel.: BR 101, Km 238, Palhoça – SC. Fone (0xx48) 292-6000, Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.
– 3o Pel.: Fiscalização Aquática – Rua 14 de Julho s/no Florianópolis. CEP 88075-010. Fone (0xx48) 229-6312.
– 4o Pel.: Estrada do Piraí s/no , Km 5, bairro Vila Nova – Joinville – SC. Fone (0xx48) 439-5477.
– 5o Pel.: Avenida Alistrato Müller Salles, s/no, bairro Portinho – Laguna -SC. CEP 88790-000.
6o Pel.: Rua Almirante Tamandaré, 1501, bairro Vila Nova, Blumenau -SC. CEP 89160-000. Fone (0xx47) 821-0670.
7o Pel.: Rua Tiradentes, 61, bairro Santana, Rio do Sul – SC. Fone (0xx48) 821-0670.
9o Pel.: Rua Mato Grosso, 297, Lages -SC. CEP 88509-220 Fone (0xx49) 223-1999.