Na minha segunda passagem pela Indonésia, busquei na fotografia e na cultura peculiar uma inspiração para criar. Meu destino inicial foi a onda de Nias e no caminho encontrei com o meu amigo e videomaker Luiz Magalhães e os surfistas Costinha e Diego Santos.
As expectativas eram grandes por causa de um swell enorme com a direção certa e vento terral. Peguei algumas ondas e tomei muitas vacas ao surfar e fotografar no maior dia.
A onda é uma das mais pesadas da Indonésia, principalmente para quem não consegue completá-la. Mais tarde Jamie O’Brien foi conferir as fotos que bati e não hesitou em falar que tinham mais de 3 metros na série.
O único grande problema foi o crowd. Quase todos os dias rolava um pouco de confusão. Antes de partir ainda encontrei com o jornalista Adrian Kojin e o fotógrafo Sebastian Rojas e acabei colaborando com algumas fotos para a edição de aniversário da revista Fluir.
Adrian me convidou para ir a Asu e realizei um dos meu sonhos: conhecer a onda de Bawa, onde Tom Curren surfou em 96 de fish. Encontrei excelentes ondas por lá, e algumas vezes surfei sozinho.
Depois parti rumo a um destino pouco frequentado por brasileiros. Logo no caminho fiz amizade com um jovem surfista australiano e fomos em busca das ondas. Surfei e fotografei ondas de 1 a 2 metros quase todos os dias e no último dia tive o privilégio de surfar ondas de até 2,5 metros sozinho.
A cada viagem em busca de ondas perfeitas o que mais aprendemos é conhecer a nós mesmos. Como diz o ditado: Quem conhece o próximo é um sábio, mas quem conhece realmente a si mesmo é um iluminado”.
Obrigado por tudo, Indonésia.
O fotógrafo David Nagamini é correspondente do Waves em Garopaba (SC). Para saber mais informações sobre seu trabalho, acesse o site Surfmidia.
