Desert Point

Por dentro de Lombok

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Desert Point é sinônimo de perfeição. Foto: Douglas Cominski / Shotspot.com.au.

Este ano, finalmente tive a oportunidade de conhecer o pico de Desert Point, na ilha de Lombok, Indonésia.

 

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Tudo começou quando encontramos Marco Giorgi e Icaro Ronchi em Bali, na pousada Padang Padang Inn.

 

Eles comentaram com Duda (Eduardo Oscar) que estavam indo para Desert no dia seguinte, pois a previsão era de swell grande nos próximos dias.
 
Aproveitamos o embalo da galera e fechamos uma barca para acompanhar a dupla. Para chegar a Desert, existem três maneiras: de carro ou moto, boat trip ou avião que pousa em Kuta (Lombok), para depois alugar um carro e ir para lá.

Marco Giorgi rabisca a parede antes de passear pelo canudo. Foto: Douglas Cominski / Shotspot.com.au.

Optamos por ir de carro. Fechamos duas barcas e saímos no dia 20 de agosto, às 21 horas, com sentido a Sanur, na ilha de Bali, para pegar a balsa em direção a Lombok. Depois de duas horas de viagem até lá, a fila para pegar a balsa era grande e havia muitos surfistas esperando a travessia, entre eles australianose havaianos. Já dava para notar que realmente teria boas ondas e bastante crowd também.

A travessia foi difícil, pois partimos à meia-noite e a balsa leva entre 5 a 6 horas para chegar a Lombok. Devido ao calor, não dava para ficar dentro do carro, e na parte interna da balsa havia muitas pessoas e o cheiro estava muito forte. Fomos todos para a parte exterior, que ficava acima da balsa.

Tentamos dormir por lá, mas, depois de uma hora ou duas, devido ao forte vento, o ambiente ficou frio e fomos todos dormir no interior.

 

Eduardo Oscar pronto para mais um cilindro. Foto: Douglas Cominski / Shotspot.com.au.

Chegamos às 6 da manhã em Lombok e enfrentamos estradas esburacadas, estreitas e de chão até chegar lá. Quando chegamos a Desert Point, eram quase 8 horas da manhã e o mar estava flat, com uma brisa de maral.

Ficamos chocados, pensando que todo o empenho da viagem não havia valido a pena, mas o Marco falou que na última vez que ele havia ido a Desert, aconteceu o mesmo – com a maré cheia lá fica flat e com a maré seca o mar sobe muito.

Tomamos um café e ficamos conversando até as primeiras ondas surgirem. Já foram caindo os mais fissurados e outros ficaram aguardando.

 

Por volta das 11 da manhã, já havia 1 metro na série e o vento estava começando a soprar de terral.
 
A maré foi secando e a galera toda foi caindo. Conforme a maré secava, as séries entravam maiores e mais fortes, com a formação muito tubular, fazendo com que aqueles que estavam lá dentro se escondessem dentro dos largos tubos que quebram na bancada.

“Foram as melhores e perfeitas ondas que já vi e surfei em toda a minha vida”, disse Eduardo Oscar, que nesse dia surfou umas 6 horas no total.
 
Surfistas como Marco Giorgi, Guto Morelli, o havaiano Liam McNamara, entre outros, estavam dando show nos tubos, um mais estiloso e profundo do que o outro.

Foi assim até o final de tarde, quando resolvemos voltar a Bali depois de um dia maravilhoso de surf em Desert Point.
 
Confira as fotos desta trip e visite o site Shotspot, que neste mês lançou seu novo layout e traz, além das fotos das ondas australianas, imagens das ilhas da Indonésia.