Atletas avaliam as condições do mar na Joaquina. Foto: Ricardo Mega. |
Apesar da esperança da entrada de um swell de Leste / Nordeste neste sábado, condição propícia para a praia da Joaquina, base principal do evento, as ondas não passam de meio metro sem força.
A exemplo de ontem, mais uma vez os atletas fizeram valer os argumentos e impediram a realização das quatro baterias pendentes da primeira fase nas fracas condições.
Xandi Fontes, diretor de prova do Nova Schin, e o australiano Perry Hatchet, juiz-chefe da prova, estudam as previsões de swell. Foto: Ricardo Mega. |
A praia também sediou a abertura do evento este ano, quando foram disputadas as 12 primeiras baterias da primeira rodada da competição, em ondas regulares de 1 metro.
A competição precisa de mais dois dias e meio para ser concluída e tem prazo até o dia 9, quarta-feira próxima para ser realizada.
O vento Sul já chegou com força na costa catarinense e os mapas de previsão na internet confirmam a chegada de um novo swell de Sul / Sudeste com ondas entre 1,5 a 2 e metros no domingo ou segunda-feira.
?Essa é a proposta e o espírito deste evento, acontecer nas melhores condições de ondas possíveis. Investimos bastante para montar uma estrutura de ponta na Joaquina, mas infelizmente não deu onda e tivemos que adiar a competição pelo quarto dia seguido?, lamenta Xandi Fontes, diretor de prova do Nova Schin Festival WCT Brasil 2005.
?Eu até queria colocar as quatro últimas baterias da primeira fase na água, mas 12 surfistas decidiram aguardar a entrada do novo swell. Então, definitivamente teremos que transferir o evento para Imbituba, pois lá as ondas ficam bem melhores do que aqui com swell de Sul?, explica Fontes.
Um dos surfistas presentes na reunião foi o aussie Tom Whitaker, vice-campeão do Nova Schin WCT Brasil no ano passado.
?Todos os atletas tiveram influência na decisão de hoje e os organizadores concordaram plenamente com o nosso pedido. Se existe previsão de ondas melhores, então vamos aguardar, porque aqui hoje realmente está muito fraco?, diz Whitaker, escalado na penúltima bateria da primeira rodada, com o carioca Raoni Monteiro e o niteroiense Guilherme Herdy.
Esse tipo de situação não é incomum na história da ASP. Na Europa a falta de ondas é freqüente e alguns eventos já terminaram inclusive sem campeão, com divisão do prêmio e da pontuação entre os atletas.
Este ano, uma das etapas mais eletrizantes do tour, a do Taiti, ficou parada durante uma semana por falta de ondas e excesso de chuvas. O australiano Perry Hatchet, juiz-chefe da da ASP, aprovou o adiamento.
?Tudo foi decidido em consenso entre atletas e organização. Espero que a partir de amanhã seja possível finalizar as quatro baterias da primeira fase e fechar o campeonato nos próximos dias na praia da Vila?, avalia Hatchet.