Santos está fazendo parte das comemorações do Dia Internacional do Surf (DIS), celebrado no dia 20 de junho, com objetivo de unir os surfistas em prol de uma consciência ambiental e difundir a cultura e o estilo de vida do esporte. Numa promoção da loja Sthill, o Museu do Surf, exposição de pranchas históricas, foi aberto na última sexta-feira e vai até domingo no piso térreo do Praiamar Shopping, no bairro da Aparecida, em Santos.
O público pode conhecer um pouco da história através da evolução das pranchas, desde os modelos ainda da década de 30 até as mais atuais, como a usada pelo campeão mundial Gabriel Medina, na vitória na emblemática etapa de Teahupoo, no ano passado. Monitores com grande vivência histórica, como Carlos Argento, um dos irmãos Twin, e Gerson Luiz, o Gersão, ficam à disposição para contar sobre as trajetórias do esporte.
O responsável pela exposição, Diniz Iozzi, o Pardhal, ressaltou a importância de Santos participar do DIS. “Foi nas ondas da nossa Cidade que o surf nasceu no Brasil, com os primeiros registros no fim dos anos 30, dos irmãos Thomas e Margot Rittscher, Osmar Gonçalves e Juá Hafers, pegando as primeiras ondas na praia do Gonzaga”, comentou.
Quem também destacou a iniciativa foi o prefeito Paulo Alexandre Barbosa. Ele lembrou a Conferência Internacional de Surf realizada na cidade no ano passado e também a Escola Semes/Sthill, com um trabalho social de relevância, inclusive com portadores de necessidades especiais.
“Santos, eu diria, que é pioneira no surf, tem uma relação extremamente importante, por grandes atletas, que fizeram história no Mundo, e grandes eventos”, disse. “É muito importante que a gente possa manter viva essa tradição e a Prefeitura vai intensificar cada vez mais esse tipo de trabalho para que a Cidade tenha consolidada essa posição de referência para o surf mundial”, acrescentou o prefeito reforçando que Santos recebeu o título pioneiro de Surf City pela World Surfin Cities Network.
Autor da Lei 2.172, que criou o Dia Municipal do Surf, em 2003, e atual secretário municipal de Cultura, Fábio Nunes, o professor Fabião, um evento desse porte destaca a relevância do surf na comunidade.
“O surf está no imaginário das pessoas. Porque é um símbolo de liberdade e de uma relação harmoniosa entre o ser humano e a natureza”, afirmou Fabião, contando que tentou ser surfista. “Minha experiência foi muito pequena, porque quando surfava eu via de um lado o Almir Salazar, de outro o Lequinho e o Picuruta. E pensei, acho melhor fazer outra coisa”, brincou. “Acho muito legal a gente ter o surf como uma tatuagem na cidade de Santos. O surf que superou todos os processos de marginalização. Esse menino, o Medina, tem uma áurea, uma luz, um poder de mobilização da sociedade em torno do bem, dessa vibe, estilo de vida, que provou que é possível”, complementou.
Fabião também ressaltou a questão socioeconômica. “Se entrar em qualquer casa no mundo, se abrir duas ou três gavetas, vai achar uma bermuda com estilo de surf, com florais, havaianos, uma camisa com design. Como secretário de cultura, o surf é uma atividade que se reinventa, uma cultura viva, onde as pessoas se sentem absolutamente muito bem. Para mim, o surf é abençoado”, finalizou.
A Exposição Museu do Surf, comemorando o Dia Internacional do Surf, é uma realização da Sthill, em parceria com o Praiamar Shopping, com apoios da Prefeitura de Santos, através da Secretaria de Esportes/Semes, e Associação Santos de Surf. No sábado, o shopping estará aberto das 10 às 22h e no domingo, das 11 às 22h. Fica na Rua Alexandre Martins, 80, no bairro da Aparecida.