Presidente Lula recebe Comitê do Surf

CPI da Pirataria

Comitê do Surf no Palácio do Planalto: Luiz Porto, Cecília Andrade, deputado Júlio Lopes, presidente Lula, Chris Krypiotis e Salvador Parisi. Foto: Arquivo pessoal Luiz Porto.

Na última quinta-feira (12/08), representantes da indústria do surf marcaram presença na solenidade que marcou a entrega do relatório final da CPI da Pirataria.

 

O deputado Luiz Antônio de Medeiros (PL/SP), presidente da CPI, foi o autor do relatório com mais de 300 páginas sugerindo o indiciamento de cerca de 100 pessoas envolvidas com pirataria.

 

O documento também propõe a criação do Conselho Nacional de Defesa da Propriedade Intelectual e Combate à pirataria, promovendo alterações no Código de Propriedade Intelectual, no Código de Propriedade Industrial e no Código Penal. O texto também prevê o aumento das penas para o crime de pirataria.

 

Cecília Castro de Andrade sensibiliza o presidente Lula para a necessidade de apoio ao segmento na questão da pirataria. Foto: Luiz Porto.
O relatório sugere ainda a criação do Conselho Nacional de Defesa da Propriedade Intelectual, órgão federal para combater a pirataria em todo o país.

 

A solenidade contou com representantes do segmento surfwear, como Cecília Castro de Andrade, diretora da Waves Promoções e vice-coordenadora do Comitê de Surfwear e Streetwear da Associação Brasileira de Indústria Têxtil (ABIT), além de Chris Kypriotis, Luiz Porto e Salvador Parisi, presidentes das marcas Billabong Brasil, Rip Curl e Oakley.

 

“É um problema que prejudica o segmento de diversas maneiras. Diminui empregos, penaliza a indústria formal que paga impostos, afasta investimentos de capital estrangeiro, além de

Lula demonstrou muito interesse pelo esporte e pela indústria do surf. Foto: Salvador Parisi.

marginalizar todo as pessoas que trabalham na informalidade, sem carteira assinada”, diz Porto.

 

Para o empresário, a participação na solenidade é muito positiva para o setor. “Marcamos presença ao lado de vários setores importantes como o indústria química, indústria fonográfica, softwares, direitos autorais, entre outros”, analisa Porto. 

 

Para dar uma idéia do prejuízo causado ao mercado surfwear, o número de óculos pirateados é em média quatro vezes maior do que a quantidade de modelos legalmente comercializados.

 

Salvador Parisi, Chris Kypriotis, Luis Antônio de Medeiros, presidente da CPI, Cecília Castro de Andrade e Júlio Lopes, vice-presidente da CPI. Foto: Arquivo pessoal Cecília Castro de Andrade.

“No caso dos óculos, o prejuízo vai além da venda e faturamento, pois o consumidor compra produtos de péssima qualidade, que podem causar danos irreversíveis à saúde”, destaca Salvador Parisi.

 

Segundo Cecília Castro de Andrade o presidente Lula ficou sensibilizado com seu discurso.

 

“Estes setores poderiam gerar mais empregos e divisas não fosse a pirataria. Um produto é lançado em São Paulo e uma semana depois já está na 25 de Março (N.R.: Rua de comércio popular no centro da cidade, tradicional reduto do mercado informal). Temos trabalhado sozinhos, nos ajude”, foi o pedido de Cecília Castro de Andrade ao presidente, que revelou muito interesse no mercado e afirmou que estará presente à próxima edição da feira Surf & Beach.

 

Após a solenidade, o grupo se reuniu com Lula e explicou detalhadamente as questões do mercado surfwear. Na ocasião, o presidente ganhou uma prancha, dois óculos e um boné.

 

“Fomos o único grupo de empresários recebido pelo presidente Lula e aproveitamos para colocá-lo a par da gravidade deste problema em nosso segmento”, conta Chris Kypriotis.

 

Para Kypriots, também é importante destacar o trabalho realizado pela ABIT, não só no surf, mas em todos os boardsports.

 

“Estamos unidos ao deputado Luis Antônio de Medeiros. Não adianta ficarmos falando entre nós. Temos que atuar na resolução do problema e nos integrar às pessoas que já estão no combate à pirataria de forma homogênea”, garante Kypriotis.

 

De acordo com Salvador Parisi, após diagnosticar os problemas gerados pela pirataria, a sociedade deve tomar as medidas cabíveis para combatê-la. “Fiquei muito animado e otimista com o que vi em termos de ações realizadas pelos deputados. Notei uma grande vontade política, inclusive do presidente, de agir em cima disso”, aposta Parisi. 

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