O'Neill SP Prime

Pupo supera pressão

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Miguel Pupo supera a pressão da estreia com boa atuação na primeira fase do O’Neill SP Prime em Maresias (SP). Foto: Vinicius Sá Moura

Conhecedor profundo das ondas de Maresias (SP), Miguel Pupo não decepcionou na estreia nesta terça-feira, no O’Neill Prime SP 2014.

Em boas ondas de meio a 1 metro, Pupo entrou em ação na primeira bateria do dia e ditou um forte ritmo no outside, surfando um total de 14 ondas.

Com notas 8.00 e 7.00, ele deixou os adversários brigando pela segunda vaga. A dobradinha local com Igor Moraes quase deu certo, mas nos instantes finais o australiano Nathan Hedge encontrou uma direita salvadora para descolar 7.23 e pular de quarto para segundo lugar, deixando Igor em terceiro e o marroquino Ramzi Boukhiam em último.

“É muito bom começar com vitória em casa. Aliás, não só começar com vitória em casa, como vencer a primeira do dia. Vencer o primeiro confronto do dia é um problema pra mim, até hoje não me acostumei a isso”, diz Miguel Pupo. “No começo da bateria eu não encontrei boas ondas, mas passei a procurar as valinhas e as notas começaram a sair. Mantive o ritmo, pois sabia que não poderia parar de pegar onda”, continua o atleta.

Segundo o sebastianense, o conhecimento local ajudou bastante na água. “O fato de surfar aqui todos os dias ajuda bastante, por isso procurei pegar muitas ondas. É a tática que Gabriel (Medina) e outros que conhecem bem o pico usam”, revela o Top.

Pupo falou ainda sobre a pressão de surfar em casa, em frente à família e aos amigos. “Sempre existe aquela pressão, né? A minha família e os meus amigos estão aqui assistindo e quero mostrar o show na água pra eles também, pois raramente conseguem me ver competindo de perto. Quero chegar o mais longe que puder para mantê-los na areia torcendo”, finaliza.

Precisando de bons resultados para garantir a permanência na elite mundial, Alejo Muniz teve muita dificuldade para avançar na estreia em Maresias. Mostrando um certo nervosismo e sem conseguir mostrar o que sabe, o catarinense somou 6.43 e 5.83 nas duas melhores ondas e passou a vigiar de perto o baiano Marco Fernandez nos minutos finais.

Fernandez tinha 6.17 na melhor nota, mas teve muita dificuldade para escolher outra onda com potencial para virar o placar e ainda foi atrapalhado por um freesurfer na última onda da bateria, bem perto da boia que delimitava a área de competição.

O confronto foi dominado pelo paulista Caio Ibelli, que colocou muita pressão nos adversários com 8.00 pontos na melhor onda, somando ainda um 5.13.

Já Willian Cardoso, que ocupava a penúltima posição na lista provisória que classifica 10 surfistas para o WCT, amargou o último lugar na estreia e foi ultrapassado por três adversários no ranking – Ricardo Christie, Timmy Reyes e Brett Simpson.