As pranchas da Aerofish têm um conceito interessante. São feitas sem preconceito.
A prancha mágica existe, só que ela é mágica para aquele mar e surfista específicos, como diz Gregorio Motta, que criou a marca em 2000. Trocando em miúdos, cada dia tem sua prancha. Várias delas estarão na The Board Trader Show.
Seguindo o que sempre colocou para si mesmo, Gregorio desenvolveu uma linha bem eclética de pranchas. Aliás, já está dando uma engordada no estoque, se preparando para a The Board Trader Show 2017. “Não podemos deixar em cima da hora, por isso já estou produzindo as pranchas para o próximo verão e, claro, para participar da TBTS”, declarou o shaper.
Gregorio vem trabalhando bastante com EPS, pranchas com ou sem longarina, essas últimas uma grande tendência para ondas menores. Segundo ele, os blocos de EPS expandido da Teccel criaram uma possibilidade de prancha resistente, com todas as vantagens da resina epóxi, só que com um feeling mais próximo ao do PU, que, aliás, ele continua utilizando em várias de suas criações.
“As pranchas de PU têm aquele lance de atravessar as crespas pelo caminho, enquanto o EPS comum tende a passar por cima delas, dando aquela sensação nem sempre desejada em alguns tipos de ondas”, explica o shaper. “Também há todo o esquema de flexibilidade. É como nas raquetes de tênis, que eram de madeira. Elas foram se transformando. Hoje são construídas com outros materiais que, por ter flexibilidade particular, dão uma resposta muito mais eficiente, fazendo com que as bolas, nos saques dos tenistas, ganhassem 50km a mais de velocidade, por exemplo”, acrescenta Gregorio.
Sim, a flexibilidade, no ponto certo, pode gerar mais velocidade e resposta nas manobras. Por isso, a Aerofish, assim como a maioria dos fabricantes de ponta, tem trabalhado com fibras de carbono integradas em pontos específicos do glass para deixar as pranchas mais rígidas em certas áreas e mais flexíveis em outras.
Diversidade divertida – Mas o interessante nas pranchas que a Aerofish levará à The Board Trader Show vai além das especificações técnicas e o acabamento, sempre com um diferencial. Gregorio é um surfista eclético e isso se espelha em seu trabalho. De fishes a modelos de alta performance, passando por boonzers, alaias e longboards, há pranchas para todos os gostos.
Apesar da questão do glass diferenciado no visual e a variedade dos modelos que concedem à Aerofish um ar de prancha alternativa, Gregorio ressalta que quando as ondas pedem e o surfista quer, as pranchas de alta performance da marca fazem sucesso, como atesta um de seus atletas, Pedro Dib.
Com mais de 30 modelos no mercado, a Aerofish deve levar ao menos 10 deles para expor e vender na TBTS. Todos são produzidos num esquema P/M/G/GG, ou seja, há disposição de cada modelo para diferentes necessidades do consumidor. Mas Gregorio tem outras expectativas, além da venda de pranchas na TBTS. “Acredito que é importante para nós e para o mercado fazer parte dessa que é a maior vitrine do surfe no Brasil. Isso cria uma ótima sinergia entre fabricante, fornecedores e, lógico, o público, que tem a possibilidade de ver num mesmo pico boa parte do que há de melhor no mercado”, fecha Gregorio.
A segunda edição da The Board Trader Show acontece entre os dias 28, 29 e 30 de setembro, no São Paulo Expo – Exhibition & Convention Center(SP).