Rede faz mais uma vítima

As redes clandestinas são um perigo para os surfistas

Redes clandestinas são um perigo para os surfistas. Foto arquivo: Divulgação.
O surfista paulista Mário Conzen Xavier de Mello e Silva, 46 anos, morreu afogado depois de ficar preso em uma rede de pesca nesta quinta-feira na praia de Mariluz, litoral norte gaúcho.

 

Salva-vidas constataram que a vítima ficou presa no equipamento que segurava a rede. O corpo foi encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML) de Osório.


Em maio passado, a estudante Júlia Rosito faleceu depois de ficar presa a um cabo. Desde 1978 foram registradas cerca de 45 mortes ocasionadas por redes no litoral do Rio Grande do Sul.

 

De acordo com Orlando Carvalho, presidente da Federação Gaúcha de Surf (FGS), a pesca está proibida na região desde 15 de dezembro.

 

Além da mobilização da comunidade, Carvalho acredita que o Governo do Estado por intermédio da Secretaria de Justiça e Segurança, em parceria com a Secretaria de Turismo, deveria cortar incentivos turísticos às praias do litoral gaúcho onde ocorrem mortes por rede até que providências de fiscalização diária sejam tomadas.

 

Carvalho pede ainda apoio da comunidade para fiscalizar as praias. Notando os calões de redes no mar ou a ancoragem dos cabos entre em contato imediatamente com os órgãos competentes pedindo a remoção da rede. O telefone da Patrulha Ambiental (Patran) é (0xx51) e do Ibama (0xx51) 3684 6179.

 

?Insistam se não forem atendidos. Procure também uma guarita de salva-vidas para que eles possam realizar um contato imediato?, diz Carvalho.

 

A Federação Gaúcha de Surf solicitará em janeiro uma audiência pública para pedir uma solução ao governo. Emergencialmente, a associação sugere a sinalização por intermédio de bandeira içada nas guaritas, imediatamente depois de os salva-vidars serem informados sobre a presença de redes na área.

 

?A bandeira no mastro seria um aviso, pois os surfistas têm o hábito de checá-la antes da queda. Esta seria uma solução imediata e de fácil comunicação para ser utilizada neste verão. Bastar ser aprovada pelo Comando da Operação Golfinho e divulgada nas praias, para os banhistas e surfistas”, sugere Carvalho.

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