Torcedor fanático

Regularização de Jeffreys

Jeffreys Bay, África do Sul

 

Jeffreys Bay recebe o WCT na África do Sul. Foto: Tiago Mattos.

O ataque às direitas na África do Sul vai começar e agora é a hora de vermos quem veio pra brincadeira e quem quer mostrar resultado e seriedade no tour.

 

Da mesma forma que nossos atletas surfarão de frente pra direita, a maioria dos gringos ?bons de bola? também tem esse posicionamento.

 

Slater, Bede, Parko, Andy, Mick e Taj aguardam ansiosos para destruir a quilométrica onda africana da mesma forma que os brasileiros do tour.

 

Bells (Winkipop) e Gold Coast também eram direitas amistosas e nossas performances não foram convincentes, salvo raros lampejos  e a consistência de Mineirinho.

 

Aliás, Mr. Adriano de Sousa está numa pegada ultra-forte, focado nos resultados e surfando no mesmo power dos melhores dos melhores. Faz tempo que não é mais zebra ou promessa e sim um surfista respeitado e temido pelos seus adversários.

 

Antigamente isso acontecia só nas merrecas e agora a história mudou para melhor. A performance de Fiji que o diga!

 

Surfar Cloudbreak e Restaurants de backside com o power, a modernidade, estilo e posicionamento que o pequeno gigante do Guarujá mostrou, ratificou de vez que, venha quem vier, pode tremer que Mineiro vai correr atrás! Top 5 entra na água com o favoritismo, eles que devem ficar acanhados!

 

Surfar J-Bay requer muito mais além do power que os brasileiros apresentam. Tubo e manobras fortes com bastante variação, sem perder o estilo e plasticidade, contam muito e não podem ser deixados de lado. E esse tem sido o principal ponto fraco de nossos atletas. É um mero detalhe que vem de ?berço?, do treino, do hábito, mas que fica nítido para quem julga e para quem analisa um esporte individual de performances únicas.

 

No WQS nada ainda está definido, apesar de vários atletas estarem na zona de classificação ou na boca de entrar. Nos resultados dos surfistas que encabeçam o ranking ainda estão contabilizados dois ou mais resultados fracos, ainda é preciso trocá-los urgentemente.

 

Portanto, nada de cantar vitória antes do tempo, quem tropeçar agora pode dançar. A situação é boa, mas o segundo semestre ainda pode colocar ou tirar muita gente da zona de glória, ou melhor, do WCT.

 

Paralelamente, quem está mais confortável no WQS já deve se preocupar com o WCT do ano que vem e dar aquela ?isqueirada? no patrocinador, ou seja, viajar e treinar bastante para incomodar de verdade e não fazer papelão em 2009.

 

Voltando ao WCT, ninguém quer deixar o rei careca, Slater, se distanciar e todos sabem que a hora é agora ou nunca.

 

Vai ser uma etapa disputadíssima, onde todos chegam motivados pelos pontos no ranking, de fôlego renovado após treinos e filmagens na Indonésia ou de resultados expressivos na divisão de acesso.

 

Alguns guerreiros ainda estão devendo uma boa etapa do começo ao fim. Quem brilha e apaga é estrela cadente, não atleta de primeira divisão.

 

Não vou nem analisar as performances individuais de Fiji, pois não quero desmotivar ninguém nesse momento tão crucial, mas façam alguma coisa antes que eu tenha que, por mais um ano, olhar o ranking plantando bananeira para ler entre parênteses ?(Bra)?.

 

A pressão aumenta, o funil aperta e vamos pra cima deles!

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