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1ª Remada Salvem os Botos

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Por Julio Cesar Vicente

A AGTA – Associação de Guias da APA da Baleia Franca, iniciou em 01/09/2013 a Campanha Salvem os Botos da Laguna, litoral sul de Santa Catarina, com o objectivo de alertar o poder publico e a população pelo descaso e omissão em relação às contaminações que os golfinhos da espécie Tursiops Truncatus, popularmente conhecidos como “nariz de garrafa”, muito comuns no complexo lagunar estão expostos.

Entre as contaminações mais preocupastes destacamos os despejos de agrotóxicos de arrozeiros e feculárias e o despejo de resíduos sólidos e líquidos dos barcos e moradores da região sem o devido tratamento. A colocação de redes clandestinas atrevessadas nos rios e canais também está se tornando alarmante, principalmente porque as fiscalizações tem se mostrado deficientes e ineficazes, e há ainda a inexistência de uma política pública de proteção ambiental.

Não bastando as contaminações e a ineficiência em relação às fiscalizações, um dos vereadores do município apresentava para votação um projeto de lei que reduzia a Área de Preservação dos Botos. Um absurdo que motivou uma manifestação da população contra tal projeto de lei e a campanha Salvem os Botos realizou uma Petição Publica (clique aqui), levando o Presidente da Câmara chamar uma audiência pública para definir a situação.

Dessa forma, para alertar a população, nasceu a “Remada Salvem os Botos” que teve sua primeira edição no dia 13/10 e contou com grande adesão da galera do stand up padre, surfe e demais setores da população que respeitam e entendem a importância de se preservar o habitat desses mamíferos tão importantes para a manutenção do ecossistema do complexo lagunar, assim como para o turismo e as comunidades de pesca artesanal da região, que tem nos botos aliados importantes na captura do pescado.

Com a remada a campanha conseguiu sensibilizar a população de Laguna, mudando os rumos do PL, que em audiência foi debatido e arquivado. O movimento, porém, não para por aqui e estamos atentos aos abusos cometidos por aqueles que não respeitam o meio ambiente.

Para saber mais sobre a Campanha Salvem os Botos da Laguna clique aqui.

Atual quadro do Santuário Ecológico

Dos 40 botos existentes atualmente no complexo lagunar de Laguna (SC), aprox 15 praticam a pesca cooperativada (entre homem e botos), apoiando o sustento de diversas famílias de pesacdores da região. Mas a vida desses botos encontra-se ameaçada pelos crescentes despejos de agrotóxicos de arrozeiros e feculárias, e de resíduos sólidos e líquidos dos barcos e moradores da região; redes clandestinas atrevessadas nos rios e canais; excesso de ruído; fiscalização deficiente e ineficaz, e a inexistência de uma política pública de proteção ambiental.

Outrora a colonia dos botos habitava todo o complexo lagunar, com o aterro do canal de Cabeçudas poucos transpassavam para o lado norte do complexo, habitando mais o estuário do rio Tubarão e a oeste da lagoa Santo Antonio. Recentemente com as instalações dos canteiros de obras da ponte Anita Garibaldi, abandonaram de vez aquele lado da lagoa, aumentando a concentração no estuário do rio, canal da barra e o canto sul da praia do Mar Grosso, sendo notados com mais frequencia em Itapirubá, praias de Imbituba e Jaguaruna. Essa movimentação de espaços é preocupante para a espécie, não bastando as poluições citadas acima, estão sendo expulsos de sua casa, podendo levar ao desaparecimento do Santuário de Laguna ou até a sua extinção. 

O que a Petição Pública reinvidica:

01 – Inpeção ambienta lnos arrozeiros e feculárias- tratamento dos dejetos.

02 – Política de educação ambiental para população de entorno, conscientizando quanto aos resíduos sólidos e liquidos.

03 – Fiscalização eficaz na colocação de redes clandestinas durante a noite no rio Tubarão e canais.

04 – Coibir eventos motorizados e o uso de jet skies na lagoa Sto Antonio, canalda barra e proximidades.

05 – Instalação de um posto avançado na praça Seival,pois é notório o abusos descarados da lei na área do molhes da barra.