Com 34% dos votos, o bodyboarder Renan Faccini venceu a disputa sul-americana e do sul do Pacífico do Free Surf Bodyboarding (FSB). O período de votação do público pagante no site da competição (https://freesurfworldtour.com/) aconteceu entre os dias 25 a 30 de novembro e o resultado final foi divulgado neste sábado (12). O atleta, nascido em Santos, no litoral de São Paulo, superou outros 19 competidores, de países como o Chile e até mesmo a Nova Zelândia. O circuito teve início em janeiro deste ano, na Europa. Com o resultado, o brasileiro se classifica como cabeça-de-chave das quartas-de-final do Campeonato, em disputa válida com competidores dos demais continentes.
“Eu fico sem palavras. No Free Surf, não tem conquista melhor que essa, a não ser ganhar a última e decisiva etapa do Mundial. Sem dúvida é um dos maiores eventos da categoria. Como não sou um atleta de competição, a conquista dessa etapa sem dúvida tem um significado maior para mim”, explica o rider santista. “Fico muito feliz, ainda mais por ser o primeiro ano desse circuito”. Na visão de Renan “Crow” Faccini, que é patrocinado pela MCD, Mafia Bros Distribuidora, ToobToobs Studio, Agência Velas Tur e conta com o apoio da MGiora, as novas iniciativas de circuitos de Free Surf são o futuro das competições. “Nas competições convencionais, você tem os seus rounds. Aí você encontra um atleta que está surfando bem e ele não tem a oportunidade de mostrar o surf dele. Isso acontece porque pode faltar sorte de pegar uma onda boa, tudo depende do tempo e das condições do mar. Para mim, esse é o formato do futuro, sem dúvida”.
A disputa do Free Surf Bodyboarding (FSB) consiste no envio de vídeo com duração de um minuto, contendo os melhores frames capturados do surfista ao decorrer do surf do atleta. Durante os meses de setembro e outubro, o freesurfer de 26 anos percorreu as praias do estado de São Paulo para buscar ondas pouco convencionais e surf em aéreos de grande envergadura. “Estava confiando na votação popular, porque tenho seguidores que estão sempre me apoiando. Por isso, agradeço demais o apoio dos amigos e dos seguidores fieis. Pude ver o feedback do pessoal, sempre elogiando e dizendo que já tinham votado, isso foi bem importante. Fiquei mais preocupado com as votações internas dos juízes”, comenta.
Sobre os concorrentes, Renan se mostrou impressionado pela qualidade mostrada durante a competição, com destaque para o segundo colocado da etapa sul-americana. “O vídeo do Eric foi o que mais me chamou a atenção. Estava impecável, ondas perfeitas, um sonho para qualquer atleta, mesmo porque ele mora nas Ilhas Cook, que é considerado um dos melhores destinos para a prática do bodyboard. Talvez o meu diferencial foi a edição, que estava mais radical e ousado”, explica o rider, que contou com uma “artilharia” pesada quanto à produção de seu vídeo, realizada pela produtora Toob Toobs: a edição foi feita pelo seu amigo e filmmaker, Ramon Miranda, além dos filmmakers Nani Jackson (imagens aéreas e aquáticas) e Diego Villamarin (segunda câmera). A produção conta com um drone, duas câmeras externas e mais uma câmera aquática.
Uma das manobras mais radicais do rider foi um “invert”, uma manobra parecida com a Super Man feita em outros esportes. “Foi feita numa onda muito alta, pesada, e a projeção foi perfeita. Praticamente caí na praia e o ângulo capturada pelo drone ficou épico. Não é fácil botar um drone tão perto da onda da maneira como fizemos. Eu mesmo nunca tinha visto uma imagem dessas que conseguimos capturar”, conta.