Simplesmente adorei as histórias de toda a turma que postou mensagem no último texto, intitulado “O papa-capim e a prancha“. Já era de se esperar, mas fiz uma viagem no tempo, principalmente com o amigo “Shil”, que apareceu no Fórum e falou da sua primeira prancha, adquirida no ano de 77.
Quando comecei a pegar onda, lembro do amigo com essa prancha, e puxando a memória, lembro dela bem estreita para a época e com um “calombo” demasiado ao meio que hoje poderia ser chamado de dome-deck acentuado. O conjuto da prancha era bem estranho e lembro que “patinei” um pouco em algumas ondas que peguei, pois ela era muito solta e instável, ou pelo menos essa foi a minha sensação naquele pouco tempo que tinha de surf.
Ela diferenciava das outras pranchas, que eram menores e bem mais largas, fruto dos resquícios da era das mini-models. Curiosidades à parte, comédia foi a de Samuel Garcia, que “negociou” a prima em sua primeira prancha (só lendo o comentário dele mesmo pra crer). Outro amigo, Chico Padilha – este é uma enciclopédia de surf ambulante -, também divertiu com a história do arco e flecha que virou garrafa de whisky, que por sua vez virou peça de carro e finalizou em sua prancha.
Quando falam em Calói 10, realmente remetem aos meus primórdios surfísticos. A história de Pauá traz ótimas lembranças. Ele ganhou uma “Rico”. Em outras mensagens aparecem K&K, Vickstick, Realce Nordeste e Swell, de Paulo Bala, por exemplo. Todas era pranchas de sonhos!
O excelente ex-profissional e aerealista Tony Vaz falou de seu Atari. Vixe, ó onde o negócio chegou! Só faltou um falando que trocou “tele-jogo”! Mas Play Station apareceu (risos)!! Skate e até bola de gude também entraram nas paradas. Que coisa boa todos esses relatos! Ao pensar que já tinha ouvido tantas outras histórias em viagem recente, nas ilhas Mentawai, a bordo do Star Koat, fiz junto com os amigos um Fórum para contar nossas histórias. Foi de lá que veio a ideia do texto, carregado de muita nostalgia.
E nesse vai e vem de lembranças, vi que estou ficando “véi”. Lembrei que a minha primeira prancha relativamente nova (a que veio do “papa-capim” e do canário belga) na real não foi a Swell relatada, e sim uma GR, monoquilha, dos irmãos shapers paraibanos Germano e Ronaldo Moura. A prancha era a que estava na foto de capa do texto passado, na qual estou no corte (indo retoside) de uma marola na praia do Cabo Branco (PB), a poucos metros da areia. Abraços pra turma!