Litoral gaúcho

Retirada de redes é a meta

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Protesto em Porto Alegre por causa de mortes nas redes de pesca em 2002. De lá para cá, novas vítimas passaram a fazer parte desta estatística vergonhosa. Foto: Miguel Noronha.

Na última segunda-feira, a Federação Gaúcha de Surf, juntamente com Associação dos Surfistas de Capão da Canoa e o deputado estadual Sandro Boka, realizaram vistoria no local do acidente que tirou a vida do surfista Lucas Boeira durante a Páscoa e posteriormente foram recebidos na prefeitura de Capão da Canoa.

 

Na ocasião, foi protocolado ofício solicitando audiência pública para debater mudanças nas áreas de surf do município. Também foi entregue à prefeitura estudo realizado pelo Centro de Estudos Geológicos Costeiros da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (CECO-UFRGS) a respeito das correntes marítimas.

 

O estudo apresenta dados técnicos a respeito da velocidade que um corpo atinge em condições de corrente lateral na orla gaúcha. Pelo estudos verifica-se a necessidade de haver no mínimo 4 quilômetros de áreas livre para a prática do surf. E para haver acordo em torno destes padrões, todas as partes envolvidas terão que ceder na negociação.

 

Já na terça-feira (14/04), a Federação Gaúcha de Surf, por intermédio do presidente Orlando Carvalho, entregou um Oficio à Casa Civil, solicitando nova varredura no litoral Gaúcho para a retirada de todos os artefatos de pesca que não estejam de acordo com a Lei 12.050 de 2003. Esta varredura deverá ser realizada pela Brigada Militar.

 

Outra ação realizada na terça-feira foi uma reunião no gabinete do deputado estadual Sandro Boka, que integra a frente parlamentar para conciliação entre pescadores e surfistas. Foi definida a urgente elaboração de uma lei estadual para adaptar as áreas de acordo com o parecer do CECO-UFRGS. A sinalização deverá ser feita com totens coloridos, conforme sinalização padrão de segurança nas cores vermelha, amarela e verde. Também será solicitado a ajuda da Petrobras para a sinalização.

 

Foi solicitado para duas agências de marketing a criação de campanha publicitária completa para auxiliar na divulgação das áreas seguras. Segundo critérios técnicos, somente as áreas com 4 quilômetros ou mais serão declaradas seguras. No dia 25 de abril será lançado o logo oficial da campanha durante a quarta etapa do Circuito Gaúcho Profissional, a ser realizado em Torres.

 

Durante três anos e meio o litoral Gaúcho não teve casos de afogamento devido a artefatos de pesca. A Federação Gaúcha de Surf durante todo este tempo este à frente do programa Surf Legal, desenvolvido em conjunto com o Governo do Estado, Brigada Militar, associações de surfistas e municípios.

 

?Praia Segura, Surf Legal?

 

 

 

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