Brasil Surf Pro

Ribeiro rouba a cena

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Alex Ribeiro crava a maior nota do terceiro dia de disputas. Foto: Fábio Minduim / Brasil1.

Jano Belo avança e entra na briga pelo caneco da temporada. Foto: Fábio Minduim / Brasil1.

As baterias das oitavas-de-final da categoria Masculino foram para a água e o paulista Alex Ribeiro é destaque desta sexta-feira, terceiro dia de disputas da quarta etapa do Brasil Surf Pro 2011 na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ).

 

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Logo no primeiro confronto, o atleta de Praia Grande mandou ver nas valas de até 1 metro e se deu bem contra o cearense Messias Felix, terceiro colocado no ranking do circuito (17.10 a 5.93). De quebra, Ribeiro cravou o segundo maior somatório do evento e a maior nota do dia (9.33) ao completar com categoria um aéreo muito alto.

 

“As manobras de linha renderam notas baixas. Decidi investir nos aéreos e deu certo. Adoro essa onda da Barra, estou bem encaixado nas esquerdas e vou com tudo em busca do título”, promete Alex. 

 

No segundo duelo, o paraibano Jano Belo e o potiguar Alan Jones bateram de frente. Jano dito o ritmo do confronto, acertou na escolha das ondas e passou com certa facilidade (10.50 a 6.74). Com a derrota precoce da quase todos os líderes do ranking, Jano (7o) pode subir várias posições se obter boa colocação.

 

“Não estou pensando na liderança, quero mesmo é um bom resultado. Amanhã enfrento o Alex Ribeiro e dependendo do tamanho das ondas, vou usar os aéreos como carta na manga. Hoje acertei dois e a tática funcionou”, afirma.

 

O catarinense Diego Rosa e o carioca Leandro Bastos caíram no mar na terceira bateria. Diego foi para o ataque, fez duas notas regulares ainda nos primeiros minutos e assumiu a liderança (5.67 e 4.73). Local da praia do Recreio, Bastos buscou a reação, arrancou um 5.43 pontos, mas não achou uma segunda onda boa e acabou eliminado (10.40 a 9.03).

 

O quarto confronto foi um clássico do surf nacional. Com 40 anos recém-completados, o legend Victor Ribas encarou o carioca Simão Romão. Os atletas se revezaram na liderança e deram show de surf competitivo. Ribas investiu nas manobras de linha e exibiu seu estilo clássico. Romão apostou no surf progressivo e os aéreos fizeram a diferença (13.50 a 12.34).

 

“Correr uma bateria homem a homem contra um ídolo é uma honra. Sabia que seria muito difícil e que os aéreos poderiam fazer a diferença. Arrisquei e deu certo”, comenta Simão.

 

Atual campeão brasileiro Pro Junior, o capixaba Krystian Kymmerson e o catarinense Marco Polo fizeram uma quinta bateria morna, sem nenhum high score. Marco liderou na maior parte do tempo e tomou a virada na última onda (10.24 a 8.50).

 

Um clássico ubatubense marcou o sexto confronto. Odirlei Coutinho, campeão da terceira etapa e quarto colocado no ranking, perdeu para Renato Galvão, bicampeão brasileiro (2004 e 2007).

 

O mar piorou e os atletas sentiram dificuldade para posicionarem-se no outside. Galvão encontrou as melhores ondas, comandou as ações e apesar de ter a liderança ameaçada em alguns momentos, mandou o camarada para casa e acabou com as chances de Coutinho assumir a liderança do ranking (12.50 a 11.14).

 

Na sétima bateria, o cearense Pablo Paulino destruiu a vala de até 1 metro prejudicada pelo vento Sudoeste moderado e manteve o baiano Franklin Serpa em combinação até os últimos minutos. Serpa boiou um tempão, acordou quando já era tarde e acabou fora (12.67 a 11.00).

 

“Preciso de bons resultados para me manter na elite nacional e chegar às quartas-de-final aqui no Rio foi super importante. Vou manter o foco para garantir meu lugar entre os tops”, explica Pablo.

 

No último duelo das oitavas-de-final da categoria Masculino, o carioca Igor Moraes derrotou o paulista Heitor Pereira com facilidade. Além de não se encontrar no outside, Heitor cometeu interferência quando estava em combinação, comprometeu completamente seu somatório e ficou de fora das quartas-de-final (13.83 a 2.17).

 

Feminino As baterias das quartas-de-final da categoria Feminino rolaram nesta sexta-feira e Juliana Quint é destaque entre as meninas.

 

No último duelo do dia, a catarinense venceu a conterrânea Marina Werneck (9.33 a 3.40) e com a queda precoce de Tininha, líder do ranking e franca favorita ao título, segue viva na briga pelo caneco da temporada. Vale destacar, para evitar o titulo antecipado da paraibana, Juliana precisa fazer a final desta quarta etapa. 

 

“Pedi a Deus que as ondas viessem e passei mais uma. Agora é manter o foco, a tranqulidade e não deixar a pressão atrapalhar”, manda Quint, atual vice-líder do ranking.

 

No primeiro duelo, as paulistas Cláudia Gonçalves e Suelen Naraisa, quarta colocada no ranking, bateram de frente. Claudinha foi para cima, cravou duas notas regulares logo de cara (5.50 e 3.67) e assumiu a ponta. 

 

Suelen boiou até a metade da bateria, mas entrou no jogo ao arrancar 6.03 pontos em uma boa esquerda. Aos 45 do segundo tempo, a ubatubense encontrou uma direita salvadora (3.50) e virou o placar (9.53 a 9.27).

 

“A bateria só termina quando toca a buzina. Não desisti e virei na última onda. Estou bem feliz e espero fazer minha primeira final no ano”, afirma Suelen.

 

As locais Taís de Almeida e Gabriela Teixeira caíram no mar no segundo confronto. O duelo foi acirrado e disputado onda a onda. No fim, Taís escolheu melhor as valas avançou às semifinais (12.36 a 10.94).

 

A catarinense Gabriela Leite e a paulista Camila Cássia enfrentaram-se na terceira bateria e mais uma vez o embate acabou decidido de forma emocionante. Camila dominou a bateria quase inteira, tomou a virada nos últimos instantes e ficou fora das semifinais por apenas três décimos (7.00 a 7.03).

 

Um nova chamada acontece às 8:30 horas deste sábado.