Nesta quinta-feira (16/8), o Projeto Social Ondas – Surf & Cidadania, que atua com crianças da comunidade Vila Baiana, Guarujá (SP), recebeu a visita de Rico de Souza e Picuruta Salazar.
Os dois atletas conheceram de perto a ação em prol da educação e da cidadania.
Rico presenteou a escolinha de surf com uma prancha. Além disso, todos os participantes foram convidados a participar do Earthwave Festival de Surf Ecorodovias.
O evento, que visa mobilização para alertar sobre os problemas causados pelo aquecimento global, está marcado para os dias 31 de agosto e 2 de seembro, no Quebra-Mar, Santos (SP), com opção para a praia da Enseada, Guarujá (SP), em caso de falta de ondas, e contará com uma série de atividades para chamar a atenção da comunidade.
Durante o encontro, Rico conversou com a garotada, com a propriedade de quem lançou a primeira escola de surf no Brasil, em 1982.
?A escola de surf ensina sobre hábitos saudáveis, inclusão social e amizades?, comentou o surfista, entregando uma prancha. ?O surf foi tão bom para mim e para o Picuruta e essa é uma forma de devolvermos ao esporte tudo o que nos deu?, destaca.
?Tive a alegria de realizar a primeira escola do Brasil, no Arpoador (RJ), e contei com grandes surfistas como Picuruta, Almir Salazar e Ismael Miranda me ajudando no projeto. E hoje em dia já existem quase 200 escolas pelo litoral brasileiro. Foi uma semente que plantada, que hoje dá frutos para todos?, complementa.
Com títulos brasileiro, paulista e a participação no WCT, elite mundial, Jojó segue firme como competidor, aos 40 anos de idade. Em paralelo comanda o Projeto Ondas, utilizando o surf como ferramenta de educação e inclusão social.
As 40 crianças atendidas, atualmente, têm aulas práticas e teóricas de surf e também recebem noções de cidadania, saúde, educação e meio ambiente, envolvendo valores como amor, amizade e respeito.
Entre os seus parceiros está Roberto Roman, surfista e proprietário do Delphin Hotel, um luxuoso hotel 4 estrelas na Praia da Enseada, que cedeu espaço para as aulas.
?Foi uma idéia em parceria com o professor Denis Eleutério, coordenador pedagógico, e o Beto Roman para oferecer, através do esporte, oportunidades às crianças em risco social, que são muitas vezes discriminadas?, conta Jojó.
?O esporte é uma ferramenta ideal para a educação e aqui queremos ajudar a formar caráter, formar um cidadão de verdade. Esse é o nosso objetivo principal?, ressalta o surfista.
?Na verdade, os nossos sonhos têm sido superados. Já no segundo ano estamos com a segunda turma, com 40 crianças, e a nossa ambição é crescer e aumentar essa demanda?, frisa Jojó.
Para ele, a visita de Rico e Picuruta simbolizam sucesso no trabalho. ?Hoje foi um dia especial. Acho que o Projeto nunca teve tantas personalidades em uma única vez e nos sentimos abençoados pela presença desses homens, que realmente são ídolos no surf brasileiro. A presença deles fará grande diferença no futuro dessas crianças?, vibra o surfista.
Quem também esteve presente foi o big rider Rodrigo Koxa. ?Sou daqui do Guarujá, da rua em frente ao projeto e fico orgulhoso de ver esse trabalho do Jojó. Tem tudo para crescer cada vez mais?, afirma o surfista especializado em ondas gigantes, que ficou nove meses longe do Brasil.
?Fiquei seis meses no Tahiti, onde surfei principalmente Teahupoo, onde peguei 15 pés plus de tow in, e três no Havaí, em Pipeline e Jaws?, lembra.