Salvador sedia decisão do título brasileiro

Olimpinho - Oxbow Pro Longboard 2003 - Maresias - São Sebastião (SP)

O baiano Olimpinho é filho da terra e quer o título da etapa. Foto: Ricardo Macario.
Pela primeira vez na história os melhores longboarders do Brasil estarão reunidos em Salvador, para a disputa da segunda e decisiva etapa do Petrobras Longboard Classic, a partir desta sexta na praia de Aleluia.

 

Disputado nas categorias Profissional, Feminino, Júnior (até 18 anos), Master (de 19 a 29), Super Master (30 a 39), Legends (40 a 49) e Super Legends (acima de 50), o campeonato oferece R$ 20 mil em prêmios para os profissionais, além de pranchões e produtos para as demais categorias.

 

Um problema de última hora obrigou a organização a adiar a entrada na água dos profissionais: todos os principais atletas do ranking nacional que disputaram a última etapa do Circuito Mundial, na Nova Zelândia, ainda estão sem suas pranchas.

 

Quando chegaram ao Rio, descobriram que a empresa aérea que os trouxe para o Brasil, alegando que o vôo estava lotado, deixara as pranchas do outro lado do mundo. A previsão é de que as pranchas poderão chegar nesta sexta-feira. Assim, Rico de Souza, organizador do campeonato, acolheu o pedido dos surfistas, que só começarão a competir às 8 horas de sábado. 

 

As outras categorias estão confirmadas para entrar na água esta sexta-feira, também a partir das 8 horas. A primeira etapa do Petrobras Longboard Classic aconteceu em ótimas condições na Praia da Macumba, no Rio de Janeiro, com boas ondas, sol, praia cheia e o clima de confraternização que caracteriza os eventos dos pranchões.

 

Marcelo Freitas aguarda a chegada das pranchas de olho no título do circuito. Foto: Rick Werneck.
Apesar da amizade na areia, na água a briga foi intensa e quem levou a melhor foi o paulista Danilo Mullinha, de apenas 18 anos. Mullinha venceu todas as baterias que disputou e garantiu o título.

 

Já o baiano Olimpinho, que há dez anos mora no Rio e há dois anos e meio não vinha a Bahia, quer fazer bonito em sua terra natal. “Fico feliz em competir na Bahia. Só surfei de longboard na praia de Aleluia uma vez. Para conquistar o título acredito que terei de ganhar aqui e torcer contra alguns surfistas que ficaram na minha frente na primeira etapa”, disse Olimpinho, que antes de se mudar para o Rio foi seis vezes campeão baiano de pranchinha.

 

Além de Mullinha, o carioca Marcelo Freitas, segundo colocado no Rio, surge como um nome forte para a competição. Freitas tem no currículo um título mundial amador e este ano ganhou uma das etapas do Circuito Mundial. Ao contrário de Olimpinho, Freitas decidiu ficar no Rio, à espera do equipamento.

 

“Estamos todos na espera das pranchas, preocupados. Mas já consegui uma prancha emprestada e não vou deixar de brigar pelo título. Depois de um mundial a gente sempre evolui um pouco. Vai ser uma final de campeonato muito disputada, está todo mundo bem treinado”, disse Freitas.

 

Lenda viva do surfe nacional, Rico de Souza visitou Salvador algumas vezes antes de escolher a praia de Aleluia para sediar o evento. “Foi importante estar em Salvador e conversar com as pessoas que conhecem as praias para escolher o melhor local”, disse Rico, que num primeiro momento pensou em fazer o campeonato em Patamares, em frente ao Sesc.
 

O organizador do evento Rico de Souza quer promover a modalidade no Nordeste. Foto: Ricardo Macario.
Rico tem ainda mais motivos para comemorar. Ao trazer o campeonato para a Bahia, com a intenção de incentivar a prática do longboard no Nordeste, ele temia que não encontrasse tantos competidores. Porém, os organizadores tiveram uma surpresa com o grande número de inscritos nas categorias amadoras, que terão atletas de toda a região.

 

“Estou muito feliz com a participação de tantos nordestinos. Em algumas categorias tivemos de dobrar o número de participantes, pois a procura foi muito grande. E infelizmente não conseguiremos dar vazão à demanda”, disse o organizador.
 
Ranking brasileiro – após duas etapas
 
1 Danilo Mulinha (SP) 2278
2 Paulo Kid (SP) 1960
3 Marcelo Freitas (RJ) 1720
4 Adriano Alemão (SP) 1590
5 Amaro Matos (SP) 1585
6 Olimpinho (BA) 1470
7 Diego Rosas (SP) 1305
8 Picuruta Salazar (SP) 1278
9 Thiago Mariano (RJ) 1250
10 Jaime Viúdes (SP) 1230
11 Alexsandro Abolição (SP) 1150
12 Phil Rajzman (RJ) 1110
12 Robledo Oliveira (RJ) 1110
14 Ricardo Farias (PE) 1100
15 Luis Juquinha (SP) 1055
16 Eduardo Bagé (RJ) 1000
17 Jonas Lima (RN) 980
18 Augusto Saldanha (RJ) 945
19 Leonardo Paioli (SP) 920
20 Daniks Fisher (SP) 900
20 André Luis (RJ) 900

 

Ranking mundial 2003

 

1 Beau Young (Aus)
2 Joel Tudor (EUA)
3 Colin McPhillips (EUA)
5 Taylor Jensen (EUA) 
6 Mathew Moir (Afr)
7 Alex Salazar (Bra)
8 Paulo Kid (Bra)
9 Marcelo Freitas (Bra)
10 Jye Byrnes (Aus)
11 Amaro Matos (Bra)
12 Grant Thomas (Aus); Jaime Viúdes (Bra)
14 Phil Rajzman (Bra)

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