Pequeno paraibano

Samuel Igor não brinca no Recreio

Samuel Igor, Circuito do Recreio 2007, praia do Recreio (RJ).

Samuel Igor, revelação paraibana, precisa de apoio para brilhar no cenário nacional. Foto: Pedro Monteiro / Feserj.

“Bom, o que dizer de um garoto cheio de estilo como Samuel? Acho que nada!!!

 

O bom é ver o surf dele em ação. Um surf alegre como ele é. Esse garoto vai longe, um menino simples, de boa índole e gente boa, sinônimos de campeão…

 

Cheio de esperanças, como todo garoto da sua idade, tendo uma vontade grande de aperfeiçoar seu surf. Isso faz com que ele cresça no esporte e tenha reconhecimento merecido.

 

É isso aí, garoto, parabéns!”

 

Esta mensagem foi postada há mais de dois anos no Injectbrasil.com por Alexandre Henrique, o “Calcinha”, conterrâneo e companheiro de Fábio Gouveia nas trips a Baía Formosa, com chegadas finalizadas em caminhões de cana.

 

A declaração de Alexandre, cujo filho, de mesmo nome, é surfista promissor, mostra que nada substitui o olho atento de quem sabe reconhecer um talento.

 

E Samuel Igor, hoje 14, voltou a brilhar. No último dia 30 de setembro, o paraibano chegou à final Sub-17 da etapa VQS no Rio de Janeiro, ficando com a quarta posição numa final com nível de futura decisão nacional.

 

Luel Felipe ficou em primeiro, Filipe Braz em segundo e Yan Guimarães foi terceiro nas boas ondas do Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio.

 

Curiosamente, a referência carinhosa a Samuel Igor no release oficial da prova (“Pequeno paraibano”), remete a mesma forma com que Assis Chateaubriand, conterrâneo de Samuel e criador, em 1947, do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, o paulistano MASP, tratava a um garoto carioca filho de paraibano que na época residia no Copacabana Palace: o hoje apresentador Jô Soares.

 

Talvez seja a hora de alguém garimpar Samuel para uma equipe de surfwear, demonstrando o mesmo feeling do polêmico Assis Chateaubriand para formar equipe (a exemplo de Samuel Wainer, Joel Silveira, David Nasser e outros), ou o mesmo olho crítico com que Pietro Maria Bardi (nascido italiano e tornado brasileiro por “Chatô”) sabia escolher o melhor da arte mundial para o MASP, cuja sede, projetada por Lina Bo Bardi, é marco arquitetônico moderno na Paulista, e traduz o lado bom do que Caetano quis dizer em “Sampa” com o verso “da grana que ergue e destrói coisas belas”.

 

Samuel Igor tem 14, tem títulos, tem talento, postura e sonhos! Ele, a cada bateria, joga seus sonhos aos pés desse titã chamado “surf competição”. Que ele os pise com carinho, pois estará pisando os sonhos do “pequeno paraibano”.

 

Samuel Igor, “vamo” combinar, pega muito!!!

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