Válido como etapa cinco estrelas do WQS, o SuperSurf International recomeçou nesta quinta-feira (6/5) em Itamambuca, Ubatuba (SP). As ondas ganharam consistência ao decorrer do dia e dezoito baterias do segundo round foram realizadas.
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A melhor atuação do dia ficou por conta do local Saulo Júnior, que mostrou-se totalmente à vontade em casa e encontrou com facilidade as melhores ondas, para manobrar com pressão e atacar por cima com bons aéreos. Com 14.84 pontos, o melhor somatório do evento até o momento, ele avançou junto com o carioca Eric de Souza, que obteve
12.00.
“As marolinhas estão fáceis de identificar quais são as boas, mas as séries estão demoradas e às vezes não tem onda pra todo mundo. Foi show, foi legal a bateria, o Eric surfou bem e o Saul também”, comenta Saulo Júnior, que também pegou a melhor onda do dia e foi recompensado pelos juízes com 7.67 pontos.
“Surfar em casa depende do dia e do atleta. Em um outro campeonato eu me senti pressionado por estar em casa e estar todo mundo vendo na maior expectativa. Já neste eu estou sentindo um clima difrente. Estou mais familiarizado com este sentimento e mais à vontade”, complementa o atleta local.
O cearense Messias Félix, atual campeão brasileiro e defensor do título do SuperSurf de Ubatuba, mais uma vez se deu bem na bateria inaugural do dia. Com 11.50 pontos somados, ele avançou junto com Marco Fernandez, que somou 9.20. Ambos deixaram para trás o carioca Yuri Sodré.
“Tentei arriscar as manobras já que temos 15 ondas para surfar. Comecei a bateria tentando fazer umas ondas legais e infelizmente não estava vindo tanta onda assim, mas consegui trocar as notas e passar. Estou feliz por estar aqui em Ubatuba e poder tentar defender o título”, conta Messias Félix.
Talento da nova geração baiana, Marquinho quebrou as ondas na bateria e estava com a liderança em mãos e caiu para segundo ao ser penalizado por uma inteferência em cima do carioca, mas mesmo assim conseguiu manter-se na briga e avançar sem problemas.
“Fui infeliz naquela onda. Pensei que seria uma esquerda, mas ela definiu para a direita, então como o Yuri é mais forte do que eu, conseguiu se sobressair e sobrou a interferência pra mim. Depois disso, peguei mais uma onda boa e parti para a marcação em cima dele de novo, até o fim da bateria. A batalha foi grande, mas consegui passar para a próxima fase com interferência e tudo mais, estou muito feliz. Tomara que a próxima não seja tão adrenalizante assim”, diz Marco Fernandez.
Além do campeão brasileiro Messias Félix, outros dois campeões brasileiros também se deram bem e avançaram na mesma bateria. O cabofriense Victor Ribas foi o primeiro colocado com 12.60 pontos somados e o ubatubense Renato Galvão foi o segundo com 7.60.
Apesar de Itamambuca ser conhecida pelas boas direitas, foi nas esquerdas do pico que Vitinho se deu bem. “Muito legal estar aqui em Ubatuba de novo. É um lugar muito bonito e foi bom que as condições do mar estão mais pro meio da praia. Adoro essas esquerdinhas e espero que continuem assim”, diz Victor Ribas.
Campeão brasileiro nos anos de 2004 e 2007, Renato Galvão venceu o SuperSurf de Ubatuba em 2008 e não encontrou muitas ondas boas, mas surfou o suficiente para se classificar. Ele preferiu competir em casa do que ir ao WQS de Trestles, Califórnia (EUA).
Estrangeiros Além dos brasileiros que são a grande maioria entre os competidores, representantes de mais doze países inscreveram-se no evento. O primeiro a se dar bem e avançar ao terceiro round foi Dede Suryana, atleta da Indonésia, que ficou com a segunda colocação na disputa vencida por Patrick Tamberg de Fernando de Noronha (PE).
“A bateria foi boa e dei sorte. Consegui pegar três ondas e somar duas regulares. As séries estão demorando bastante para entrar, então você tem que ser paciente. As esquerdas estão melhores e as direitas estão um pouco devagar. Estou amarradão por ter avançado. Aqui é um lugar muito bonito, com muito verde e boas ondinhas”, elogia Dede Suryana.
Ainda entre os atletas estrangeiros, quem também se deu bem foi o jovem chileno Guillermo Satt, de Arica, que vem desde o primeiro round e desta vez avançou atrás do carioca Leandro Bastos.
As esquerdas estão boas, do jeito que eu gosto e facilitaram as manobras mais radicais, como os aéreos, então estou feliz em passar mais uma fase aqui em Ubatuba. A bateria foi bem dfícil, porque Leandro e Magno são dois ótimos surfistas, sorte que eu consegui encontrar algumas ondas”, comemora Guillermo Satt.
Primeira etapa do SuperSurf International 2010
Terceira fase (baterias já definidas)
1 Messias Félix (Bra), Victor Ribas (Bra), Dede Suryana (Ind), Raphael Becker (Bra)
2 Renato Galvão (Bra), Marco Fernandez (Bra), Patrick Tamberg (Bra), Robson Santos (Bra)
3 Igor Morais (Bra), Luciano Brulher (Bra), Greg Cordeiro (Bra), Guillermo Satt (Chi)
4 Alan Jones (Bra), Rudá Carvalho (Bra), Caetano Vargas (Bra), Leandro Bastos (Bra)
5 Flávio Nakagima (Bra), Saulo Júnior (Bra), Danilo Costa (Bra), Diego Rosa (Bra)
6 Denis Tihara (Bra), Eric de Souza (Bra), Ricardo dos Santos (Bra), Yan Guimarães (Bra)
7 Guilherme Ramalho (Bra), Gustavo Henrique (Bra), Bernardo Lopes (Bra) e Alan Saulo (Bra)
8 Halley Batista (Bra), Gabriel Villaran (Per), Edvan Silva (Bra) e Franklin Serpa (Bra)