Maresia International

Silvana bate na trave

Silvana Lima, Maresia International 2010, Ronco do Mar, Paracuru (CE)

Silvana Lima perde em bateria acirrada no Maresia International. Foto: Aleko Stergiou.

Uma bateria emocionante fechou com chave de ouro o primeiro dia de disputas do Maresia Surf International, etapa de nível 6 estrelas do WQS que rola em Paracuru (CE).

 

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A top da elite mundial Silvana Lima lotou as areias da Boca do Poço, onde foi montado um palanque alternativo para acelerar o cronograma da prova.

 

Convidada pela Maresia para entrar direto na fase de estreia dos principais cabeças-de-chave, a surfista local deu uma verdadeira dura nos adversários.

 

Com uma linha polida e uma ótima escolha de ondas, Silvana chegou a somar notas 6.60 e 5.17 para liderar o duelo contra o norte-americano Brett Simpson, o baiano Rudá Carvalho e o paulista Saulo Júnior.

 

Rudá Carvalho estraga festa da torcida local. Foto: Divulgação Maresia.

No decorrer da bateria, Brett Simpson assumiu a ponta e deixou Silvana em segundo. Rudá reagiu com 7.30 e passou a precisar de 4.50.

 

A cearense deixou o baiano livre e Rudá chegou a bater na trave numa tentativa. Com um surf inovador, o atual campeão pan-americano e revelação do circuito brasileiro escapou da derrota na última onda.

 

Rudá acertou um tail slide e aterrissou de rabeta em cima das pedras. O baiano perdeu uma quilha da prancha e machucou o joelho, mas conseguiu 4.70 pontos para virar a bateria e estragar a festa da torcida.

 

Os adversários elogiaram bastante a performance da cearense. “É muito louco enfrentar uma garota. Ela surfa muito e eu estava nervoso, com certeza. Quando você perde para uma garota, seus amigos curtem contigo. Ela surfa melhor que muitos caras. Apesar de não ter passado a bateria, foi muito bom pra ela esse momento”, diz Brett Simpson.

 

Rudá Carvalho também comentou a bateria. “Ela surfa muito, é vice-campeã mundial, e o mar estava bem difícil. É uma pressão muito grande na cabeça de qualquer um. Eu estava muito cansado devido ao calor e também por ter competido por duas vezes praticamente na hora do almoço, sob esse sol escaldante. Mas graças a Deus consegui a classificação e vamos para a próxima”, fala o baiano.

 

Silvana lamentou a derrota e agradeceu a força da torcida na Boca do Poço. “Faltou um pouquinho e ainda pensei em descer mais para o inside para marcar Rudá. Vi que a onda que ele remou não teria tanto potencial, mas sabia que ele iria mandar um aéreo para puxar a nota dos juízes e foi isso que aconteceu”, diz Silvana.

 

“Estou feliz por ter surfado bem no evento e gostaria muito de ter passado ao menos uma bateria para poder competir mais. Foi uma pena! Quero agradecer a todos que estavam na praia gritando muito por mim”, encerra a atleta.

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