Silvana garante vaga no WCT

Silvana Lima, Nokia Pro 2005, Fistral Beach, Inglaterra

Com a vitória no Nokia Pro, Silvana Lima encara o WCT 2006. Foto: Dimulle / Ripcurl.com.
Analisando os números depois da segunda vitória de Silvana Lima no WQS 2005, dá para dizer que a atual campeã brasileira Silvana Lima já está com a vaga garantida na elite mundial que disputa o ASP World Championship Tour (WCT) no ano que vem.

 

Só resta mais uma etapa importante – o quatro estrelas Hello Kitty Boardfest, de 3 a 5 de setembro em Huntington Beach, Califórnia, EUA. E mesmo que não marque pontos, a segunda cearense a figurar no seleto grupo que forma a divisão principal do Circuito Mundial Feminino continuará na lista das seis surfistas classificadas pelo WQS.

 

Silvana Lima durante Mr. Price Pro 2005, Durban, África do Sul. Foto: Karen / tostee.com.
A catarinense Jacqueline Silva no momento está confirmando sua permanência pelos dois rankings, mas é a última colocada na relação das 10 mantidas pelo WCT e também das seis que atualmente seriam indicadas pelo WQS.

 

Já a cearense Tita Tavares, sempre prejudicada pela falta de um bom patrocínio, precisa de um ótimo desempenho nas três etapas finais do WCT para permanecer na elite.

 

Ao contrário da conterrânea, Silvana Lima foi contratada no início deste ano pela gigante da surfwear mundial Billabong, que garantiu a participação dela nas principais provas do WQS e certamente vai manter um dos maiores fenômenos do surfe feminino brasileiro também no WCT em 2006.

 

Campanha de Silvana A estréia neste ano foi na inédita etapa feminina de nível 5 estrelas realizada na América do Sul, porém não começou bem e acabou eliminada na segunda fase da Copa Movistar Pro Peru 2005.

 

Sua segunda apresentação não foi diferente e ela também só passou uma bateria no 6 estrelas em Margaret River, Austrália, em março.

 

Depois, Silvana recarregou as baterias no Brasil e venceu a primeira prova do Circuito Petrobras de Surfe Feminino em Ubatuba (SP).

 

Semanas depois, ainda no mês de abril, ganhou a etapa de abertura do SuperSurf 2005 na praia do Rosa, Imbituba (SC), de onde partiu para competir no WQS 4 estrelas dos Estados Unidos no final daquele mês.

 

Em Lowers Trestles, Califórnia, manteve o ritmo de vitórias em águas brasileiras e conquistou o título do tradicional Body Glove Surfbout sem perder nenhuma bateria para as australianas, norte-americanas, havaianas e sul-africanas que encontrou pelo caminho, inclusive várias Tops da atual elite do WCT, como as australianas Rebecca Woods e Laurina McGrath na grande final.

 

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Silvana Lima comemora o título do Body Glove Surf Bout, Lower Trestles, Califórnia (EUA). Foto: André Cyriaco.
Já as outras duas provas que disputou antes do seu segundo título no WQS 2005, na Inglaterra, foram realizadas em julho.

 

A primeira delas foi o 5 estrelas da África do Sul. Nas ondas de Durban só parou nas semifinais, quando Laurina McGrath vingou a derrota sofrida na Califórnia deixando-a em terceiro lugar no Mr. Price Pro.

 

Mesmo assim, o resultado foi muito bom e levou Silvana Lima para a quinta posição do WQS 2005. Só que na competição seguinte, o 6 estrelas US Open of Surfing em Huntington Beach, Califórnia, ela acabou sendo eliminada precocemente na estréia nos Estados Unidos.

 

Silvana Lima decola durante SuperSurf 2005, praia do Rosa, Imbituba (SC). Foto: Nancy Geringer.
Assim, caiu do quinto para o sétimo lugar no ranking e precisava de um bom resultado na Inglaterra para voltar ao grupo das seis surfistas que o WQS indica para completar a elite mundial do WCT Feminino.

 

Enfrentando condições muito irregulares durante toda a competição em Fistral Beach, Silvana Lima parecia abençoada e sempre encontrava uma ou duas boas ondas para vencer as baterias.

 

Tirou a maior nota ? 8,5 ? do Nokia Pro, passou pela catarinense Jacqueline Silva nas quartas-de-final e com exatos 13,67 pontos derrubou a veterana Melanie Redman-Carr na semifinal e Serena Brooke na grande final, duas australianas Tops do WCT há muitos anos.

 

Com os 2.000 pontos recebidos pela vitória no 5 estrelas da Inglaterra, passou a somar 7.898 pontos e pulou para a terceira posição no ranking.

 

Agora, matematicamente apenas três surfistas podem superá-la no próximo e último evento importante do WQS 2005.

 

Isso se a norte-americana Julia Christian (quarta colocada) e a australiana Melanie Redman-Carr (quinta) chegarem à final do Hello Kitty Boardfest.

 

A outra atleta é a catarinense Jacqueline Silva, que tem que vencer o campeonato na Califórnia para atingir 7.965 pontos, pois se ficar em segundo passa a marcar 7.755 pontos e continuará atrás da cearense.

 

Então, como ocupa a terceira posição, mesmo se não marcar pontos nos Estados Unidos, o máximo que pode acontecer é a campeã brasileira Silvana Lima cair para o sexto lugar, portanto ainda dentro do grupo de seis surfistas que o WQS garante na elite mundial do WCT.

 

No ano que vem, certamente mais uma baixinha vinda do Ceará vai assombrar o mundo com suas manobras ultra-radicais, sendo a única menina do mundo a já arriscar aéreos nas baterias.

 

Ficha Técnica

 

Silvana Lima Santiago da Silva 

Local Paracurú, Ceará

Residência Centro de Treinamento da Billabong, Camburi, São Sebastião (SP)

Patrocínios Billabong, 2Surf, Udo Bastos e Ability.

Altura 1.57 m

Peso 54 kg

Resultados Campeã Brasileira do SuperSurf 2004 / Vice-campeã brasileira do SuperSurf 2003 e Bicampeã Brasileira do ABRASP Super Trials em 2002 e 2003

 

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