Rip Curl Women's Pro

Silvana Lima afiada em Portugal

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Silvana Lima (à dir.) reage na repescagem. Foto: © ASP / Kirstin.

A cearense Silvana Lima recuperou-se da má estreia no Rip Curl Women’s Pro e garantiu seu passaporte às quartas-de-final do evento nesta quinta-feira (7/10) em Peniche, Portugal.


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Altas ondas bombam em todos os picos da região e nesta manhã a direção de prova optou por colocar as baterias na água no pico de Lagido, onde as ondas quebraram com cerca de 1,5 metros e o vento terral soprou forte o dia todo.

Carissa Moore quebra nas esquerdas portuguesas. Foto: © ASP / Kirstin.

Depois de um começo lento e não encontrar as ondas no primeiro round, Silvana Lima entrou em sintonia de backside com as esquerdas e na repescagem não deu chances à sul-africana Nikita Robb nem à francesa Justine Dupont.

Com 12.94 pontos somados, a brasileira comandou as ações com boas batidas e rasgadas, para avançar ao terceiro round na primeira colocação.

Na sequência foi a vez de encarar a havaiana Bethany Hamilton. Para derrotá-la, Silvana investiu forte em todas as séries que apareceram e exibiu excelente forma física ao voltar diversas vezes para o outside, sempre bem posicionada para as melhores séries.

Boas ondas marcam a estreia das meninas em Lagido. Foto: © ASP / Cestari.

Com bons cutbacks, batidas e rasgadas fortes, Silvana somou 4.50 e 4.00 em suas melhores ondas. Bethany ainda tentou a virada nos últimos instantes, mas não encontrou a onda que precisava e acabou eliminada pelo placar de 8.50 a 7.10.

“Estou muito feliz por ter passado minha bateria no terceiro round, principalmente por ter vencido Bethany Hamilton, que é uma excelente surfista. Agora vamos para o próximo round e espero pegar boas ondas”, comemora Silvana Lima

“O vento terral está cada vez mais forte e está bem difícil pra entrar nas ondas. Quando você entrar o vento fica tentando te colocar para trás e você tem que pegar velocidade, mas graças a Deus deu tudo certo. Agora estou ganhando mais confiança e no próximo round quero surfar melhor ainda”, promete Silvana Lima.

Já a paranaense Bruna Schmitz não teve a mesma sorte e não entrou em sintonia com as ondas portuguesas. No primeiro round ela não encontrou as boas e ficou na terceira posição, em bateria vencida pela francesa Canelle Bulard, posteriormente eliminada no terceiro round pela tricampeã mundal Stephanie Gilmore, que na primeira bateria avançou em segundo lugar e conseguiu dar o troco ao encontrar a mesma adversária novamente.

Na repescagem, Bruninha não encontrou as ondas que precisava e tivemos a primeira baixa brasileira, em bateria vencida pela havaiana Bethany Hamilton, com a francesa Lee Ann Curren em segundo lugar.

 

“Esta onda é muito difícil de surfar, muito difícil de pegar e exige muita remada. Na minha bateria as ondas estavam gordas. Não sei, eu não me adaptei nem um pouco”, lamenta Bruna Schmitz.

 

A melhor atuação do dia ficou por conta da havaiana Carissa Moore, que com 17.00 pontos somados despachou a sul-africana Rosanne Hodge, que conseguiu apenas 7.10 nas esquerdas de Lagido.

“Estou amarradona com as condições e o dia todo foi muito bom. Tive uma bateria muito boa contra Rosanne Hodge e me senti muito à vontade nestas ondas. Minhas pranchas funcionaram muito bem e agradeço a Portugal por nos receber novamente este ano”, comemora a jovem havaiana de 18 anos, que tem sua primeira temporada na elite feminina.

A australiana Sally Fitzgibbons também fez bonito ao eliminar sua compatriota Nicola Atherton por 16.83 a 9.33 pontos.

“Depois do segundo round, a maré mudou e as coisas ficaram mais complicadas. Está um pouco difícil com vento terral muito forte, que dificulta bastante a entrada nas ondas. Minha prancha trabalhou bem e consegui ter uma bateria muito boa. Espero ter o mesmo desempenho nos próximos dias”, diz Sally Fitzgibbons.

Já a tricampeã mundial Stephanie Gilmore, depois de encarar a repescagem, conseguiu uma melhor atuação no terceiro round e venceu a francesa Canelle Bullard por 11.83 a 6.66.

“Estou lutando nessas ondas. Esquerdas com vento realmente não são o meu ponto forte, mas é bom para eu buscar a evolução neste aspecto. Prefiro que a competição volte para Supertubos e tenha direitas por lá”, deseja Stephanie Gilmore.

 

Nas quartas-de-final, Silvana Lima encara a australiana Claire Bevilacqua. Uma nova chamada para o possível recomeço da prova acontece nesta sexta-feira (7/10) às 4 horas da manhã (horário de Brasília).

 

Confira mais fotos em nossas próximas atualizações.

 

Quartas-de-final do Rip Curl Pro Women’s 2010

 

1 Sofia Mulanovich (Per) x Chelsea Hedges (Aus)

2 Paige Hareb (Nzl) x Stephanie Gilmore (Aus)

3 Sally Fitzgibbons (Aus) x Carissa Moore (Haw)

4 Claire Bevilacqua (Aus) x Silvana Lima (Bra)

 

Terceira fase

1 Sofia Mulanovich (Per) 11.13 x Nikita Robb (Afr) 7.93
2 Chelsea Hedges (Aus) 9.00 x Lee Ann Curren (Fra) 7.43
3 Paige Hareb (Nzl) 11.50 x Rececca Woods (Aus) 8.60
4 Stephanie Gilmore (Aus) 11.83 x Canelle Bullard (Fra) 6.66
5 Sally Fitzgibbons (Aus) 16.83 x Nicola Atherton (Aus) 9.33
6 Carissa Moore (Haw) 17.00 x Rosanne Hodge (Afr) 7.10
7 Claire Bevilacqua (Aus) 11.93 x Coco Ho (Haw) 9.33
8 Silvana Lima (Bra) 8.50 x Bethany Hamilton (Haw) 7.10

Repescagem

1 Silvana Lima (Bra) 12.94, Nikita Robb (Afr) 9.63 e Justine Dupont (Reu) 8.83
2 Bethany Hamilton (Haw) 9.00, Lee Ann Curren (Fra) 8.90 e Bruna Schmitz (Bra) 7.03

Primeira fase

1 Chelsea Hedges (Aus) 12.00, Paige Hareb (Nzl) 10.83, Nikita Robb (Afr) 8.40
2 Rebecca Woods (Aus) 8.33, Sofia Mulanovich (Per) 7.93 e Bethany Hamilton (Haw) 5.16
3 Cannelle Bulard (Fra) 9.00, Stephanie Gilmore (Aus) 7.93 e Bruna Schmitz (Bra) 5.20
4 Sally Fitzgibbons (Aus) 16.10, Claire Bevilacqua (Aus) 11.44 e Justin Dupont (Fra) 7.57
5 Rosanne Hodge (Afr) 11.43, Nicola Atherton (Aus) 8.33 e Silvana Lima (Bra) 3.00
6 Carissa Moore (Haw) 16.33, Coco Ho (Haw) 15.46 e Lee Ann Curren (Fra) 7.00