Mahalo Eco Festival

Silvana prepara retorno

Silvana Lim, Mahalo Eco Festival 2014, Tiririca, Itacaré (BA).

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Silvana Lima é a número 1 absoluta no ranking do WQS 2014. Foto: Ader Oliveira
 

Já garantida no WCT, a cearense Silvana Lima tenta se despedir do WQS 2014 buscando a vitória no Mahalo Surf Eco Festival em Itacaré (BA).

Líder absoluta do ranking, a cearense luta por um patrocinador principal para disputar o Tour preocupada apenas em treinar, competir e produzir material de divulgação.

Atualmente radicada em Ilhéus, a 68 quilômetros de Itacaré, a atleta se sente à vontade nas ondas da Tiririca, onde já disputou algumas etapas do WCT e do WQS Feminino.

Nesta entrevista, Silvana fala sobre a brilhante temporada, a expectativa para fazer bonito no WCT e as dificuldades com a falta de patrocínio.

O fato de já estar garantida no WCT tira a pressão de brigar por um bom resultado aqui em Itacaré?

Com certeza! A minha vitória em Pantin (Espanha) fez com que eu voltasse tranquila ao Brasil, sem aquela preocupação de buscar resultados no 5 estrelas na Joaquina (SC) e no 4 estrelas daqui. Esse conforto veio a partir do meu surf. Estou me sentindo na minha melhor forma, o meu surf está evoluindo a cada dia que passa, minhas pranchas estão muito boas, então estou muito feliz com isso e bem preparada para retornar ao WCT.

A ASP não premia mais os campeões do WQS e você já está garantida como a número 1 no ranking da divisão de acesso. A falta do título tira um pouco do brilho da campanha?

Ah, eu fico feliz mesmo que não tenha troféu, nem título. Esse era o meu projeto para este ano, pois não queria ficar mais atrás no ranking porque certamente eu iria pegar as primeiras do Tour logo de cara no próximo ano, provavelmente a campeã mundial, então o meu objetivo era terminar em primeiro no WQS para não enfrentar logo essas Tops.

Qual a sua reação quando soube que estava confirmada no WCT 2015?

Foi uma alegria enorme vencer a etapa em Pantin, e ali já ficou tudo certo. Foram duas sensações incríveis, pois venci uma prova importante e consegui a vaga no Tour.

O fato de estar competindo perto da nova casa te favorece nesta competição?

Essa onda eu conheço bastante e já competi muito aqui. Só não consegui ganhar nenhum evento, mas agora, morando aqui na região, me sinto em casa, como se estivesse em Paracuru.

Você continua sem patrocinador principal. Como está fazendo pra bancar essas despesas? Como está o projeto Silvana Free?

Não, o projeto acabou, só foi no início do ano mesmo. Continuo em busca de um patrocinador principal. Este ano foi bem corrido, difícil. Vendi o meu apartamento e o meu carro para poder competir no WQS. É o meu sonho, quero ser campeã mundial e agora estou de volta para brigar por esse título. Se algum empresário acreditar em mim, certamente teremos muito sucesso juntos.

O que podemos esperar da nossa única representante no WCT Feminino em 2015?

Acho que todos que torcem por mim terão muitas alegrias. Sou muito competitiva, e o que mais quero é ir em busca de vitórias. Quando uma atleta está em busca de vitória, é difícil parar. É só focar, trabalhar muito e aproveitar os momentos. As meninas do WCT já estão comentando o fato de eu estar voltando muito nos aéreos (risos). E também tenho treinado outras manobras modernas e acho que os juízes vão gostar.

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