Válido pela terceira etapa do World Tour Masculino e quinta do Feminino, o Billabong Rio Pro 2011 começou nesta quinta-feira na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ).
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O mar abaixou na Barra da Tijuca, mas a vala de direitas funcionou com perfeição para a largada da competição. Entre as meninas, as melhores apresentações foram as das australianas Sally Fitzgibbons e Tyler Wright na primeira fase e a da havaiana Coco Ho, na repescagem.
“O mar está bem inconsistente, mas se você esperar e tiver sorte, dá para pegar umas ondas abrindo. Eu consegui uma direita longa e bem manobrável, então deu tudo certo pra mim hoje e estou feliz por ter passado direto para a terceira fase”, diz Tyler Wright, depois da vitória na primeira bateria do dia.
Tyler Wright inaugurou o Billabong Girls Rio Pro com 14.27 pontos, marca só batida na repescagem pelos 14.40 pontos da australiana Laura Enever e pelos 14.94 de Coco Ho, que fez o maior placar das meninas na quinta-feira.
Já a nota 8.77 da melhor onda de Tyler Wright ninguém superou. Quem chegou mais perto foi Sally Fitzgibbons, que recebeu nota 8.67 em sua melhor apresentação nas ondas da Barra da Tijuca.
“As condições estão um pouco difíceis. Até que tem umas ondas, mas com três surfistas dentro da água loucas por uma onda da série fica realmente difícil”, analisa Sally Fitzgibbons, uma das surfistas da nova geração que estão conseguindo acabar com o reinado da tetracampeã mundial Stephanie Gilmore.
Fitzgibbons ganhou duas etapas esse ano e só está atrás da havaiana Carissa Moore, que foi finalista nas quatro provas do ASP Women´s Tour 2011 e lidera o ranking com duas vitórias.
“As coisas estão dando certo pra mim”, acredita Fitzgibbons. “Ganhei confiança com a vitória lá em Bells Beach (Austrália) e a Carissa (Moore) também começou forte a temporada fazendo quatro finais seguidas. Mas, a Steph (Stephanie Gilmore) continua surfando muito bem. Ela é uma campeã, é muito bom vê-la surfando e claro que ela pode voltar a ganhar a qualquer momento. Nunca podemos esquecer dela”, afirma Moore.
Desde que estreou na divisão de elite do ASP Tour, Stephanie Gilmore colecionou quatro títulos mundiais consecutivos, em 2007, 2008, 2009 e 2010. Esta é a primeira temporada que ela não está na frente do ranking e sabe que para conquistar o penta precisa de um ótimo resultado no Billabong Girls Rio Pro.
“Esse evento é crucial pra mim. É agora ou nunca, então estou muito focada para buscar a vitória aqui, pois só assim para eu poder entrar na briga do título”, afirma Gilmore.
Quem também necessita de uma vitória para ingressar na lista das candidatas ao título mundial é Silvana Lima, número 5 do ranking. A cearense morou por muitos anos no Rio de Janeiro e conhece bem as ondas da Barra. Com uma nota 7.00 na melhor que surfou na segunda bateria do dia, ela derrotou a neozelandesa Paige Hareb e a australiana Felicity Palmateer.
“Muito bom estar de volta em casa”, diz Silvana Lima. “Estou a quase quatro meses viajando pela Austrália, Nova Zelândia e depois Bali, então estou super feliz por competir em casa, com todos os brasileiros aqui torcendo, comida boa, ‘vibe’ boa e eu só quero aproveitar essas condições para fazer o meu melhor, quem sabe avançar até a final e ganhar o campeonato”, afirma Silvana.
As surfistas que estrearam com vitórias no Billabong Girls Rio Pro passaram direto para a terceira fase. Carissa Moore, Sally Fitzgibbons, Tyler Wright, Stephanie Gilmore, Silvana Lima e a peruana Sofia Mulanovich só precisaram aguardar a realização da repescagem para conhecerem suas adversárias na rodada das 12 melhores surfistas da etapa brasileira do ASP Tour.
Já as que ficaram na segunda e terceira colocações nas baterias da primeira fase, tiveram que voltar ao mar para competir. Logo na abertura da repescagem, Laura Enever aumentou o maior placar do campeonato para 14.40 pontos.
No entanto, a recordista do primeiro dia foi a havaiana Coco Ho, que atingiu 14.94 pontos na vitória sobre a carioca Maya Gabeira. As outras brasileiras que competiram como convidadas, Suelen Naraisa e Andrea Lopes, também foram derrotadas nessa fase.
“Não fui bem na minha bateria de manhã e senti que algo estava errado, então procurei abrir bem a bateria agora, encaixar os pés na prancha e surfar mais relaxada”, conta Coco Ho.
“Dessa vez consegui achar boas ondas para vencer. Não costumo surfar em beach breaks (fundo de areia) no Hawaii, então aqui é uma ótima oportunidade pra treinar nesse tipo de mar”, complementa a havaiana.
As 12 classificadas na quinta-feira já estão escaladas na terceira fase do Billabong Girls Rio Pro. Todas agora têm duas chances para chegarem às quartas-de-final. As vencedoras das baterias passam direto e as perdedoras se enfrentam na segunda e última repescagem da categoria Feminina.
Foi marcada uma primeira chamada para as 7 horas da sexta-feira na Barra da Tijuca, quando a comissão técnica se reúne para analisar as condições do mar e decidir qual categoria vai abrir o dia ou se haverá ou não competição.
Se recomeçar pela Feminina, o primeiro confronto será entre Silvana Lima, Tyler Wright e Alana Blanchard. Se for pela Masculina, o irmão mais velho de Tyler, Owen Wright, entra junto com o brasileiro Heitor Alves e o americano Bobby Martinez.
Quem chamou atenção foi a presença da big rider Maya Gabeira, que pela primeira vez na carreira participou de uma competição profissional. Como ela mesmo esperava, o desempenho não deu para ameaçar às favoritas e a brasileira foi eliminada na repescagem pela havaiana Coco Ho.
“Tinha certeza de que seria muito difícil. As meninas estão muito mais bem preparadas para este tipo de onda”, diz Maya, ganhadora de quatro Billabong XXL, a premiação de ondas gigantes.
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Terceira fase do Billabong Rio Pro 2011
1 Silvana Lima (Bra), Tyler Wright (Aus) e Alana Blanchard (Haw)
2 Carissa Moore (Haw), Courtney Conlogue (EUA) e Paige Hareb (Nzl)
3 Sally Fitzgibbons (Aus), Sofia Mulanovich (PER) e Pauline Ado (Fra)
4 Stephanie Gilmore (Aus), Coco Ho (Haw) e Laura Enever (Aus)