Sinal verde para o show de tubos em Teahupoo

0

Teahupoo já está bombando para o início do Billabong Pro 2005. Foto: ASP World Tour/Karen.
O prazo do Billabong Pro Teahupoo 2005, terceira etapa do WCT, começa nesta quinta-feira, mas a elite do surfe mundial foi recepcionada no Tahiti com um swell gigante e tubos fantásticos de 4 a 5 metros desde domingo na rasa bancada de Teahupoo.

 

Antes mesmo do maior desafio do ASP Foster’s World Championship Tour ser iniciado, muita adrenalina já rolou durante os últimos dias de treinos livres no Tahiti.

 

O taitiano Raimana Van Bastolear quase foi atingido por um jet-ski desgovernado, a havaiana Keala Kennelly se tornou a primeira mulher a fazer tow-in em Teahupoo e muitos

O floridiano CJ Hobgood defende o título da terceira etapa do WCT. Foto: ASP World Tour/Karen.
outros momentos espetaculares já foram vividos pelos melhores surfistas do mundo.

 

As ondas estão diminuindo dia-a-dia, mas nesta quarta-feira os tubos mantinham cerca de 1,5 a 2 metros, apresentando ainda ótimas condições para o início da competição, que poderá ser acompanhada em vídeo ao vivo com locução especial em português de Roberto Perdigão.

 

Assim como ocorreu nas duas primeiras etapas do WCT 2005 na Austrália, o Billabong Pro Teahupoo também terá a categoria feminina, com a catarinense Jacqueline Silva e a cearense Tita Tavares representando o Brasil nas ondas mais temidas do mundo.

 

Já na masculina, sete brasileiros integram a elite do surfe mundial e também já estão escalados para estrear no Tahiti, com o carioca Raoni Monteiro e o paranaense Peterson Rosa entrando nas primeiras baterias.

 

A primeira disputa por uma vaga direta na terceira rodada da competição terá Raoni Monteiro enfrentando Daniel Wills e Bede Durbidge. E na segunda, Peterson Rosa pega mais dois australianos: Luke Egan e Toby Martin. Depois, o paulistano Renan Rocha vai ter que encarar já na sua primeira apresentação o defensor do título do Billabong Pro Teahupoo, o floridiano CJ Hobgood, além do australiano Phillip MacDonald na sétima bateria.

 

Na 13a, o catarinense Neco Padaratz e o pernambucano Paulo Moura estréiam juntos contra o norte-americano Chris Ward. Na 15a, o potiguar Marcelo Nunes enfrenta o norte-americano Cory Lopez e o sul-africano Greg Emslie. E na 16a e última bateria da primeira fase classificatória, o cabo-friense Victor Ribas pega o australiano Nathan Hedge e o californiano Shane Beschen.

 

Na categoria feminina, a primeira brasileira a estrear no Billabong Pro Teahupoo será a cearense Tita Tavares, que foi escalada na quarta bateria com as também experientes australianas Trudy Todd e a hexacampeã mundial Layne Beachley. Já a catarinense Jacqueline Silva encabeça a sexta e última bateria, que é completada por mais duas australianas: Serena Brooke e Claire Bevilacqua.

 

Diferente da categoria masculina, em que só o vencedor da bateria garante vaga direta na terceira fase, na feminina as duas primeiras colocadas de cada confronto avançam já para as oitavas-de-final e apenas a última colocada cai para disputar as duas baterias da repescagem. Nas duas competições, a primeira fase não elimina ninguém e mesmo os atletas que não vencerem nenhuma bateria recebem um prêmio mínimo por suas participações.

 

##

De volta à elite do surf mundial, Renan Rocha é um dos brasileiros que têm boas chances de se dar bem em Teahupoo. Foto arquivo: Tostee/ASP.

Da premiação total de US$ 270 mil oferecida no masculino, os últimos colocados levam US$ 3,6 mil e a vitória vale US$ 30 mil.

 

No feminino, em cada etapa do WCT as dezoito competidoras dividem um total de US$ 65 mil, com as últimas colocadas recebendo US$ 2,250 mil e a campeã faturando US$ 10 mil.

 

Os vencedores das duas categorias também marcam 1.200 pontos nos rankings que definem os campeões mundiais da temporada.

 

Os brasileiros não tiveram um bom início na Austrália e estão bem distantes dos líderes nas duas categorias. A catarinense Jacqueline Silva é a mais bem colocada, ocupando o sétimo lugar na classificação geral das três etapas femininas já realizadas.

 

A peruana Sofia Mulanovich lidera o ranking e Tita Tavares, que não disputou a primeira etapa, ocupa a 17a e última posição. Também na rabeira do ranking estão Paulo Moura, Raoni Monteiro e Renan Rocha, que não venceram nenhuma bateria na Austrália.

 

Os primeiros brasileiros só aparecem em 25o lugar – Neco Padaratz, Marcelo Nunes e Victor Ribas – e os australianos Trent Munro e Mick Fanning chegam no Tahiti à frente do tricampeão mundial Andy Irons na ponta do ranking formado pelos resultados das duas provas australianas.

 

Ranking WCT 2005 – após 2 etapas
 
1 Trent Munro (Aus) – 2.076 pts
2 Mick Fanning (Aus) – 1.800
3 Andy Irons (Haw) – 1.764
4 Chris Ward (EUA) – 1.442
5 CJ Hobgood (EUA) – 1.332
5 Damien Hobgood (EUA) – 1.332
5 Richard Lovett (Aus) – 1.332
8 Tom Whitaker (Aus) – 1.286
8 Daniel Wills (Aus) – 1.286
10 Joel Parkinson (Aus) – 1.200
10 Troy Brooks (Aus) – 1.200
12 Kelly Slater (EUA) – 1.142
12 Mark Occhilupo (Aus) – 1.142
12 Taj Burrow (Aus) – 1.142
12 Darren O’Rafferty (Aus) – 1.142
16 Cory Lopez (EUA) – 1.101
25 Neco Padaratz (Bra) – 820
25 Marcelo Nunes (Bra) – 820
25 Victor Ribas (Bra) – 820
32 Peterson Rosa (Bra) – 635
36 Paulo Moura (Bra) – 635
36 Raoni Monteiro (Bra) – 635
36 Renan Rocha (Bra) – 635

 

Ranking feminino 2005 – após 3 etapas
 
1 Sofia Mulanovich (Peru) – 2.760 pts
2 Megan Abubo (Haw) – 2.484
3 Layne Beachley (Aus) – 2.280
4 Serena Brooke (Aus) – 1.692
5 Chelsea Georgeson (Aus) – 1.668
5 Rochelle Ballard (Haw) – 1.668
7 Jacqueline Silva (Bra) – 1.464
7 Melanie Redman-Carr (Aus) – 1.464
7 Samantha Cornish (Aus) – 1.464
10 Claire Bevilacqua (Aus) – 1.296
17 Tita Tavares (Bra) – 540