Com o resultado do O’Neill Coldwater Classic em Steamer Lane, Santa Cruz (EUA), a disputa pelo título mundial da temporada ficou restrita aos três primeiros do ranking, Joel Parkinson, Kelly Slater, 40, e Mick Fanning, 31.
Como Parko tem 5.200 pontos para trocar em Pipeline, contra 1.750 de Slater, o 11 vezes campeão mundial assume a ponta se passar às quartas-de-final. A partir daí, se os dois perderem na mesma fase, o título fica para Slater, mas a decisão do título pode acontecer até na grande final entre eles.
Já para Mick Fanning, só interessa a vitória no Pipe Masters, desde que Parko não seja o outro finalista e Slater não tenha passado para as semifinais.
Mineiro top 5 Mesmo festejando a sua segunda vitória no ano, o australiano Taj Burrow não conseguiu tirar Adriano de Souza do seleto grupo dos top-5 da ASP.
Mineirinho despachou Kelly Slater na repescagem que abriu a terça-feira em Steamer Lane, com grandes intervalos entre as séries fazendo com que poucas ondas fossem surfadas nas baterias.
O brasileiro surfou a melhor que entrou nos 30 minutos e com a nota 7.83 confirmou mais uma vitória sobre o maior ídolo do esporte.
Depois, Mineirinho também batalhou bastante nas quartas-de-final contra Matt Wilkinson, mas o australiano estava inspirado nas direitas de Steamer Lane, onde já foi campeão deste mesmo evento dois anos atrás. A nota 8.00 recebida em sua melhor apresentação garantiu a vantagem no placar encerrado em 13.07 a 11.83 pontos a favor de Wilkinson.
Este resultado marcou a saída do Brasil da disputa do título do O´Neill Coldwater Classic, pois Gabriel Medina já havia sido derrotado por Taj Burrow na abertura das quartas-de-final.
“A bateria foi muito difícil e o mar não ajudou”, diz Adriano de Souza. “Minha estratégia de iniciar com uma onda boa pra botar pressão no Matt (Wilkinson) não deu certo e as séries demoravam muito para entrar. Só no finalzinho consegui pegar uma segunda onda boa e fui com tudo, mas ela não rendeu o que eu esperava. Mas, estou feliz por mais um bom resultado e agora é me preparar para o Hawaii, para tentar me manter nos top-5 que é meu grande objetivo para este ano”.
Gabriel Medina também não teve muitas chances contra Taj Burrow. Ele começou o dia ganhando o duelo brasileiro com o catarinense Alejo Muniz na repescagem, mas não achou as ondas para mostrar suas manobras explosivas nas quartas-de-final.
Não conseguiu superar as notas 5,83 e 8,00 das duas primeiras ondas do australiano, sendo derrotado por 13,83 a 8,60 pontos. O confronto valia a sexta posição no ranking, que ficou para Burrow.
Zebra sul-africana No duelo seguinte, aconteceu o resultado mais surpreendente do O´Neill Coldwater Classic, a vitória de Travis Logie sobre o número 1 do ranking, Joel Parkinson. O australiano começou bem com nota 8,33, mas o sul-africano passou à frente com notas 6,33 e 7,50. Depois, quase não entraram mais ondas, Parko acabou computando uma nota 4,67 e foi eliminado por uma pequena diferença de 13,83 a 13,00 pontos.
Logie já estava no lucro quando derrotou o carioca Raoni Monteiro na repescagem. Com a vitória, tirou o cearense Heitor Alves da última posição na lista dos 22 mantidos no WCT para a elite do ano que vem, além de ultrapassar o bloco dos quatro brasileiros que ocupam os últimos lugares no grupo dos dez surfistas indicados pelo ranking mundial unificado da ASP.
Ou seja, o sul-africano confirmou sua permanência na elite dos top-34 com o terceiro lugar no O´Neill Coldwater Classic em Santa Cruz.
##
Brasil no G-10 O australiano Matt Wilkinson e o norte-americano Damien Hobgood dispensaram suas vagas entre os dez indicados pelo ranking mundial unificado, que ficaram para o carioca Raoni Monteiro, 30 anos, e o cearense Heitor Alves, 29.
Eles passaram a completar um grupo de quatro brasileiros que fecha o G-10 do ASP World Ranking depois da prova finalizada na última terça-feira.
Raoni, Heitor e os catarinenses Jean da Silva, 27, e Willian Cardoso, 26, vão defender as últimas vagas para o ASP Tour 2013 na Tríplice Coroa Havaiana, que começa com duas etapas do ASP Prime em Haleiwa e Sunset Beach, antes do Billabong Pipeline Masters decidir o título mundial da temporada em dezembro na ilha de Oahu.
Top 22 do ASP World Tour depois de 9 etapas
1 Joel Parkinson (Aus) – 53.900 pontos
2 Kelly Slater (EUA) – 50.700
3 Mick Fanning (Aus) – 47.000
4 John John Florence (Haw) – 44.350
5 Adriano de Souza (Bra) – 42.350
6 Taj Burrow (Aus) – 41.900
7 Gabriel Medina (Bra) – 37.850
8 Julian Wilson (Aus) – 34.650
9 Owen Wright (Aus) – 33.600
9 Jeremy Flores (Fra) – 33.600
11 Josh Kerr (Aus) – 31.400
12 Jordy Smith (Afr) – 26.650
13 Adrian Buchan (Aus) – 25.400
14 Michel Bourez (Tah) – 24.250
15 C. J. Hobgood (EUA) – 21.950
16 Alejo Muniz (Bra) – 18.450
17 Bede Durbidge (Aus) – 16.250
17 Travis Logie (Afr) – 16.250
19 Kai Otton (Aus) – 16.200
20 Miguel Pupo (Bra) – 15.950
21 Damien Hobgood (EUA) – 15.750
22 Matt Wilkinson (Aus) – 15.250
24 Heitor Alves (Bra) – 14.750 pontos
27 Raoni Monteiro (Bra) – 13.500
32 Jadson André (Bra) – 7.750
36 Willian Cardoso (Bra) – 1.500
G-10 do ASP World Ranking depois de 41 etapas
G-1 Kolohe Andino (EUA) em 18o lugar, confirmado na elite com 19.211 pontos
G-2 Glenn Hall (Irl) em 19o, confirmado com 18.525
G-3 Filipe Toledo (Bra) em 21o, confirmado com 16.700
G-4 Nat Young (EUA) em 22o, confirmado com 15.885
G-5 Tiago Pires (Por) em 26o, confirmado com 15.210
G-6 Patrick Gudauskas (EUA) em 27o, com 14.530
G-7 Jean da Silva (Bra) em 28o, com 14.180
G-8 Willian Cardoso (Bra) em 29o, com 14.170
G-9 Raoni Monteiro (Bra) em 30o, com 13.900
G-10 Heitor Alves (Bra) em 31o, com 13.700