O catarinense Alejo Muniz e o paulista Adriano de Souza levantaram a plateia em Snapper Rocks, Austrália, nesta segunda-feira.
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Com atuações de alto nível, os brasileiros fizeram a mala dos adversários e avançaram à quarta fase do Quiksilver Pro, etapa de abertura do World Tour.
Em boas ondas de 1 metro e melhor formação no decorrer do dia, Alejo e Adriano eliminaram os australianos Owen Wright e Daniel Ross, respectivamente.
As baixas do dia foram o cearense Heitor Alves e o potiguar Jadson André, derrotados pelo australiano Matt Wilkinson e o português Tiago Pires.
Jadson foi o primeiro a entrar em ação e teve sua melhor prancha quebrada logo no início da bateria. Depois de ver Tiago Pires assumir a ponta, o jovem atleta correu atrás do prejuízo e esboçou uma reação, mas caiu numa onda muito boa nos instantes finais e perdeu a chance de tentar reverter o placar, que terminou em 12.84 a 8.70.
Quem também dançou foi Heitor Alves. O atleta de Fortaleza nada pôde fazer diante de um endiabrado Matt Wilkinson.
Com um surf ousado, sempre chutando a rabeta da prancha e tirando as três quilhas da onda, “Wilko” registrou uma das maiores notas da prova até o momento (9.27), somando ainda 7.33 para complicar a situação de Heitor, que obteve 5.83 e 6.10.
O australiano estava tão tomado que quase acertou um aéreo sensacional de backside, levando a galera à loucura.
Na nona bateria, Adriano de Souza saiu atrás no placar contra Daniel Ross, autor de 6.33 num tubo na primeira onda. Porém, o brasileiro reagiu em grande estilo e exibiu um arsenal completo, com tubos, fortes batidas e aéreos que renderam 6.47 e 7.07.
A festa brasileira não parou por aí. Na sequência, Alejo Muniz relembrou a rivalidade dos tempos de amador contra Owen Wright, eleito estreante do ano em 2010.
Em 2006, o catarinense ficou com a medalha de prata na categoria Sub-16 do Mundial Amador em Maresias (SP), vencido por Owen. Dois anos depois, o brasileiro deu o troco na categoria Sub-18 em Hossegor, França.
Desta vez, no circuito mais importante do planeta, Alejo não deu mole ao rival e detonou as ondas de Snapper Rocks. O catarinense achou uma direita extensa e não desperdiçou a oportunidade, atacando o lip com fortes batidas e rasgadas, para depois finalizar com um aéreo chutando a rabeta.
Com a nota 7.93, Alejo deixou Owen a 7.50 da vitória e travou uma batalha emocionante pela prioridade nos minutos finais. Melhor para o brasileiro, que venceu pelo placar de 13.26 a 11.44 pontos.
Na próxima fase, Alejo encara outra pedreira, desta vez os australianos Taj Burrow e Joel Parkinson. Quem vencer o duelo avança direto às quartas, enquanto os perdedores têm uma nova chance na quinta fase.
Já Adriano briga com Brett Simpson – autor da maior nota do Quiksilver Pro até o momento (9.43) – e o sul-africano Jordy Smith, que nesta segunda-feira totalizou o maior somatório da prova (17.17) com uma expressiva vitória sobre o norte-americano Cory Lopez.
Outro favorito ao título que segue na disputa é o dez vezes campeão mundial Kelly Slater, autor de uma belíssima atuação no duelo com o jovem convidado Matt Banting, derrotado por 14.93 a 9.87.
Já o local Mick Fanning caiu diante do havaiano Dusty Payne, para quem já havia perdido em Pipeline, e foi embora visivelmente irritado.
Baterias da quarta fase do Quiksilver Pro 2011
1 Dusty Payne (Haw), Tiago Pires (Por) e Adrian Buchan (Aus)
2 Michel Bourez (Tah), Matt Wilkinson (Aus) e Kelly Slater (EUA)
3 Jordy Smith (Afr), Brett Simpson (EUA) e Adriano de Souza (Bra)
4 Alejo Muniz (Bra), Joel Parkinson (Aus) e Taj Burrow (Aus)
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