Nos últimos dias, em razão das audiências públicas que acontecem nesta semana e apresentam alterações nos projetos do Estudo de Impactos Ambientais e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) da ampliação de Porto de São Sebastião (SP), os ânimos se acirraram no litoral Norte paulista entre pessoas favoráveis e contra o atual formato indicado pela Companhia Docas de São Sebastião (CDSS).
Na semana passada, o Instituto Ilhabela Sustentável (ISS) publicou manifesto destacando os problemas que a ampliação do porto com contêiner – como é proposto – pode acarretar.
“Estamos a dias das audiências públicas que determinarão o futuro do litoral Norte paulista, um dos últimos redutos de preservação ambiental do Estado. É hora de dizer não a centenas de caminhões circulando por estradas, às falsas expectativas de geração de empregos que vão apenas agravar problemas de habitação, saneamento, saúde e segurança”, afirma o documento.
“Desde a década de 60, quando a Petrobras instalou-se em São Sebastião, deixamos de ser uma bucólica e tranquila cidadezinha de pescadores, artesãos e pequenos lavradores. Criticar autoridades, abraçar árvores e vestir camisetas com frases como “porto sim, mas sem contêiner” não vai nos levar a futuro algum”, responde Flávia de Souza Corrêa, funcionária do porto há 27 anos.
Em Ilhabela, segundo algumas ONGs, existe gente fazendo pressão sobre os moradores para que sejam favoráveis à ampliação.
Com objetivo de esclarecer os principais pontos do projeto e debater o tema com a comunidade local, a primeira audiência pública aconteceu na última quarta-feira no Ginásio do Tebar, São Sebastião. A segunda rola nesta quinta-feira às 18:30 horas no Hotel Ilhaflat em Ilhabela.
Fonte Imprensa Livre