Sofia Mulanovich levanta a torcida

Sofia Mulanovich, Roxy Pro 2004, Haleiwa, North Shore, Oahu

Sofia Mulanovich mandou bem e está na quartas-de-final da Copa Movistar Pro Peru 2005. Foto arquivo: ASP World Tour / Karen.
A catarinense Jacqueline Silva continua tendo a única nota 10 da Copa Movistar Pro Peru 2005 e no sábado a peruana Sofia Mulanovich foi quem surfou a melhor onda em Playa Asia, para delírio do ótimo público que foi torcer para a primeira número 1 do mundo da América do Sul na história do ASP World Championship Tour (WCT).

 

As duas atletas se classificaram para as quartas-de-final que vão abrir o domingo decisivo no Peru.

 

A atual campeã mundial é franca favorita contra Ellen Black na segunda bateria e a brasileira disputa a última vaga nas semifinais contra a também australiana Rebecca Woods.

 

A sul-africana Heather Clark pega mais uma australiana, Jessi Myler-Dyer, no primeiro confronto do domingo e o terceiro será entre as havaianas Melanie Bartels e Megan Abubo.

 

As oito se classificaram nas duas últimas rodadas de baterias formadas por mais de duas surfistas, nas boas ondas de 1,5 metro de altura do sábado.

 

Além de Sofia Mulanovich, o outro destaque do dia foi Chelsea Georgeson, que defendia a terceira colocação no ranking da divisão de acesso para o WCT de 2006.

 

A australiana deu um show na quinta das seis baterias da terceira fase e com notas 9,25 e 8,25 nas duas melhores ondas totalizou 17,50 pontos, marca que só não superou os 18,50 pontos registrados por Jacqueline Silva em sua estréia na sexta-feira.

 

As duas recordistas se encontraram na quarta rodada e Chelsea acabou eliminada para a dona da única nota 10 da Copa Movistar Pro Peru 2005. A brasileira pegou uma boa onda no início e a nota 7,75 recebida garantiu sua classificação para as quartas-de-final na disputa vencida pela havaiana Melanie Bartels.

 

Nas duas baterias que disputou no sábado, essa foi a melhor onda que Jacqueline Silva pegou. No primeiro confronto, ela competiu junto com Taís de Almeida. Venceu com duas notas regulares – 5,75 e 5,50 – e a surfista de Saquarema (RJ) só pegou três ondas fracas, com a segunda vaga ficando com a francesa Marie Pierre-Abgrall.

 

Na disputa seguinte, três australianas provocaram mais uma baixa do Brasil, com cearense Silvana Lima também tendo poucas chances de apresentar todo o seu potencial.

 

 

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Jacqueline Silva representa o Brasil na briga pelo título da etapa de abertura do QS Feminino. Foto arquivo: ASP World Tour / Karen.

Enquanto Chelsea Georgeson era abençoada com as melhores ondas e já tinha computado notas 6.0, 9.25 e 6.4, a atual campeã brasileira do SuperSurf só pegou a sua primeira na metade da bateria e ainda não era boa.

 

Na segunda, Silvana Lima aproveitou a boa parede que abriu para aplicar várias manobras e receber nota 5,75, mas fracassou nas outras duas únicas tentativas e terminou barrada por uma pequena diferença – 10,00 x 9,10 pontos – por Rebecca Woods, a adversária de Jacqueline Silva na última bateria das quartas-de-final.

 

A catarinense já vingou Chelsea Georgeson na quarta fase e a torcida das brasileiras é para que o feito seja repetido neste domingo, que vai amanhecer com a peruana Sofia Mulanovich como grande favorita ao título da Copa Movistar Pro Peru 2005.

 

A campeã mundial finalmente conseguiu realizar uma boa apresentação para sua imensa torcida no evento que foi alavancado graças a sua conquista no ano passado.

 

Ela pegou a melhor onda do dia, que arrancou uma nota 9,5 dos juízes. Mulanovich agora vai tentar dar o troco numa das surpresas em Playa Asia, a australiana Ellen Black, que a derrotou na terceira rodada.

 

Das 24 surfistas que competiram no sábado, apenas oito continuam na disputa pelo prêmio máximo de 4.000 dólares e pelos 2.000 pontos oferecidos para a campeã da primeira etapa das séries qualificatórias do Circuito Mundial realizada na América do Sul.

 

As seis que terminaram em terceiro lugar nas suas baterias da terceira fase, como a cearense Silvana Lima, ficaram empatadas na 13a. posição na prova e receberam 400 dólares e 900 pontos. Já as últimas colocadas, como a saquaremense Taís de Almeida, acabaram em 19o. lugar no Peru e ganharam 300 dólares e 760 pontos.

 

As que avançaram para o domingo já garantiram um mínimo de 650 dólares e 1.000 pontos. Quem chegar nas semifinais, leva 1.700 dólares e 1.460 pontos se não for para a grande final.

 

E na bateria decisiva da Copa Movistar 2005, a vitória no 5 estrelas do Peru vale 4.000 dólares e 2.000 pontos, com a vice-campeã ficando com a metade do prêmio, 2.000 dólares, mas ainda importantes 1.720 pontos na corrida pelas seis vagas para a elite mundial do WCT.

 

A catarinense Jacqueline Silva é a única das doze brasileiras que participaram desta prova inédita na América do Sul e a peruana Sofia Mulanovich é a outra representante do continente na briga pelo título. E as duas agora só podem se encontrar na grande final.

 

A primeira finalista sairá dos confrontos entre a sul-africana Heather Clark e a número 4 do primeiro ranking qualificatório de 2005, Jessi Myler-Dyer, e de Mulanovich contra outra australiana, Ellen Black, com as vencedoras se enfrentando numa semifinal. A outra será formada pelas que ganharem as baterias entre as havaianas Melanie Bartels e Megan Abubo e a da brasileira Jacqueline Silva contra a australiana Rebecca Woods. As disputas começam às 10 horas no Peru (14 horas no Brasil).

 

Copa Movistar Pro Peru 2005

Quartas-de-final

 

1 Heather Clark (Afr) x Jessi Miley-Dyer (Aus)
2 Sofia Mulanovich (Peru) x Ellen Black (EUA)
3 Melanie Bartels (Haw) x Megan Abubo (Haw)
4 Jacqueline Silva (Bra) x Rebecca Woods (Aus)

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