Estrutura do evento na praia da Joaquina. Foto: Jade Dechiara. |
A Garnier Fructis permaneceu como co-patrocinadora e a C&A apóia todas as cinco etapas da 18a. edição do Circuito Brasileiro de Surf Profissional da ABRASP.
Em 2000, a ABRASP implantou o mesmo sistema de duas divisões utilizado com grande sucesso no Circuito Mundial da ASP e o SuperSurf inaugurou uma nova era na história do circuito brasileiro profissional.
Acreditando no potencial do esporte e fundamentado numa pesquisa comportamental realizada no início daquele ano nos grandes centros do país, o Grupo Abril comprou os direitos para promover a divisão principal do Circuito Brasileiro e nasceu o SuperSurf, que com a categoria feminina compõe a nova elite do surfe nacional.
O campeão brasileiro passou a ser definido numa competição única e exclusiva aos brasileiros nos mesmos moldes do ASP World Championship Tour.
Além de garantirem boa premiação em cada etapa e prêmios extras aos campeões brasileiros da temporada, os novos organizadores criaram uma arena grandiosa para oferecer mais conforto e serviço aos surfistas, staff técnico e imprensa, apresentando uma estrutura no mesmo nível dos eventos do WCT.
Fundada em 1986, a Associação Brasileira de Surf Profissional criou no ano seguinte o seu primeiro circuito espelhando-se na disputa do título mundial da ASP (Association of Surfing Professionals), com várias etapas valendo pontos em um ranking para definir o campeão da temporada.
Em 1992, a ASP implantou duas divisões no surf mundial e as provas do circuito brasileiro passaram a valer pontos também no WQS (World Qualifying Series), ranking classificatório para a elite mundial do WCT.
Palanque do campeonato teve o visual reformulado. Foto: Jade Dechiara. |
O Brasil logo ganhou projeção no cenário internacional, devido ao grande valor dos seus eventos. Porém, a disputa nacional foi perdendo importância, porque a definição dos cabeças-de-chave era baseado na classificação do circuito mundial.
Com isso, os melhores colocados no ranking brasileiro acabavam entrando nas fases iniciais, enquanto aqueles que quase não participavam das competições nacionais tinham o privilégio de estrearem nas fases mais avançadas, já garantindo parte da premiação em dinheiro oferecida.
E, foi espelhando-se no sucesso da ASP, que a ABRASP revitalizou o circuito brasileiro, proclamando uma verdadeira “independência” do ranking mundial.
No SuperSurf 2004, o seleto grupo que disputa o circuito nacional mais rico do mundo, é formado por 74 surfistas na categoria Masculina e 22 na Feminina, totalizando 96 atletas de 13 Estados do país.
O maior número de atletas é de São Paulo, com 27 representantes. O Rio de Janeiro forma o segundo maior contingente (21) e dominou o topo do ranking no ano passado, com Leonardo Neves sagrando-se bicampeão brasileiro e o também carioca Anselmo Correia em segundo lugar. Porém, o Estado de Santa Catarina foi o que mais se reforçou e terá 16 atletas disputando o título da temporada, pela primeira inaugurada na praia da Joaquina.
Sistema de disputa do SuperSurf – A elite nacional masculina é composta por 74 atletas e mais seis convidados participam de cada prova. Um convidado é indicado pelo Grupo Abril, que já escolheu Flávio “Teco” Padaratz (SC) para competir em todas as etapas, mesma condição oferecida pelo Conselho Executivo da ABRASP para Danilo Costa (RN) e para Thiago Machado (SC), que se contundiu durante a última temporada. A associação local escolhe mais um convidado e os outros também são indicados pelo Conselho, que tem maioria formada pelos próprios competidores.
Bicampeão brasileiro Léo Neves defende o título do circuito. Foto: Nilton Santos / Divulgação Super Surf. |
Cabeças-de-chave
– Os 80 competidores de cada etapa são divididos em quatro fases, com os Top-16 do último ano sendo os cabeças-de-chave da última delas, já garantindo parte da premiação oferecida e 400 pontos no ranking brasileiro.
Esse seleto grupo só estréia na sexta-feira ou no sábado, já disputando vagas para as oitavas-de-final da competição.
Evento principal – Surfistas que terminaram entre a 17a. e a 30a. colocação no ranking 2003 entram na terceira rodada, que inaugura o evento principal de cada etapa.
É quando começa a ser distribuída a premiação em dinheiro oferecida e as baterias passam a ser homem-a-homem. O primeiro e segundo classificados pelo ranking do ABRASP Super Trials, a divisão de acesso do Circuito Brasileiro até o ano passado, completam esta fase que define os adversários dos Top-16 da ABRASP e cabeças-de-chave.
Triagens – Para chegarem lá, os outros 48 atletas têm que passar pelas duas rodadas de oito baterias formadas por quatro competidores. Na primeira fase, entram os seis convidados junto com os surfistas que ficaram entre o 31o. e 46o lugares no ranking final 2003 e do 19o ao 28o colocado na lista dos que subiram pelo ABRASP Super Trials. E, na segunda fase, os 16 classificados enfrentam os que ficaram da 3a. a 18a. posição na lista de acesso.
Feminino – As 24 competidoras são distribuídas em duas fases iniciais, formadas por quatro baterias de quatro atletas. Na primeira, entram as que ficaram da 9a. a 16a. colocações no SuperSurf 2003, as seis classificadas pelo ABRASP Super Trials e as duas convidadas, com as duas primeiras colocadas de cada bateria seguindo para enfrentar as Top-8 da ABRASP na segunda fase. As oito classificadas na estréia das cabeças-de-chave avançam para as disputas mulher-a-mulher das quartas-de-final e depois vêm as semifinais e a final.
Elite será reduzida – Depois de duas temporadas seguidas com 96 competidores, a elite nacional do SuperSurf em 2005 será diminuída para um total de 80 atletas. O grupo masculino cairá de 74 para 60 surfistas e o feminino de 22 para 18 integrantes. Em cada etapa, entrarão mais seis convidados e cada prova masculina será disputada por 64 atletas e a feminina por 20 meninas.
Classificação para o SuperSurf 2005 – Os 36 primeiros colocados no ranking masculino e as 10 primeiras do feminino no SuperSurf 2004 garantem permanência na elite nacional do ano que vem. E os outros 24 completam o grupo masculino e as oito últimas integrantes do feminino serão indicados pelo Brasil Tour – competição formada por seis etapas que substitui o ABRASP Super Trials a partir deste ano – e pelos rankings dos circuitos estaduais homologados pela ABRASP.