Surfista sangue-boal

Tim Boal, Onbongo Pro Surfing 2005, praia Mole, Florianópolis (SC)

Francês Tim Boal é filho de Bruce Boal, criador do conceituado site europeu Surfersvillage.com . Foto: Ricardo Macario.

É imensa a lista de surfistas que disputam o WQS, divisão de acesso para a elite mundial do surf, o cobiçado World Championship Tour.

 

São atletas de várias nacionalidades, de diferentes idades e boa parte com uma interessante história de vida para contar.

 

É o caso do jovem Tim Boal, 22 anos. Nascido na ilha caribenha de Saint Barts, de domínio francês, ele foi com a família para a França, onde vive, aos 14 anos de idade.

 

Morando em Biarritz e com altas ondas no quintal de casa, um ano depois começou a competir e aspirar a carreira de surfista profissional.

 

Tim Boal durante a terceira fase do Onbongo Pro. Foto: Aleko.
Nessa mesma época o pai dele, Bruce Boal, teve a idéia de criar o Surfersvillage, um site regional com notícias sobre o esporte. Na medida em que Tim ia conseguindo destaque nas competições, o site ia crescendo e ganhando espaço na Europa.

 

Atualmente Tim Boal ocupa a 81ª posição no ranking do WQS e está longe da zona de classificação para o WCT, mas o site já é o maior da Europa e um dos mais abastecidos do mundo com notícias de diversas partes do globo, sendo um dos principais parceiros internacionais do Waves.Terra.

 

?Fico feliz de ver o sucesso de um trabalho que começou despretensioso, quando nos mudamos para Biarrtiz, e hoje possui um alcance tão grande. Meu pai trabalha cerca de 14 horas por dia, com mais duas pessoas apenas?, explica Boal, que confessa nunca participar do dia-a-dia do site.

 

?Passo a maior parte do ano fora de casa, competindo nas etapas do WQS, então nunca pude acompanhar de perto o trabalho do meu pai. Quando estou na França gosto de jogar golfe e ficar com minha namorada, além de surfar se as ondas estiverem boas?, diz.

 

O mais curioso é que Bruce Boal não é jornalista, ?e não entendia nada de internet?, revela Tim. Mas o esforço e a dedicação fizeram com que Bruce esteja hoje à frente de um veículo de grande porte na comunidade européia e mundial. ?E nem surfista ele é?, conta Tim.

 

Pela sexta vez no Brasil, Tim diz que gosta bastante das praias, do clima e principalmente das garotas brasileiras. Já foi para lugares como Fernando de Noronha e Bahia, mas gosta mesmo é de Florianópolis.

 

No Onbongo Pro Surfing, ele estreou na 18ª bateria da segunda rodada e passou em segundo lugar, colado atrás do espanhol Aritz Aranburu. Na fase seguinte, obteve notas 7.00 e 4.77 e chegou a liderar a 17ª bateria, contra os brasileiros Raoni Monteiro, Edgar Bischoff e Bernardo Pigmeu.

 

Depois caiu para segundo e estava praticamente classificado atrás de Raoni, quando, no último minuto, Bischof pegou um belo tubo e arrancou nota 9.00 dos juizes, acabando com o sonho do francês. Raoni venceu, com Bischof em segundo e Boal eliminado na terceira colocação.

 

O objetivo do atleta agora é partir para o Hawaii e tentar melhorar sua posição no ranking para, no ano que vem, entrar nas fases mais adiantadas. ?Ainda serão realizadas mais duas etapas e quero ficar pelo menos entre os 50 primeiros do ranking, assim fico mais tranqüilo no ano que vem?.

 

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