Laje da Jagua

Feriado casca-grossa

Laje da Jagua Foto Lucas Barnis 4 Laje da Jaguaruna, 2015.

Já estávamos no mês de maio, e ainda não havia entrado nenhum grande swell no sul do Brasil este ano. As expectativas eram grandes, justamente porque o ano passado foi fraco de grandes ondulações. Este ano já havíamos surfado boas ondas em Jaguaruna e no Farol de Santa Marta, mas todas com swells pequenos que não passaram de 8 a 10 pés.

No último dia 1 de maio, Dia do Trabalhador, fomos comemorar o feriado com um treino forte na rasa bancada da Laje da Jagua. Em nossa barca, estávamos acompanhados da equipe Atow-inj com os cinegrafistas Lucas Barnis, Luciano Burin, Christian Jung  e os surfistas João Baiuka, Luiz Casagrande, Fabiano Tissot, André Luiz, Gabriel Galdino e Thiago Jacaré. 

Unimos as forças e equipamentos e nos jogamos pra encarar mais uma Laje, a terceira do ano. O surf no pico estava tenso, ondas pesadas, bancada exposta e um surf muito radical. Como o surf era na direita do pico, revezamos entre a remada e o tow in. Começamos na remada, e logo eu e o Tissot nos jogamos pra ver se arriscávamos algumas ondas. Fiquei lá fora com uma gun Havenga 10’3 e remei durante meia hora e não peguei nenhuma onda. Tissot, com uma prancha menor (7’0), ficou mais embaixo e descia algumas no chupa cabra.

No resgate estava Sapão, que vem evoluindo e ganhando espaço a cada swell que passa.  Cada vez que surfamos na Laje, vimos que ainda temos muito que conhecer sobre o pico, pois as ondas não estavam grandes, séries de no máximo 8 a 10 pés, e do nada entrava uma bomba lá fora, no segundo reef, que surpreendia a todos.

Não sei exato o tamanho, mas certamente passava dos 15 pés de face, provando mais uma vez  que a Jagua é uma caixinha de surpresa. Tissot ficou remando e eu fui pro jet pra puxar o resto da galera no tow in. Sapão foi o primeiro e representou mirando a bancada quando largava o cabo. Depois puxei André Luis, que teve sua primeira experiência no pico, e logo de cara tomou um caldão ficando 15 segundos debaixo dágua. Na sequencia puxei João Baiuka, dono da base no Farol. Baiuka surfou uma das maiores do dia, uma onda mutante que quase o engoliu nas pedras.

Galdino pilotou para os caras que estavam registrando, e foi o último que reboquei, mas mesmo assim pegou boas ondas e sempre procurou a bolha na pedra.  Tissot ficou o tempo todo na remada e conseguiu surfar algumas bombas Ao final da sessão, mostrou surpresa com a quantidade de água que passava na rasa bancada da Laje. “Esse pico é inacreditável. Quando você acha que já sabe tudo sobre ele, você é surpreendido. Uma hora a gente encaixa a bomba”, disse Fabiano.

Ficamos durante cinco horas lá fora e aproveitamos para treinar em condições maiores. Na volta agradecemos a Deus e a Zeca (em memória) por mais uma Laje surfada com segurança, pois só quem já foi lá sabe do perigo que é surfar aquela onda. Na sequência, quando chegamos à praia, lavamos todos equipamentos e fomos pra base no Farol de Santa Marta curtir noas ondas na praia do Cardoso, finalizando o dia em alto astral.

Aloha e até a próxima!!

Exit mobile version