#O Festival Surftrip de Surf Feminino, que tem como objetivo o fortalecimento da categoria feminina, chega ao seu segundo ano.
A primeira das três etapas está marcada para os dias 3 e 4 de julho, na praia do Tombo, no Guarujá litoral paulista.
“Nossa meta é que o surf cresça. Temos algumas das melhores surfistas do mundo e agora estamos fazendo este trabalho para que o esporte apareça bem para que novos talentos sempre sejam revelados”, afirma o vice-presidente da Associação Brasileira de Surf Profissional (Abrasp), Paulo Issa, organizador e um dos idealizadores do campeonato.
E o surf brasileiro realmente está forte. Nos três últimos mundiais por equipe o Brasil subiu ao pódio. Em 94, no Rio de Janeiro, a carioca Alessandra Vieira foi campeã, com a cearense Tita Tavares em segundo. Em 96, na Califórnia (EUA), Tita foi novamente a vice e a catarinense Jacqueline Silva foi a terceira colocada. No ano passado, em Portugal, a potiguar Alcione Silva foi a grande campeã.
Este ano, Tita e Jacqueline figuram entre as 11 melhores do mundo no WCT (a elite do surf mundial). Nomes conhecidos como as cariocas Andréa Lopes, Brigitte Mayer, Deborah Farah e Juliana Guimarães e as paulistas Francisca Pereira e Renata Franco estarão brigando pela vitória. Andréa, por exemplo, já foi Top 16 do Circuito Mundial e é tetracampeã brasileira amadora. Brigitte é a atual campeã brasileira profissional e a mais experiente entre as competidoras, com 30 anos de idade.
NOVATAS APARECEM – Mas não são apenas as “feras” que estarão na disputa. Atletas novatas participam da competição para ganhar experiência. Um dos melhores exemplos é a pequena Nyorai Bettero, de apenas 11 anos. Ela começou a surfar há dois anos, incentivada por sua irmã, Jahia, na escolinha de surf de Ubatuba. Até o ano passado, levava o surf como brincadeira. Porém, na etapa do circuito paulista, em Ubatuba, ganhou uma prancha de Andréa Lopes e decidiu encarar os campeonatos. Este ano, começou a levar a sério e chegou na semi-final do Paulista. Ganhou confiança e patrocínio da Natural Art para seguir em frente. “Agora, vou disputar o Surftrip para aprender cada vez mais”, diz a surfista.
Outra surfista que estará fazendo sua estréia no Brasileiro Profissional é a catarinense Camila Amarante. Com 24 anos, ela surfa há quatro, mas até hoje só participou de campeonatos regionais e vem evoluindo muito. Campeã catarinense em 98, ela está liderando o ranking estadual este ano, com quatro vitórias em quatro etapas. “Vou deixar de disputar uma etapa do catarinense para viajar para São Paulo, porque este campeonato é muito importante”, destaca Camila.
Assim como ela, outras surfistas com menos experiência buscam o seu lugar ao sol. Tanto, que para este ano, foi criada a categoria novatas, onde podem participar atletas que não estão entre as 16 melhores do ranking de 98. “A idéia é incentivar a participação de atletas com pouca ou nenhuma experiência em disputas. Hoje temos muitas escolinhas de surf e o Festival Surftrip, com certeza, vai dar um impulso na carreira de muitas atletas”, acrescenta o organizador do evento.
Como o campeonato é profissional, as vencedoras dividirão uma premiação de R$ 3 mil e a campeã somará 2 mil pontos no ranking da Abrasp. Vale lembrar que a inscrição para o Festival Surftrip é gratuita. Informações pelo telefone (011) 853.2934, com Paulo Issa. www.surfeminino.trix.net.