A praia Brava de Itajaí, uma das cidades atingidas pelo surto de Chagas, é bastante procurada por surfistas. Foto: Francisco Carneiro.

Quem esteve no Sul do país, mais especificamente em Santa Catarina, neste verão e consumiu caldo-de-cana durante sua estada deve ficar atento a sinais de infecção.

 

Há um alerta da vigilância sanitária sobre um surto do Mal de Chagas na região, causado provavelmente pela ingestão de caldo de cana contaminado pelo trypanossoma cruzi, o popular “barbeiro”, parasita responsável pela doença.

 

Acredita-se que o inseto fora moído junto com a cana, contaminando quem tenha bebido o suco a partir de fevereiro no litoral nordeste de Santa Catarina.

 

Normalmente, a contaminação ocorre quando a vítima, depois de picada pelo mosquito, coça a ferida e coloca as fezes do parasita, deixadas ao lado da picada, na corrente sanguínea. A infecção por ingestão das fezes ou do mosquito é rara, mas pode acontecer.

 

Assim, se você esteve no Sul, tomou caldo de cana e vem apresentando febre, mal estar, dor de cabeça, palpitações, ínguas e pequenos furúnculos, procure um posto de saúde rapidamente, pois há a possibilidade de milhares de pessoas estarem contaminadas.

 

O Mal de Chagas já vitimou seis pessoas em Santa Catarina: cinco atendidas pela rede pública e uma pela rede particular de saúde. O número de casos de pessoas contaminadas pela doença também não pára de crescer.

 

No último levantamento divulgado pela Vigilância Epidemiológica do Estado, foram confirmados 25 casos, com mais 14 suspeitos sob investigação.

 

Os dois últimos óbitos foram registrados nos municípios de Videira, na região oeste catarinense, e Blumenau, localizado no Vale do Itajaí. Os demais casos ocorreram em Itajaí e Joinville, ambas cidades do litoral nordeste do Estado.

 

O Estado de São Paulo colocou á disposição o telefone 0800-555466 para tirar dúvidas sobre o caso.