Laje da Jagua

Swell na contramão

Laje da Jagua (SC)

No início da última semana, Fabiano Tissot me ligou falando da chegada de um swell no fim da semana. Como estamos no período de espera do Desafio Laje da Jagua de Ondas Grandes, ficamos monitorando os gráficos de previsões com cautela.

Sabíamos que a Laje da Jagua iria quebrar, mas seria muito complicado chamar um evento desse porte com os gráficos na internet marcando menos de 3 metros de ondas. Como a previsão de chamada não iria acontecer por não atingir os padrões mínimos de tamanho e período, o jeito era reunir a equipe da Atowinj (Associação dos Surfistas da Laje) para mais uma session. E logo começamos a função: levar jet para revisão, arrumar carreta, preparar equipamentos, agilizar tudo o que é preciso para que tudo dê certo.

O melhor dia do swell apontava ser a sexta (27/9). Acordamos às 5:30 da manhã. Vimos que o mar na costa não era dos maiores, mas que a Laje estava funcionando. Na trip, eu (Thiago Jacaré), os atletas Fabiano Tissot, Lucas Phiippi, Arno Phiippi, William de Oliveira, João Baiuka, Marcos Moraes, Felipe Vieira o fotógrafo Lucas Barnis e Alexandre Takeo organizamos tudo e partimos mar adentro.

Chegando ao pico, não dava pra acreditar no que víamos: mar liso, água verde e ondas alucinantes. Percebemos que o bicho ia pegar, pois a onda era pra direita e estava em cima da pedra. Logo começamos a surfar e as ondas estavam perfeitas. Arno e Lucas arrebentaram, pai e filho em sintonia total. Ficamos quase 8 horas na água, e o fotógrafo Barnis testou pela primeira vez um equipamento que permite usar a filmadora e máquina fotográfica ao mesmo tempo. Quando estávamos já cansados de tanta onda, apareceu no pico o surfista profissional Aldemir Calunga, que veio acompanhado do seu amigo Zé Neto, local de Imbituba.

Foi alucinante rever Calunga e poder recebê-lo na Laje. Ele pirou quando viu as ondas. Surfou algumas na remada e depois o puxei numas boas a reboque também. “Esse mês, fez um ano do meu acidente, em que vivi novamente. Sem dúvida essa trip foi um grande presente pra mim. Estou muito feliz em saber que temos uma onda de calibre internacional aqui no nosso país. Teve série que eu olhava e achava que eu estava no Hawaii. A onda é muito boa. Amei este lugar”, disse Calunga.

De cabeça feita, voltamos pra praia e fomos recebidos por nosso amigo Fabricio Graviota com um belo churrasco. Aí, foi só relaxar, curtir os vídeos e as fotos da sessão e agradecer a Deus por mais um dia de big surf em pleno território brasileiro. Agradecemos ao apoio da Art in surf, Shaper Butiá, Rise Up e e a Star Lite.

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