Taís de Almeida é favorita

Taís de Almeida, SuperSurf 2005, Maresias, São Sebastião (SP)

Local de Saquarema, Taís de Almeida é favorita na disputa do Billabong Junior Girls Series, seletiva que classifica duas atletas para o mundial Pro Junior na Austrália. Foto: Ivan Storti / SuperSurf.
Ratificando o sucesso do mundial masculino, criado em 1998, a Association of Surfing Professionals (ASP) incluiu a categoria feminina no Billabong World Junior Champs, o WCT para surfistas com até 20 anos de idade, que será disputado no início de janeiro na Austrália.

 

A novidade animou as competidoras da nova geração, que a partir desta sexta-feira (dia 29) disputam na praia de Camburi, São Sebastião, o Billabong Junior Girls Series, seletiva sul-americana que classifica duas atletas para o evento australiano.

 

A competição brasileira é aberta a todas as surfistas na categoria sub-20 e, além de valer vagas para o Mundial, tem como objetivo incentivar o surgimento de novos talentos. Na vanguarda dessa idéia, a Billabong no Brasil realizou a disputa entre as surfistas juniores em 2003, tendo como campeã a paranaense de Matinhos, Bruna Schmitz.

 

“A proposta principal é a disputa pelas vagas. Esse é um campeonato que projetará as meninas no circuito mundial, mas a revelação, a renovação e a elevação do nível técnico é muito importante. A categoria feminina cresce a cada ano e o nível vem melhorando muito”, comenta Daniel Friedmann, diretor-técnico do evento e um dos maiores nomes do surf brasileiro na década de 70.

 

Uma das mais motivadas é Taís de Almeida, de Saquarema. A surfista de 20 anos chega à praia de Camburi como favorita e não esconde sua ansiedade por estar no mundial. “Vai ser um campeonato especial. O primeiro da categoria feminina e já vimos que no masculino o Pro Junior realmente deu certo. Quero muito estar lá na Austrália, porque além de tentar um título mundial da ASP, vou ter a chance de conhecer as meninas que vou enfrentar futuramente no WQS e, quem sabe, no WCT”, diz Taís.

 

Vencedora do Oakley Surf Challenge, disputa especial realizada este ano em Santa Catarina para a categoria Junior, e atual campeã brasileira do Brasil Tour, ela sabe que chega como uma das grandes cotadas. “Mas sei que não vai ser fácil, porque as meninas daqui do Brasil estão animadas e surfando muito bem. Estou treinando muito para vencer e convencer”, destaca Taís, que foi revelada justamente em São Sebastião, no Festival Surftrip, o primeiro campeonato exclusivo para a categoria feminina, em 98 na praia de Maresias.

 

Bem mais nova e também chegando como cotada, Bruna Schimtz, de 15 anos, já conta com a experiência de ter participado de dois mundiais, um no Tahiti, ano passado, e outro na Austrália, esta temporada, quando terminou em terceiro lugar na disputa sub-16.

 

“Agora é a disputa profissional. É uma chance bem legal e espero chegar junto”, afirma Bruninha, que é de Matinhos, mas em função das férias escolares passou o mês de julho no litoral paulista na casa da amiga e também competidora Gisele Garcia. Mas não teve descanso. Competiu duas vezes, faturando a etapa do Paulista e sendo vice no Guarujaense. A anfitriã é outra que não esconde a vontade de competir e buscar a vaga.

 

“Ainda mais que essa primeira etapa vai ser em Camburi, na frente da Casa da Billabong. Tenho treinado lá e quero muito um bom resultado. Esse mundial vai ser um impulso muito grande na carreira de qualquer menina que participar”, diz Gisele, que geralmente vem se preparando no local do evento, onde está instalada o Centro de Treinamento criado pela Billabong para os atletas da marca.

 

O final de semana também vai contar com a etapa inicial do Billabong Pro Teen Series, seletiva masculina que estará valendo quatro vagas para o Mundial. Esta será a oitava edição da disputa no Brasil, que já conta com três campeões mundiais – Pedro Henrique, em 2000, Adriano de Souza e Pablo Paulino, nas duas últimas disputas.

 

As duas competições serão realizadas simultaneamente de sexta-feira até domingo. Serão US$ 7 mil em prêmios, US$ 5 mil para a categoria masculina e US$ 2 mil para a feminina.

 

Além disso, os competidores disputarão prêmios extras. No Pro Teen quem fizer a maior nota do evento ganhará R$ 500 com a Kustom Best Wave. O mesmo valor será pago ao vencedor da Von Zipper Air Show, uma bateria especial, feita antes das finais, valendo o melhor e mais radical aéreo. No Junior Girls, as meninas também vão ter a Kustom Best Wave, valendo R$ 500.

 

O Billabong Pro Teen Series e o Billabong Junior Girls Series têm o apoio de Kyw Boardstore, Surftrip, Central Surf, Brasilboards, Hot Water, Jungle Beach, Krokodilu’s, Tahai, Tropical Island e Uluwatu. Divulgação: Revistas Fluir e Fluir Girls e Waves.terra.com.br. A etapa tem a colaboração da Federação Paulista de Surf, Ascam (Associação de Surf de Camburi), Prefeitura Municipal de São Sebastião, Turco Loco e Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer. Supervisão: ASP South America. Realização: Billabong.

 

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